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“IGUALDADE DE GÉNERO” E EUTANÁSIA

14-02-2020 - Francisco Garcia dos Santos

Desde há anos a esta parte que os Portugueses têm vindo a ser crescentemente, e por todos os meios, “bombardeados” com “a politicamente correcta ” pseudo “igualdade de género”. E isto teve início com a fundação em 1999 do Bloco de Esquerda (BE), que inicialmente uniu numa coligação eleitoral os partidos de extrema-esquerda UDP-União Democrática Popular (de inspiração comunista albanesa, cubana e maoísta chinesa) e o PSR-Partido Socialista Revolucionário (ex-LCI-Liga Comunista Internacionalista, de inspiração comunista trotskista) e alguns outros grupos comunistas marginais, compostos por dissidentes da ala esquerda do PS e do PCP, bem como independentes de esquerda, sendo que hoje o BE é um partido político, tendo os partidos fundadores auto-dissolvido-se e constituído-se em meras associações.

A inovação que o BE trouxe à política portuguesa, sobretudo à esquerda, foi o “levantamento” e introdução no debate político e social dos denominados “temas fracturantes”. A título de exemplos mais significativos temos:

- a liberalização total do aborto sem qualquer justificação clínica (eufemisticamente designado por interrupção voluntária da gravidez), o qual, até então, se restringia -e bem!- às primeiras semanas de gestação, e apenas quando fosse detectado e atestado clinicamente que o feto padecia de mal-formações que fizessem com que o mesmo, à nascença, viesse a sofrer de deficiência física ou mental grave e incapacitante, assim como de doenças incuráveis ou irreversíveis que inviabilizassem ao mesmo uma vida independente e com qualidade, e que tivessem por consequência a respectiva morte a curto prazo; grave perigo para a saúde da mãe; gravidez involuntária decorrente de violação -liberalização essa sujeitada a dois referendos: no primeiro venceu o “Não” e no segundo o “Sim”;

- depois foi a defesa e promoção da “causa LGBT” (Lésbicas, Gays -homossexuais masculinos-, bissexuais -que sentem simultaneamente atracção sexual por homens e mulheres- e transsexuais -homens e mulheres que, não obstante continuarem a sê-lo, tomam a aparência física do sexo contrário;

- seguiu-se a proposta de legalização da venda e consumo de substâncias psicotrópicas ditas não “muito fortes”, consideradas “drogas leves”, como haxixe, liamba, marijuana, etc.;

- por fim a eutanásia, a qual foi votada pelo Parlamento na última legislatura, mas “chumbada” pela maioria dos deputados, e que agora, de novo e pelos mesmos, vem “à baila”.

Refira-se a título de curiosidade, talvez desconhecida da generalidade dos cidadãos, que há alguns anos o BE constituiu no seu seio, ou orgânica partidária, uma comissão ou grupo LGBT -de facto, algo de inovador.

“Igualdade de género”

Mas voltando à primeira parte deste artigo, a “igualdade de género”, afigura-se importante saber o conceito de “género” segundo a Ciência da Biologia. Quanto a isto, o Diccionário Priberam de Lígua Portuguesa-Significados on line, diz que, e passa-se a citar:

Género éum grupo, inferior à família, que inclui espécies que entre si têm analogias”.

Atente-se na palavra “família”! A qual implica reprodução e, consequentemente, heterossexualidade, pois se todos fossem LGBT a Humanidade -e demais espécies-, jamais existiria, ou teria deixado de existir.

Portanto, quando se refere “igualdade de género” como significando igualdade entre heterossexuais e LGBT, comete-se um erro conceptual por mera ignorâncisa, ou, pior ainda, consciente e capciosamente para iludir os mais incautos, levando-os a crer que, afinal, na Natureza existem mais do que dois sexos: fêmea e macho -feminino e masculino.

Ora, contrariamente ao que os defensores e promotores da “igualdade de género” pretendem fazer crer, a própria Natureza desmente-os. É que, desde os primórdios da Vida na Terra, salvo raríssimas excepções de animais e vegetais hermafroditas, que se auto-procriam sem necessidade de fecundação por ente de sexo oposto, todos os demais necessitam para a reprodução de se relacionarem directa ou indirectamente com elementos do sexo oposto, ou seja, fêma ou macho, no caso humano mais conhecido ou designado de feminino e masculino, já que são os únicos existentes.

