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OS JAVARDOS

06-03-2020 - José Janeiro

Andamos todos a fingir sobre tudo e nada, como se varrer para debaixo do tapete resolvesse os problemas, esta semana as noticias uma vez mais, impressionam pela negativa.

HABEMOS CORONA

Finalmente, pertencemos ao grupo de países evoluídos que têm corona, que alivio, estávamos em crer que o vírus sabia do crescimento anémico da economia e do excelente serviço nacional de saúde, tão apetrechado e publicitado para fazer face ao bicharoco que o bacano micróbio tinha medo de vir até cá. Após 50 tentativas goradas e com a natural desilusão dos que se masturbavam com a hipótese irmos ficando órfãos do vírus, o bicharoco confundiu uns tugas com uns italianos e espanhóis e lá se decidiu a emigrar para terras lusas para gáudio dos comentadores, comunicação social, e acima de tudo das duas loiras da saúde.

Fiquei admirado com a comunicação social, que desta vez não foram entrevistar, as famílias, vizinhos, o cão, o gato e o periquito para saberem como foi e como é.

Desde, a proibição de quarentena pela CRP, tossir tapando a boca com os cotovelos, não andarmos a beijocar, a previsões catastróficas de 1 milhão de infectados, passando por 4 horas de espera na estação do entroncamento de uma possível infectada, alunos que foram rejeitados nas escolas e uma pessoa em quarentena varias horas numa casa de banho, tudo valeu a estes profetas viricos, para demonstrarem a imbecilidade. A paranoia é total. A desinformação é uma constante, ou a falta dela. Tudo é feito á maneira Portuguesa, com incompetência e pouca reflexão, em que todos se põe em bicos de pés para aparecerem como grandes “sabedores” sobre tudo e merda nenhuma. A cara dos que entusiasticamente falavam sobre o assunto é no mínimo hilariante, na quarta feira dia 4/03, no debate da nação o tema corona foi um festival de perguntas para as mesmas respostas, uma e outra vez corona isto, corona aquilo, corona para cima, corona para baixo, cerveja corona é que seria boa ideia.

No meio dos comentadores de sofá facebookianos, houve um hilariante, disse ele: “muito mau gosto por o nome de uma marca de cerveja a um vírus, devia ser proibido”, real e sem emojis que indicassem sarcasmo, o homem estava convencido disso, porque ao meu comentário sarcástico respondeu: “explica então, mas sem insultos”.

No meio de mascaras, gel de lavagens e mais umas coisas protectoras esqueceram-se do fundamental: o alho! Sim a melhor protecção é o alho, experimentem comer uma cabeça de alhos de manhã e garanto que não faz nada ao vírus, mas mantém as pessoas á distancia, profilaticamente e sem necessidade de medos de contágios!

CORRUPÇÃO

Nada escapa neste país, ASAE, Magistrados, Banca, Futebol, Finanças e sei lá mais o quê, na verdade mais valia legalizarem a corrupção para acabarem de vez com o problema, de passagem legalizem a canabis para andarmos todos janados e não nos daremos conta destas vergonhas.

A propósito das vergonhas, o advogado José Miguel Judice, compara sobre neste tema a Ana Gomes a André Ventura, acusando-a de ambos serem irmãos siameses e gémeos de Donald Trump, tudo isto pelos ataques á corrupção, disse mesmo que se acabasse a corrupção o negocio deles acabaria e que em 1988 afirmou que a corrupção era pior que a pedofilia, PUTS! Sem comentários!

A falta de vergonha dos intervenientes nesta área e a sensação de impunidade pela catástrofe em que a justiça está, é atroz. Um pilar importante do estado de direito está a saque. A Justiça está minada por um conjunto de gente sem escruplos que vão arrastando estrategicamente os processos, corroendo a imagem e segurança que os cidadãos têm da justiça, parecendo que se faz á medida dos intervenientes. Operação Lex, BPN, prescrição do processo de Vale e Azevedo, o arrastar do processo Sócrates, BES, Berardo, e tantos outros que são o bom exemplo do estado de direito que apenas é um estado de palhaçada.

O silencio ensurdecedor sobre este tema do PR, PM e Ministra da Justiça demonstra bem o cozinhar em lume brando das broncas na justiça, o país está a saque.

O DESPORTO NACIONAL

60 anos, sim, 60 anos para decidirem a localização de um aeroporto complementar a Lisboa. E tanto pensaram, tanto analisaram que conseguiram decidir-se pela pior opção: Montijo. Pelo meio construiram um elefante branco em Beja, desprezaram opções mais equilibradas como Tancos ou mesmo Alcochete. A localização do Montijo depende de interesses obscuros com a Vinci que pretende construir uma nova travessia do tejo e entrar no negocio dos barcos que atravessam o rio. As primeiras “vitimas” já se fizeram sentir, estava previsto para o Barreiro um porto de mercadorias, mas pela existência suposta do aeroporto no Montijo, seria incompatível com a altura das gruas a instalar, a APA deu o seu parecer negativo, lá vamos nós andar mais 60 anos a discutir o porto de mar e a localização do aeroporto, porque ainda não será desta. Esta incapacidade de planeamento, visão estratégica e decisão, virou desporto nacional, atrevo-me a dizer que o ultimo governante com visão foi o Marquês de Pombal que decidiu a reconstrução pós terramoto e ainda hoje a baixa de Lisboa consegue gerir as necessidades. Uma vergonha.

O PATETA ALEGRE

Não é só o PR, que consegue se-lo, o Vitalino Canas, disse que andou 40 anos a preparar-se para Juiz do Tribunal Constitucional. Ora sabendo-se que o tribunal constitucional foi criado em 1982, possivelmente o dito, consultou a bola de cristal da Maya, antes dessa data para saber que existiria um Tribunal constitucional, que pena não ter perguntado também sobre o que iria acontecer ao Sócrates, porque assim evitavam-se muitas chatices.

Até para a semana e cuidado com o corona que anda por aí, bebam-no que é sempre melhor que o vírus.

José Janeiro

 

 

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