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Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

GLOBALISTAS, AMBIENTALISTAS E OUTROS VIGARISTAS

20-12-2019 - Pedro Pereira

O planeta Terra é a nossa casa, nela habitamos e por isso dela dependemos para a nossa qualidade de vida. É nosso dever defendê-la de quem a maltrata.

Um pouco por todo o mundo ocidental, nomeadamente na Europa e nos EUA, temos vindo assistir a uma frente de combate promovida maioritariamente por falsos ambientalistas acoitados em ONG’s de duvidosa idoneidade (usando um termo eufemístico), que no arrastão levam consigo gente de boa fé, ignorante de que por detrás deste movimento globalista encontram-se envolvidos interesses políticos, pessoais e financeiros de grande envergadura.

Na verdade, suportando esta, que ameaça formar uma verdadeira psicose colectiva através dos meios de comunicação social.

Sobretudo as têvês e a imprensa, bombardeiam diariamente as populações com imagens apocalípticas de incêndios gigantescos em florestas a perder de vista, como na Austrália, enxurradas e furacões inopinados de grandes dimensões desde o Oriente ao Ocidente, baleias e golfinhos que aparecem mortos nas praias a partir do nada, ursos brancos em placas de gelo à deriva, e por aí fora, tudo porque as temperaturas estão a subir. Imagens estas repetidas de hora a hora até à náusea.

Não deixa de ser objecto de reflexão que um grupo de “cérebros” entrincheirados na ONU, desde há umas duas décadas que vêm alarmando os povos para a subida rápida dos mares, que a esta hora (desde a primeira hora em que começaram a perorar estas bacoradas) já deviam ter sido engolidos pelas águas nas zonas costeiras, numa ciclópica mortandade humana que gostam de associar a esta imagética catastrofista.

Não ignoramos que o clima a nível mundial está a cambiar, mas também queremos deixar aqui bem expresso que os ciclos de aquecimento e arrefecimento da Terra ocorrem ciclicamente desde há muitos milhões de anos e sempre assim será, dado que a terra rege-se pelos seus próprios ciclos independentemente da vontade dos seus habitantes.

É evidente que nós, humanos, hoje, ao invés do que acontecia há uns séculos atrás, podemos amenizar os efeitos das catástrofes porque possuímos meios de previsão climatológica e de defesa de vidas como não sucedeu no passado, dados os avanços tecnológicos.

Não obstante, não podemos evitar as catástrofes (terramotos, tsunamis, temporais…) que escapam à acção humana.

Aqui chegados, relembremos que ainda há pouco tempo tudo isto foi explicado em carta dirigida ao secretário-geral da ONU, o sr. Guterres, por 500 cientistas de todo o mundo.

Neste cenário de alterações climáticas assistimos ao degelo no Árctico, na Gronelândia…  Mas enquanto o Árctico está a perder gelo a grande velocidade já a Antárctida tem mantido a sua placa gelada e até tem crescido nos últimos anos. Ou seja, o gelo desce de um lado e cresce no outro.

Por outro lado, o buraco de ozono está a fechar e o planeta, não obstante a poluição, está mais verde.

Relativamente ao aquecimento global, desde já podemos elucidar o leitor que desde 1880 os registos demonstram estabilidade nas temperaturas, que fez com que o IPCC - The Intergovernmental Panel on Climate Change falsificasse dados para servir agendas políticas e associadas para aldrabar e intoxicar a opinião pública mundial.

É evidente que os picos de calor registados em Julho passado em Portugal, por exemplo, são ciclicamente recorrentes. Quem duvide, basta consultar a imprensa da época em décadas passadas ou os mais idosos recordarem (os mais novos que lhes perguntem) como eram brutalmente quentes os verões em Portugal nos anos 30, 40, 50, 60 do século XX, por exemplo.

Pela minha parte tenho boa memória deles (anos 50, 60, 70…) e em verdade vos afirmo que eram verdadeiramente aterradores.

Na realidade, a instilação do pânico nas populações, manipulando imagens e distorcendo informações, mentindo até, propagandeada em doses maciças de manhã à noite através dos media, tendo por detrás os donos do mundo mancomunados com a ONU, levam a que os povos vão aceitando sem tugir nem mugir uma cada vez maior carga de taxas e de impostos a pretexto do combate à poluição e ao efeito de estufa.

Enquanto isto, os propagandistas políticos, “ecologistas” e quadrilhas organizadas dentro de sinistras corporações acobertadas em ONG’s, sustentadas pelos dinheiros da ONU e de governos cúmplices, possuem na sua maior parte moradias à beira-mar plantadas e deslocam-se em luxuosos iates, carros de altas cilindradas e aviões a jacto altamente poluentes.

Toda esta gente vive faustosamente delapidando dinheiro no luxo mais ostensivo e escandaloso, enquanto a ONU que em grande parte a sustenta, encontra-se à beira da falência.

