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O FIM ÚLTIMO DA VIDA E DO CASAMENTO

10-01-2020 - Rabim Saize Chiria

Eu tenho ouvido com frequência que o fim último da vida é a felicidade, e fim último do casamento é a felicidade, mas será esse propósito do nosso existir e da nossa união conjugal? Nestes dois pontos eu começaria por dar uma resposta negativa, mas sim afirmativa. A finalidade da vida não é a felicidade, a finalidade da vida é o amor. Amar sua própria vida e por fim a mar o seu próximo como a si mesmo. Essa é a Lição que a figura de Nazaré nos deixou (Jesus).

Viver para ser feliz é uma livre associação de ideias (ilusão), mas viver para amar a sua vida e do seu próximo é algo concreto e verdadeira felicidade. É no amor e na vida em si, onde se alcança a verdadeira felicidade e não naquilo que a vida pode nos oferecer. A vida não é um instrumento para alcançar algo útil, visto que ela em si mesma já tem algo útil que é o amor. Por isso, tomem cuidado de não instrumentalizar a vida, com o risco de se suicidarem, em caso de não alcançarem as vossas alucinações, que por sinal são inalcançáveis.

Quanto ao casamento! A finalidade do casamento não é a felicidade, ou seja, o casamento não proporciona felicidade nenhuma, se você não é feliz consigo mesmo não será com o casamento que alcançará a felicidade. A verdadeira felicidade acontece dentro de nós mesmo, sobretudo no amor. Você pode ser feliz na solidão, desde que tenha o amor como base da sua vida.

Alguém pode perguntar, como o amor? Se você está falar da solidão? Amarás a quem na solidão? Na solidão amarás a si mesmo e ao seu próximo. Como o meu próximo se você falou da solidão? A solidão que eu faço menção não é absoluta, mas sim relativa, ou seja, na relação com outros.

Os filhos podem trazer a felicidade a um casal? Não, os filhos são apenas uma bênção de Deus, assim como a mulher é uma bênção de Deus para homem, mas nem toda bênção é motivo de alegria porque pode ser uma maldição. Por isso os filhos, a mulher não podem ser a condição indispensável para a felicidade, mas são precisos para completarem a incompletude solitária do homem, que em si mesma já é feliz no amor consigo mesmo e no próximo.

Rabim Saize Chiria, Licenciado em Filosofia Pela Universidade Eduardo Mondlane

 

 

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