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Porra ti Imilha qué damais!

31-01-2020 - Francisco Pereira

Portugal é um pardieiro miserável, até aqui todos de acordo. Portugal é uma cloaca de imundice mas tal como sucede nos chiqueiros, onde os porcos se rebolam na lama e adooram aquela imundice assim são os “tugas” que quanto mais se rebolam no lodo mais felizes ficam.

Dito isto, chegamos facilmente a quem nos governa, isto para dizer que assim de memória consigo citar o “pateta” do últimos 3 ou 4 governos, sim porque em Portugal nem os governos não estão isentos desta figura omnipresente e transversal na nossa sociedade, todos tivemos o “pateta” da turma, os que ainda fizeram o serviço militar tiveram de certeza o “pateta” do pelotão e todos temos com certeza aquele o “pateta” lá do serviço, ora sucede que o actual governo para espanto de todos possui vários patetas.

Em 2007 um qualquer governante muito inteligente decidiu que penas até 5 anos seriam suspensas, instituindo assim a impunidade como regra para lidar com questões menores segundo o douto entendimento dos verdadeiros génios que dizem governar Portugal. Assim sendo na sequência dos cada vez mais casos de agressões a polícias, médicos, enfermeiros, professores, juízes e outros funcionários públicos, surgiu a sugestão de um Curso de defesa pessoal para o pessoal médico.

Isto é só um nadita tonto. Estou mesmo a ver centros de saúde cheios de ninjas, hospitais repletos de “bruces lis”, além de urgências percorridos por heróis de shaolin às piruetas e a voar pelos corredores para mudar arrastadeiras e mudar algálias.

Ainda com o mesmo propósito, alguém sugeriu que nas urgências para amansar as feras deveriam ser os utentes agraciados com “ um chá e bolinhos”, para adoçar as vontades e fazer esquecer as horas inenarráveis que as pessoas perdem à espera que alguém lhes trate das maleitas, motivo pelo qual surgem desacatos, ainda assim as pessoas inteligentes que dirigem o Ministério da Saúde pronunciaram-se contra agravamento das penas aos agressores de médicos e enfermeiros.

Uns marroquinos dão à costa ilegalmente, fiados na conversa dos outros de que vão ser tratados como lordes, o presidente do sindicato dos inspectores do SEF alerta para a forte e quase certa possibilidade de estarmos perante a nova rota a explorar pela migração ilegal, todos concordam excepto um pateta ministerial que declara que não é para fazer caso, que eles no ministério estão atentos. Os coreanos foram buscar os seus à China, os americanos, os japoneses, os franceses, quanto aos portugueses o nosso excelente governo está em reuniões!

E é entre esta e outras pérolas, de igual semelhança, que vai andando este verdadeiro “patetismo governeiro” a que vamos assistindo, quando julgamos que não é possível ouvir coisas ainda mais surreais e patetas, eis que um qualquer governante nos surpreende com declarações que nos deixam de queixo caído, coisas impróprias para gente que se diz ou se tem por inteligente, mas enfim, tudo isto espremido dá um imenso nada, um gigantesco faz de conta onde o que sobressai é o completo “desnorte” desta gentalha toda, Portugal anda na verdade ao Deus-dará, à espera que algo aconteça como diz a canção, ora como diz o amigo Matias, “Porra ti Imilha qué damais!”

P.S. O título deste artigo, roubei-o às expressões de um bom amigo, digno filho da Tróia, escrito em bom dialecto “troiano”, para quem não sabe, o Bairro da Tróia, era um dos bairros castiços de Almeirim, ruas de seixo rolado existindo ainda algumas quando eu era miúdo no seu estado prístino em areia, hoje mercê do abandalhamento cultural, só nós os velhos é que ainda falamos dos bairros antigos como a Tróia, o Pupo, as Milheiras ou São Roque.

Francisco Pereira

 

 

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