Os oceanos cobrem quase 3/4 da superfície da Terra e servem como “poços” de calorias e de CO2, o que na nossa atmosfera tem um peso total quase residual em relação ao peso dos oceanos, dado que o vapor de água é responsável por mais de 95% pelo efeito de estufa natural, e todas as actividades humanas que produzem CO2, incluindo a própria respiração dos 7,1 biliões de habitantes, contam menos de 4% de todo o CO2 na atmosfera. Concluímos assim que o “famoso” aquecimento global é uma enorme mentira apoiada numa pseudo-ciência.

Com base em variáveis inter-terrestres, dados os factores que contribuem para o caos climático do planeta, não é de todo possível fazer previsões meteorológicas com uma precisão de quinze dias de antecedência e muito menos prever-se o que irá acontecer em termos climáticos daqui a vinte ou trinta anos.

Naturalmente que também os factores extra-terrestres influenciam (e bastante) o clima do planeta, sendo o principal deles, o sol, com os seus ciclos naturais. A temperatura da Terra depende da quantidade de energia recebida do astro rei.

Para além dos factores intra-terrestres e do factor extra-terrestre que é o sol e a energia que este envia para a Terra, existe outro factor extra-terrestre extremamente importante, que são os chamados “ciclos de Milankovitch*, que assentam nas seguintes bases:

- A Terra tem um movimento de rotação (sobre si mesma) e de translação (em volta do sol). Existem quatro estações durante um ano dado que a terra é inclinada sobre seu eixo de rotação, por isso temos dias/noites durante o ano que tem 365 dias e mais um que é adicionado ao calendário a cada 4 anos quando é verão num hemisfério é inverno no outro. E as horas de luminosidade e de escuridão variam pouco na região equatorial. Porém, este balanço dia/noite é muito diferente quanto mais se avança na direcção dos pólos, chegando até ao sol da meia-noite durante o verão nos países Escandinavos, e noites intermináveis do outro lado do planeta. O problema é que em todo este processo não é explicado que estes movimentos da Terra não são constantes, mas variam segundo alguns ciclos, mesmo que estas variações possam durar séculos ou milénios. Mas o facto é que cada um destes ciclos de Milankovitch tem a sua importância, e a combinação destes ciclos vai potencializar o efeito sobre o clima terrestre de modo global, podendo os mesmos explicar os períodos de glaciação a cada 100.000 anos, intercalados de períodos de aquecimento mais curtos de 10.000 a 20.000 anos.

As pesquisas e trabalhos de Milankovitch publicados nos anos 20 do século XX, descrevem 3 ciclos do movimento da Terra, estes provocados e influenciados constantemente pela força de gravidade gerada pelos outros planetas do sistema solar, principalmente os enormes planetas que são Júpiter e Saturno.

Desde há vários milhões de anos a Terra alterna regularmente períodos de glaciação e aquecimento. Os ciclos de Milankovitch explicam porquê e como ocorrem estes períodos de glaciação e de aquecimento, e porque é que estes períodos estão intimamente relacionados com a maneira como a Terra recebe a energia do sol. Eis em resumo os ciclos de Milankovitch:

1. A obliquidade do eixo terrestre

O eixo de rotação da Terra é inclinado. Esta inclinação pode variar entre 21.9° e 24.5°, e a duração deste ciclo é de 41.000 anos. Esta inclinação do eixo de rotação é que determina as estações do ano, e segundo a variação da inclinação do eixo, as estações do ano serão mais ou menos marcadas. Quanto mais inclinado for o eixo de rotações (máximo a 24.5°) mais quentes serão os verões e mais frios serão os invernos, e vice-versa com a inclinação mínima do eixo de 21.9°.

Actualmente a inclinação do eixo de rotação é de aproximadamente 23.26°, o que é praticamente a média entre o máximo e o mínimo de inclinação (24.5° e 21.9° respectivamente), o que quer dizer que não há muito contraste entre os verões e invernos, ou seja uma certa normalidade ou equilíbrio entre estas estações.

A obliquidade do eixo não tem real influência na quantidade de energia que a Terra recebe, a sua influência seria de como esta energia é repartida em função da inclinação, a diferença de energia aumentaria entre a região equatorial e os pólos quando o eixo atinge a sua inclinação máxima de 24.5°, e vice-versa quando a inclinação é mínima.

- Obliquidade máxima = invernos muito frios e verões muito quentes.

- Obliquidade mínima = invernos “mornos” e verões frescos.

Porém esta repartição da energia entre o equador e os pólos pode ter bastante influência sobre os ciclos anuais de degelo e glaciação das calotes polares, sobretudo quando acumulada com outros ciclos de Milankovitch.

2. A precessão dos equinócios

Este ciclo de Milankovitch e as suas repercussões é mais complicado de se entender, uma vez que a Terra não tem apenas o movimento de rotação em torno de um eixo inclinado, mas ela gira sobre este eixo de maneira similar a um pião, ou seja, o eixo passando pelos pólos descreve um círculo imaginário acima do pólo norte e outro círculo abaixo do pólo norte, este ciclo durando aproximadamente 26.000 anos.

