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Seguro vs Costa

11-07-2014 - Eduardo Milheiro

Cada vez se torna mais nebuloso, qual dos candidatos mais interessa ao País e aos Portugueses. Os mesmos não apresentam nada de concreto sobre o futuro do País, passando o tempo a contar espingardas, distribuindo uns rebuçados aqui e ali, dizendo nem “sim nem não”, criando falsas expectativas. De campanhas destas, estou farto.

Costa não promete nada, pois sabe que sem a reestruturação da dívida, Portugal não sai do lodo em que está enterrado, por culpa das Governações PS/PSD/CDS, mas é de notar que Pedro Nuno dos Santos, uma das caras do PS mais à Esquerda, fez parte do grupo de economistas que fizeram o guião para resolver o problema da dívida.

Costa não arrisca falar sobre a futura forma de governação de um Governo Socialista, saído de uma possível vitória nas eleições legislativas de 2015, sendo certo que um dos homens da sua corte, Miranda Calha, afirmou que o PS deve fazer preferencialmente alianças à Direita.

Também fiquei a saber esta semana, que a Cultura terá novamente um Ministério, o que não me admira, pois havia que dar resposta aos cerca de 600 intelectuais que apoiam Costa.

Os ex-dirigentes da Juventude Socialista, que também lhe manifestaram o seu apoio, não são de admirar, pois alguns trabalham com Costa na Câmara Municipal de Lisboa, um deles, Duarte Cordeiro.

António José Seguro parece-me ter começado a entender que com aquele grupo que aparecia nas televisões desde que se candidatou a secretário-geral do PS, não ia longe. O mesmo grupo desapareceu, o que é manifestamente positivo para o candidato, agora falta saber se saíram de cena voluntariamente, ou se ele lhes disse que com ele não tinham possibilidade de ser Ministros/as ou Secretários/as de Estado, ou mesmo assessores/as (não esquecendo o que Álvaro Beleza já afirmou acerca da ADSE, dizendo que a mesma devia acabar).

Seguro aproveitou uma situação que se vive e que é muito cara aos muitíssimos portugueses: os cortes nas pensões e nos ordenados, dizendo que se fosse Primeiro-Ministro repunha todos os cortes efectuados pelos anteriores governos.

Mas quando vejo os grandes apoiantes de Seguro, como João Proença, o tal que fez acordos com o governo PSD/CDS sobre as leis do trabalho, sinceramente não sei o que esperar do actual secretário-geral do PS.

Hoje é pela reestruturação da dívida, o que é de louvar, finalmente assumiu uma posição clara sobre o tema de fundamental importância para os Portugueses, depois de andar “lá e cá”.

Seguro devia ter corrido com os “socráticos”, única forma de se ver livre da herança, pois todos mudaram assim que apareceu o Costa; ter assumido mais cedo a reestruturação da dívida e não permitir que aquela gente que o rodeou de início tivesse tido algum protagonismo.

Neste momento temos dois PSs: um de Seguro e outro de Costa, mas o problema é que se continua a não saber quem é que representa a esquerda, se Seguro se Costa, pois vejo nas duas facções a Direita e a Esquerda do partido.

Começo a pensar: não será que os Socialistas e simpatizantes, que votarem nas primárias, estarão a votar no “venha o diabo e ele que escolha”, ou será que estamos perante o desmoronar do Partido Socialista?

Eduardo Milheiro

 

 

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