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NÃO SE PODE ANDAR NA RUA

10-01-2020 - Henrique Pratas

Para mim está ser muito difícil andar pelas ruas de Lisboa porque vejo coisas que vejo e não gosto e não posso fazer nada.

Noutro dia fui com a minha mulher a um supermercado e confrontei-me diga dos piores Países da América do Sul, não existiam carrinhos para transportar as compras, dirigi-me a um funcionário e o mesmo informou-me que os carrinhos andavam a ser roubados, não queria acreditar mas a realidade foi constatada.

Depois de o empregado ter providenciado no sentido de me arranjar uma carrinho, sim porque para isto também já é preciso ter sorte e encontrar a pessoa certa, ele lá foi a sítio recôndito a onde estão a guardar os carrinhos para que estes não levem descaminho, pedindo-me que no final da minha utilização o entregasse a ele.

A minha grande questão é que quando oiço os políticos da nossa praça e os comentadores, a afirmarem que Portugal está a crescer e a caminhar num rumo futurista e da melhor criação das condições de vida eu interrogo-me sobre a sua veracidade.

Nessa mesma deslocação ao supermercado quando cheguei há caixa para pagar, gerou-se confusão entre uns ciganos que também tinham ido ao supermercado e a empregada que estava a exercer as suas funções. Os motivos não sei, qual foi porque já só me apetecia sair dali e esta tarefa estava a ser muito dificultada. Atrás de mim estavam umas “tias”, como nós designamos aqui por Lisboa, que rapidamente se colocaram na alheta deixando os carrinhos cheios de compras e vociferando que não estavam para aturar aquelas cenas, não deixei depois de ouvir o queixume das empregadas do supermercado, “ o senhor está a ver agora nós é que temos que ir arrumar tudo de novo nas prateleiras”, eu nada lhes disse porque fartinho de ali estar estava eu, mas mais um compasso de espera estava livre daquele pesadelo. Nesse dia não saí mais de casa e questionei-me sobre as palavras proferidas pelos nossos políticos e comentadores políticos sobre o sucesso das suas governações e pensei para comigo ou eu estou completamente doido ou isto está uma grande merda.

Bem no dia seguinte como também tínhamos que fazer saímos e deparei-me com uma situação que não é permitida por lei, que foi apanhar duas “tias” a lavarem as viaturas na rua com baldes de água, indignei-me, não disse nada, observei com atenção as suas manobras e não me apercebi que estivessem preocupadas se a policia aparecesse ou não, fizeram aquilo como se tratasse de um ato normalíssimo.

Eu fiquei completamente irritado e questionei-me não foi nada disto que eu idealizei para o meu País, mas foi a situação de desenvolvimento e progresso que os nossos governantes nos colocaram, um País muito próximo dos piores Países que existem na América do Sul, que grande evolução se deu no nosso País não haja dúvidas, temos que estar gratos a quem nos conduziu para a pobreza e miséria encapotada, tudo em prol da democracia e do bem-estar do povo.

Estamos a aproximar-nos a largos passos para um situação de rutura, onde o respeito pelas instituições não é nenhum, sendo certo que os que têm maior poder económico se vão safando os restantes vão apanhando com toda a porcaria que estes fazem, que grande evolução escrevo eu, voltámos ao tempo marcelista, com a maior parte das pessoas acomodadas em casa para não serem incomodadas e verem coisas que não querem e a evitar há viva força terem que se deslocar a algum lado para tratar de algum assunto que diga respeito ao regular funcionamento de uma sociedade porque vão-se chatear de certeza e a maior parte das pessoas já não quer isto, foi criada uma prisão gigante para a população portuguesa, sem que tenhamos dado conta disso, a tão apregoada liberdade acabou meus caros.

Complementarmente ao que vos acabei de escrever tive a oportunidade de ver um documentário no canal Disvorery onde a temática era o modo de funcionamento do serviço nacional de saúde na Grã-Bretanha e se dúvidas tinha elas ficaram dissipadas, aquilo lá funciona mesmo. A título de exemplo relato-lhes uma das situações reais que foram mostradas, numa aldeia qualquer daquela País uma senhora caiu e magoou-se à séria tendo sido necessário chamar os paramédicos que chegaram em tempo oportuno devidamente equipados com tudo o que era necessário par prestar uma auxílio, profissional e adequado há situação. A senhora foi estabilizada no local e como tivesse uma fratura grave na coluna vertebral o médico entendeu que seria melhor chamar um helicóptero para levar a senhora para uma Unidade Hospital para ser adequada e convenientemente tratada.

A casa situava-se num local de difícil acesso para o helicóptero que poisou num local que reunia as condições mínimas de segurança para efeito o médico que vinha no meio aéreo deslocou-se há casa onde a senhora vivia e em conjunto com o outro médico que se tinha deslocado por via terrestre avaliaram a situação e delinearam a forma e o modo como a senhora deveria ser evacuada de sua casa e assim foi, a senhora foi imobilizada, agasalhada convenientemente com os materiais e equipamento próprios para o efeito e transportaram-na para uma maca com o maior dos cuidados, para uma ambulância que conseguiu colocar-se mais perto da suas habitação. Colocaram a senhora dentro da ambulância que em marcha lenta se dirigiu para perto do helicóptero e como o terreno não permitisse que esta se aproximasse do mesmo em condições de segurança, a senhora foi transportada de maca onde foi devidamente acondicionada para ser transportada em condições para o Hospital mais próximo e com condições para que fosse devidamente acolhida. Não deixei de notar que durante esta evacuação aérea o médico que acompanhou a senhora teve os cuidados que uma pessoa nestas condições merece, até a preocupação de manter a senhora com uma temperatura ambiente que não lhe causasse danos ou desconforto, foi devidamente cuidada.

Contei-lhes isto para poderem comparar com o que por cá se faz e não é pelos profissionais que as coisas não se executam da mesma forma é muito mais pelos meios que lhes é colocado há disposição, muito alguns deles fazem, porque são profissionais os que não têm paciência vão-se embora, porque isto por aqui começa a estar muito mal frequentado.

Os nossos políticos querem mão-de-obra barata, razão pela qual se dá abrigo a muitas pessoas que abandonam os Países onde nasceram, mas este abrigo não é dado por razões humanitárias como é apregoado aos sete ventos, é apenas realizado para obterem mão-de-obra barata que exploram como se de escravos se tratassem é isto que pretendem e não criem ilusões que estas ações se fazem por razões humanitárias.

Por isto e por outras coisas mais entendo que os nossos políticos e comentadores, estão a ultrapassar dos limites do razoável e quem semeia ventos, tempestades recebe, por isso tenham cuidado e pensam muito bem no qua andam a fazer porque são tão imortais como nós e também têm família, mulher e filhos, que provavelmente não quererão ser confrontadas com as medidas que andam a tomar.

Henrique Pratas

 

 

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