JARRÕES NA POLÍTICA
06-03-2020 - Joaquim Jorge
A política portuguesa está enxameada de ex-políticos.Na política portuguesa há imensos ex-políticos:ex-presidentes da República, ex-primeiros-ministros, ex-presidentes de câmara, entre outros. Uns perderam eleições e não perceberam que o seu tempo passou, outros continuam a tentar de todas as maneiras e feitios aparecerem e serem notados. Não têm a noção das f iguras ridículas que fazem, ninguém tem a coragem de lhes dizer que o seu tempo passou e, ninguém os quer, vão para casa e mudem de vida.
Vivem num registo” ó tempo volta para trás”, mas o tempo quando vai não volta.
Parecem jarrões chineses, objectos frágeis e preciosos que não se sabe que fazer com eles. O problema é que nos ficam caros na sua manutenção,podiam-se arrumar no sótão ou numa arrecadação qualquer.
Todavia além de estarem sempre a aparecer, não nos livramos deles. Cansam e ninguém os está para ouvir e aturar! As pessoas educadamente toleram-nos, mas não mais do que isso.
Alguns para além de estarem reformados, pretendem influenciar e voltar de novo à ribalta política.
A Constituição portuguesa consagra a limitação de mandatos para exercer o poder, também o devia fazer para concorrer a eleições. Isto é, não permitir a um cidadão concorrer a eleições sempre que lhe apetece. Há políticos que concorrem a eleições, estão sempre a perder, continuam e não percebem que as pessoas não os querem, mas insistem.
Tiveram as suas oportunidades, perderam-nas e o seu tempo passou. Um bom político revela-se pela maneira como chegou ao poder e a forma como abandonou o poder.
A vida política em Matosinhos não foge há regra e tem os seus jarrões que vivem enroscados numa lógica de poder feudal, ainda não perceberam que a política mudou muito e vivemos no séc. XXI.
Biólogo, fundador do Matosinhos Independente
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