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SURREAL! ESTADO DE PARANOIA!

20-03-2020 - José Janeiro

Os exageros têm sempre o efeito contrario, o da descredibilização. O ridículo tomou conta dos nossos “lideres”, um líder é todo aquele que leva as pessoas a feitos extraordinários pelo exemplo, e não o que foge, diz ou faz disparates insanos.

O desnorte com que aquele conjunto de pessoas que se dizem decisores/governantes, e que foram eleitos,porque se apresentaram ao eleitorado como os mais capazes, afinal basta um espirro e a surrealidade instala-se deixando a descoberto a sua total incapacidade.

A incapacidade está patente a cada momento, a cada decisão, a cada comunicação que fazem, olhando a linguagem corporal sabemos o quanto são incapazes de tomarem as decisões certas e de serem inspiradores para os demais, que os olhamos esperando soluções. Por toda a palhaçada e falta de coordenação e linha de actuação lógica e comunicação bem estruturada e não aos soluços e ao sabor do vento, os governados, continuam na rua como se nada fosse, vão para a praia, vão para os bares, olham para o problema como umas ferias antecipadas, porque vêm os exemplos parvos dos que tomam as decisões, descredibilizando tudo o que fazem.

Sim, claro o problema é grave, mas os avanços e recuos, a falta de gente capaz para mobilizar a população e explicar de forma clara e objectiva o que se passa e como vão agir, fazem com que as pessoas não se revejam nestes eleitos incapazes de gerir problemas e levarem as pessoas consigo até ao resultado final que é a contenção e inter ajuda de um povo.

Quando o vento estava para um quadrante qualquer de parvoíce, dizia-se que o vírus estava longe e não chegaria aqui e que o SNS estava fantástico e preparadissimo, depois o vento mudou e entrou a realidade e afinal tudo se desmoronou e tiveram que assumir o que todos sabíamos. Entretanto com o evoluir da situação encontramos medidas importantíssimas como a proibição de consumo de álcool no espaço publico, da mente destes mentecaptos só conseguem sair decisões desta indole.

O Marcelo entretanto escondeu-se porque teria respirado o mesmo ar de alunos de uma escola que nem estavam infectados, era para dar o exemplo disse, mas com tal atitude não dá exemplo nenhum, apenas destapa a realidade da sua personalidade, popularucha e sem tomates para liderar e tomar decisões. Quando sai da toca decreta o estado de emergência que ninguém, ou poucos seguem, na minha opinião, por terem visto as palhaçadas dos dirigentes aonde a pseudo quarentena se insere.

Vieram a publico actos e atitudes da maior imbecilidade que se pode imaginar: a colocação da agua num copo por parte da directora Geral de Saúde é de uma surrealidade só comparável com um gag dos Monty Python. Para quem não viu relato aqui, da forma possível: tendo sede a senhora directora puxa de um lencinho do bolso, envolve o gargalo da garrafa, tenta abrir com uma só mão, não consegue e usa dois dedinhos da outra mão no vidro, ao abrir, volta a envolver o gargalo da garrafa e verte a agua no copo, de seguida limpa os dois dedinhos e guarda o lencito no bolso e, SURPRESA, pega no copo sem protecção com as duas mãos, conclui-se que o vírus se transmite apenas pelas garrafas. Não satisfeitos com esta palhaçada ridícula, ficámos a saber que a Comissão Nacional de Saúde Publica é um lugar de tachos e gente incapaz de tomar decisões com uma base técnica sustentada, apenas porque entre eles, os 30 elementos, sim 30, encontramos gente com um curriculum adequado como em Turismo, por exemplo. Agora facilmente se entende os avanços e recuos das decisões, por notória incapacidade de analise e decisão.

As decisões a tomar são muito claras: ou privilegiamos a economia ou as pessoas. Neste contexto o estado de emergência é desnecessário e não me parece que vá ser aplicado com correcção, em vez disso as decisões que se deveriam tomar não se tomam: nacionalização provisória de hospitais privados, fabricas de material medico, meios de produção alimentar e medicamentosa e exercito a transportar todo o material necessário para os locais de colocação. Criação de comités de voluntários nas freguesias para fazerem as compras necessárias aos munícipes mais debilitados. Suspensão de pagamentos de agua, luz, rendas, prestações bancarias e impostos. Não se fazendo isto as pessoas têm necessidade de se deslocarem colocando e colocando-se em risco. Situações excepcionais requerem medidas excepcionais.

Muitos acreditam que nada mais ficará igual, sinceramente tenho duvidas, conhecendo a natureza humana. O aproveitamento das fragilidades irá continuar, a ganancia, não abrandará, e ainda este ano todos se irão esquecer deste “fenómeno” que vivemos. Iremos continuar a achar que somos imortais, iremos continuar a fazer as mesmas asneiras em nome de um deus-dinheiro. E não, isto não foi um apelo da natureza, foi fruto de decisões políticas que levaram as pessoas a mudar hábitos alimentares e as consequências foram-se fazendo sentir. Visitei a China em trabalho varias vezes, nos restaurantes encontra-se tudo o que mexa que serve como alimento, comparo esta realidade á origem das nossas tripas á moda do Porto que foi fruto de uma decisão política, segundo uns para aprovisionamento das caravelas em 1415, segundo outros nas invasões Francesas e na China, o responsável foi Mao, o grande timoneiro e a sua fome, entre 1958 e 1962, que obrigou a mudança de hábitos alimentares.

Sim, não iremos aprender a lição, o ser humano tem a capacidade de sofrer durante um curto espaço de tempo e esquecer rápido esse sofrimento quando tudo volta ao normal, foi assim nas grandes razias da historia, seja por doença, catástrofes diversas, ou seja por guerras, dura menos de uma geração a lição aprendida, e esta não será diferente, com boa vontade direi que daqui a um ano tudo voltará a ser igual e ninguém mais se lembra das palmas e da solidariedade. Na verdade, já o estamos a sentir e ainda não atingimos o cume da montanha do problema: mascaras a 15,00€, álcool a 10,00€ e sei lá que mais especulação iremos ter, claro que não vamos aprender lição alguma. Não sejam ingénuos! Isto só acontece porque não temos grandes lideres com tomates, que eles próprios pensam da mesma forma que a populaça que neles não vota ou os poucos que o fazem os elegem com uma declarada minoria.

Até para a semana e prefiram corona cerveja do que corona chinês.

José Janeiro

 

 

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