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MAIS UM ANO MAIS UMA “VOLTINHA”

24-01-2020 - Henrique Pratas

Acabou o ano de 2019 inicia-se o ano de 2020 e nós somos consumidos por esta contagem e passar dos anos, por um lado é bom que passemos por ele, ou será que são eles que passam por nós? O que é facto é que se aproximam mais 366 dias, que desconhecemos e que teremos que os cavalgar para podermos chegar ao final do ano e termos vivido um ano mais, porque é disso que se trata de viver mais um bocado, com bocados maus e outros menos maus, vamos tentar e fazer todos os esforços para que consigamos ultrapassar as dificuldades que nos vão surgir e o interessante disto tudo, se é que algum interesse nos suscita as dificuldades que iremos ser confrontados é a forma como o vamos fazer e aqui não esperem por “receitas” por elas não existem, cada um viverá e ultrapassará as dificuldades que lhe aparecerem pela frente como muito melhor puder e souber, tudo isto porque não vivemos num País onde não se pode contar com as organizações/instituições para nos ajudar naquilo que seja necessário.

Não é que seja um defensor da caridadezinha, mas entendo que o Estado em determinadas áreas como a Saúde, Educação, Habitação e outros setores chaves para o desenvolvimento do mesmo deveria ter um papel determinante no nosso futuro, mas como nunca o teve teremos que nos resignar e viver “orgulhosamente sós” porque como várias vezes já escrevi não aprendemos, não nos ensinaram ou não queremos viver em sociedade, partilhando tudo o que nos acontece de bom e de menos bom, para que os outros cidadãos quando confrontados com situações semelhantes saibam como agir, fomos criados assim o que é que havemos de fazer.

Os desafios que iremos enfrentar serão grandes, porque uma vez mais se aposta na “maldita” redução do deficit em detrimento da criação de melhores condições de vida para os portugueses, mas como os votantes, escolheram desta maneira, há que respeitar a sua escolha, apesar de existir uma grande maioria de abstencionistas, que por diferentes razões não votaram uma delas que tenho ouvido mais é que não se revêm em nenhum dos partidos que se propuseram a eleições.

Daqui podemos concluir muitas coisas ou os conteúdos programáticos dos partidos não foram suficientemente aliciantes para que os eleitores votassem, ou as pessoas deixaram de acreditar nos políticos o que é muito mau para uma democracia, ou desinteressaram-se completamente daquilo que querem fazer do País, desde que não alteram o seu nível de condição de vida, o que é que acontecerá se este for alterado, resignam-se. Poderia elencar mais uma série de fatores, mas os que enumerei já são francamente maus para me alongar mais, porque o que está a acontecer é que os cidadãos de um País estão cada vez menos interessados no que nele se passa e isto é na minha opinião, francamente mau de mais para ser verdade. Existem pessoas que tentam “fugir” a esta sociedade que foi criada e na qual não conseguem viver, criam uma sociedade paralela onde vivem há sua maneira e do modo que querem, o pior é que estas não são sociedades paralelas, porque se tocam e quando isto acontece é o cabo dos trabalhos porque ninguém se entende nem se conseguem fazer entender, criam-se situações de rutura, às vezes por coisas mínimas.

Tudo isto acontece porque não temos uma sociedade ao serviço dos cidadãos, onde estes se identifiquem e queiram fazer parte integrante, as clivagens entre abastados e menos abastados acentuaram-se e os menos desprovidos sentem-se cada vez mais marginalizados por uma sociedade que não lhes dá respostas, nem sequer lhes dá a devida atenção.

Ouvimos muitas vezes falar por alguns comentadores que elegerem o Presidente da República, o presidente dos afetos, não ponho esta afirmação em causa e tem sido notória esta prática, mas apesar de eu considerar uma das partes de maior carência em Portugal, porque como já vos escrevi, vivemos uma era da ditadura económica/financeira, do dinheiro, onde este se sobrepõe aos AFETOS, VALORES E PRINCIPIOS, vale tudo menos respeito, consideração, igualdade, fraternidade e solidariedade entre os cidadãos deste País, este exercício para produzir frutos, só produzirá efeitos se formos todos a remar par o mesmo lado, como tal não acontece a nau vai ziguezagueando em função da força da remada que cada um faz.

Por esse motivo em vez de ter uma linha de rumo devidamente orientada e gizada para se alcançar os objetivos a que nos propomos andamos às apalpadelas, ora indo para um lado ou para outro completamente contrário ao pretendido. Andamos a fazer navegação à vista com os olhos completamente tapados e assim sendo tudo isto dá no que diariamente assistimos.

Não pretendo ser o “Velho do Restelo”, nem pouco mais ou menos, apenas vos quero desejar a todos um excelente ano de 2020 pleno de esperança em melhores dias e com o desejo que realizem o que se propõem alcançar, sejam eles objetivos pessoais ou coletivos.

Henrique Pratas

 

 

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