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Os novos Fascistas e os velhos fascismos!

06-03-2020 - Francisco Pereira

O século XX foi, até ao momento, o século por excelência dos “fascismos”, dos regimes autocráticos bem como das ditaduras, exemplarmente servidos por uma corte de tiranos, tiranetes, monstros, monstrengos, diabos e diabretes, que pelos cinco continentes espalharam a sua maldade.

Entrámos no século XXI, extasiados, convictos que isso das tiranias e dos mostrengos era passado, nada de mais errado. A Europa mercê do seu declínio, tibieza e falta de coragem, vê surgirem novamente as hordas patéticas dos velhos fascismos, que tentam reavivar memórias e actos infelizes de gente ainda mais triste e miserável, colando-se aos tiranos do século passado, cultivando a sua memória exibindo com orgulho os seus símbolos, se me é permitida a liberdade, chamarei a isto o último estertor da Besta.

A Europa como a conhecemos está condenada e estes patetas que por aí andam a fazer saudações de braço estendido ou a suspirar pelos tempos dos tiranetes hediondos, não tem grande futuro, isto porque o Fascismo político está igualmente condenado, por um novo tipo de Fascismo. O Fascismo religioso.

É curioso ver como no século XX com os governos tirânicos e autocráticos da Esquerda fascista comunista e a Direita Fascista lidaram com a religião, aliando-se a ela nalguns casos, noutros perseguindo-a, limitando a sua acção noutros ainda cerceando a dispersão das confissões entre a população, era preciso mais do que erradicar, era preciso travar, controlar e diminuir o poder de um concorrente que poderia fazer perigar os regimes fascistas assentes em meras bases ideológicas e políticas.

E digo concorrente, porque na sua essência as religiões, pelo menos as mais emblemáticas, são indubitavelmente sistemas fascistas, que pretendem anular o individuo, que promovem o culto de um chefe, são estruturas altamente hierarquizadas, que tentam por todos os meios, controlar a vida do individuo, são arrepiantes as similitudes com o Fascismo.

Ainda mais que o Cristianismo, que entretanto se apaziguou e encontrou o seu lugar, ainda que de quando em vez o vejamos com as garras de fora, prova de que a fera está lá, não está domada está apenas adormecida, o Islão é um projecto político fascista religioso, que visa a conquista de todo o espaço geográfico que conseguir para impor a sua cosmo visão religiosa, a sua contraparte cristã, tão ou mais perigoso está representada pelos cultos Evangélicos, ambas as confissões são retrógradas, fascistas e altamente perigosas para os direitos, liberdades e garantias individuais, ambas as confissões estão paulatinamente a minar vários estados, fazendo com que um dos perigos maiores do século XXI seja o surgimento desta nova realidade a que chamaremos fascismo religioso, um tipo de fascismo ainda mais fanático e perigoso que o fascismo político.

Os velhos fascismos e consequentes arrivismos nacionalistas, apesar do seu novo ressurgimento desse aparente novo fôlego, estão, eles também em perigo, correndo o risco de serem engolidos pelos fascismos religiosos que espalham os seus tentáculos pelas instituições de alguns países que só aparentemente ainda são Democracias, veja-se por exemplo aquilo que sucede no continente americano com os Estados Unidos e com o Brasil, o mesmo retrocesso civilizacional que vivem, e de onde nunca saíram as teocracias islâmicas.

É pavoroso assistir a esta continua queda da Democracia, é atroz verificar que num Mundo em que nunca se fez tanta Ciência, tanta divulgação cientifica, um Mundo em que existe tanta informação disponível, a população parece embrutecida, cada vez mais analfabeta, mais “medieval”, um Mundo onde se voltam a “queimar” as bruxas, desta vez de forma metafórica nas redes sociais, onde diariamente se fazem verdadeiros assassinatos de carácter, naquilo que é mais uma prova dos tempos de uma confrangedora indigência intelectual em que turbas ululantes e raivosas atacam sem misericórdia, parece que estamos no tempo do primado da boçalidade, da falta de ética, da falta de honra e da falta de decência.

É deste caldo, que os fascismos religiosos se alimentam, promovendo a sua pretensa moralidade como acto superior a todos os outros, congregando assim os fracos de espírito ao caminho certo, no processo, aqueles que se lhes opõem são trucidados, como por exemplo fizeram os psicopatas homicidas do DAESH a todos os que consideravam infiéis, aliás o DAESH é um excelente exemplo daquilo em que uma teocracia fascista se pode transformar, uma máquina de psicopatas homicidas, esse é um risco tremendo que o Mundo actual continua a correr.

Francisco Pereira

 

 

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