Assim sendo, repito, falar em “igualdade de género” é um erro crasso, pois um heterossexual jamais poderá ser igual a um LGBT, mas sim diferente -e não estou a ser discriminatório, antes objectivo! Por outro lado, não me apelidem de homofóbico, misógino, sexista ou outra coisa qualquer de pejurativo, pois não só não o sou, como, aliás, sendo heterossexual -e, com muito orgulho! (o que hoje até parece ser “crime”)- e pai de quatro filhos, tive e tenho bons amigos homossexuais (mas não gays exibicionistas), bem como me relaciono afável e simpaticamente com lésbicas (que também não “apregoam aos sete ventos” a sua opção ou orientação sexual). Quando ao vivo ou pela tv assito a concentrações, manifestações, marchas e paradas LGBT divirtome com as mais diversas e singulares criaturas caricatas, espaventosas e hilariantes, por ridículas. A “talho de foice”, só para exemplificar o que acabo de referir, numa deslocação a Londres com um dos meus filhos, sem sabermos e por mero acaso, desembocámos numa praça de Piccadilly onde decorria a Parada Nacional Britânica LGBT (que junta dezenas de milhar de pessoas, não só do Reino Unido, mas também de muitos outros países do Mundo), assisti á seguinte cena: numa grande avenida nos arredores da dita praça deparámo-nos com um um gay de 20 e tal ou 30 anos, até com aparência muito discreta, a chorar copiosa e histericamente e a ser consolado por três jovens mulheres lésbicas, também discretas; detivémo-nos um pouco para saber a que tal se devia, e percebemos pelo diálogo que o dito gay tinha ido para a Parada com o namorado e este, durante a mesma, lhe pôs os “cornos” com outro. Agora imaginem o que eu e o meu filho nos rimos!

Deste modo, aceito e respeito as opções e orientações sexuais de cada um, pois tal cabe única e exclusivamente no âmbito da sua mais íntima liberdade pessoal, mas, contrariamente, não só não aceito, como frontal e veementemente me oponho a que a dita “igualdade de género” se sobreponha à natural heteroxessualidade, e, para mais, promovida e tentada inculcar pelo próprio Estado nas mentes de crianças do Primeiro Ciclo ou Ensino Básico (ex-4ª Classe) e do 5º e 6º ano de escolaridade (ex-Ciclo Preparatório), como já sucede nalguns estabelecimentos de ensino público, o que foi amplamente difundido nas redes sociais -e ainda que um caso “excessivo” tenha sido objecto de inquérito por parte do Ministério da Educação, na sequência de várias queixas de pais e encarregados de educação, o mesmo foi muito oportunamente “abafado” pela comunicação social de âmbito nacional, que se auto-censura e está enfeudada ao “politicamente correcto”.

Eutanásia

Passando ao segundo tema deste escrito, a eutanásia, direi que, tal como “matar” um ser humano no início da vida (aborto sem que haja grave e sério motivo para tal), matar um paciente de doença grave e irreversível, ou um idoso saudável porque “está farto de viver”, são casos anti-natura, pois desde os primórdios da Pré-Hitória os seres vivos animais, e sobretudo humanos, tendem a reflexa ou conscientemente defender a própria vida face a qualquer perigo para a mesma, seja aquele originado por acidentes, catástrofes naturais e ameaças à sua integridade física ou agressões por parte de outros seres.

Aquilo com que os promotores da eutanásia (curiosamente os mesmos que defendem o aborto livre, a “igualdade de género”, a legalização do comércio e consumo de drogas) se deviam preocupar era com a implantação no Serviço Nacional de Saúde de uma verdadeira e eficaz rede de cuidados continuados e de médicos e enfermeiros especialistas em geriatria, para que todos pudessem ter uma morte o mais indolor possível, quer física como psíquica, e, sobretudo, digna. Depois, ainda existe -e bem!- a possibilidade de uma pessoa fazer, no uso de todas as suas faculdades cognitivas e mentais, o respectivo “testamento vital”, no qual pode optar pela distanásia, ou seja, em caso de doença muito grave e irreversível, que a curto ou médio prazo o conduza à morte, expresse a vontade de não querer ser sujeito a tratamentos ou ligado a suportes de vida artificiais, e que apenas lhe sejam ministrados medicamentos que apenas lhe aliviem a dôr e lhe sejam prestados cuidados paliativos.

Agora, é um facto que uma boa rede de cuidados paliativos e de medicina geriátrica significa um grande custo para o Serviço Nacional de Saúde, saindo muito mais barato para o Estado “matar” doentes graves e velhos, pois tal representa uma enorme poupança financeira em termos de pagamento de pensões e reformas (ainda que na maioria dos casos de valor irrisório) e nos cuidados de saúde.

Ainda bem que a “sociedade civil” se está a reguer num amplo e forte movimento contra tal intenção legislativa nas “costas” do Povo, e que o assunto seja amplamente discutido e sujeito a referendo.

Para finalizar direi que:

- se és contra o facto de os teus filhos e netos serem mentalmente manipulados sexualmente com a falsa “igualdade de género”;

- e és contra a Morte e a favor da Vida,

#ERGUE-TE!

Francisco Garcia dos Santos

 

 

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