Actualmente (2019), o eixo norte aponta para a estrela Polaris, e estima-se que este eixo deverá apontar para a estrela Vega por volta do ano de 15.000. Nessa altura Vega deverá ser considerada como sendo “a estrela do norte”.

Para a obliquidade do eixo terrestre, a precessão dos equinócios não influencia na quantidade total de energia que chega a Terra, porém este ciclo afecta como esta energia é repartida no planeta, e consequentemente também afecta as estações do ano e quando ocorrem o solstício e o equinócio.

3. A excentricidade da órbita

A excentricidade da órbita é talvez o ciclo de mais fácil compreensão, e o que mais influencia o clima da Terra com bastante certeza. A terra efectua o seu movimento de translação em torno do sol, porém este movimento não é circular ou elíptico como sempre nos foi apresentado a fim de simplificar a sua compreensão. Na realidade este movimento de translação varia constantemente entre um “quase-circulo” e uma elipse, esta variação é chamada de excentricidade da órbita, que forma um ciclo de círculo-elipse-círculo que dura aproximadamente entre 90.000 e 125.000 anos, com uma variação da órbita maior ocorrendo a cada 400.000 anos. O resultado final é que a órbita terrestre em volta do sol é um perpétuo ciclo de mudanças.

Contrariamente à obliquidade e à precessão, a excentricidade da órbita tem significante impacto sobre a quantidade de energia que chega a Terra pois este factor é dependente da distância do sol, e as variações da órbita terrestre aumentam e diminuem esta distância entre a fonte de energia, de onde as noções de “periélio” que é o momento em que a Terra se encontra mais perto do sol (ou seja, recebe 100% da energia), e “afélio” que é quando está mais longe do sol.

Nos dias de hoje (2019), a órbita terrestre assemelha-se quase a um círculo, o que quer dizer que a diferença de distância entre o periélio e o afélio é mínima, as estimativas dessas distâncias são de cerca de 146 milhões de km. (periélio no começo de Janeiro) e de 152 milhões de km. (afélio no começo de Julho), mas mesmo com esta relativa pequena diferença de distância (6 milhões de km.), a Terra recebe por volta de 94% da energia quando se encontra no ponto mais distante do sol, o que é considerável. Mesmo com tal diferença de energia recebida no decorrer do ano, a quantidade total permanece elevada, o que explica porque estamos num período inter-glaciar (ou de aquecimento).

Comparativamente, quando a órbita terrestre se encontra a mais excêntrica (elipse), o periélio fica a cerca de 129 milhões de km, enquanto o afélio fica a cerca de 187 milhões de km. Com tamanha diferença de distância (58 milhões de km), a Terra recebe por volta de apenas 75/80% da energia quando se encontra no ponto mais distante do sol, o que poderá explicar as eras glaciares que ocorrem a intervalos de aproximadamente 100.000 anos.

À medida que a distância do sol aumenta, a energia transmitida por radiação e recebida na Terra diminui, isto porque o sol envia energia a 360° e à medida que a distância aumenta, este feixe de energia vai repartir-se numa superfície maior. Fórmulas, trabalhos e observações existem e atestam que a energia transmitida a um corpo diminui a medida que o corpo aumenta a distância para com a fonte de energia. Uma visualização simples deste facto seria ligar uma lanterna bem próximo de uma parede e afastar-se desta. No início o feixe de luz contra a parede é muito forte mas vai diminuir a medida que se afasta da parede, e se a distância for suficientemente grande, a um dado momento o feixe de luz não será mais perceptível. Outro exemplo seria cruzar um carro com faróis altos com o ofuscar que aumenta a medida que nos aproximamos do dito carro.

A excentricidade da órbita seria então o factor principal que permitiria a entrada da Terra em novas eras glaciares, porém os outros ciclos de Milankovitch potenciariam ou compensariam as temperaturas mais baixas destes períodos visto que existem picos de temperaturas durante as eras glaciares sem que estes possam ser chamados de interglaciações como o actual que já vem ocorrendo desde há 10.000 anos.

–  Extremo de baixa irradiação solar

O período em que a Terra recebe o mínimo de energia do sol é quando a excentricidade de sua orbita é máxima (formando uma elipse) com o afélio no seu ponto mais distante do sol. Se este período de excentricidade coincidir com o período de obliquidade mínima (21.9°), mais variações nas estações do ano poderão acontecer. Os verões serão ainda mais frescos, e visto que a quantidade de energia recebida pela Terra pode ser menor até 25%, não haverá energia suficiente para derreter as calotes polares, o que favorece os períodos glaciares. Estas variações poderão ser ainda maiores se o período de obliquidade mínima coincidir com a precessão. Teremos então a acumulação de factores favorecendo o arrefecimento global e a manutenção do período glaciar.

–  Extremo de alta irradiação solar

Era de se esperar que o máximo de energia chegando à terra ocorresse quando a excentricidade é mínima (órbita quase circular), porém não é o caso visto que o periélio é menor quando a excentricidade é máxima. Mas se tomarmos a média de energia recebida pela Terra durante um movimento de translação (um ano) efectuado num período de excentricidade mínima ou máxima, a Terra terá recebido mais energia quando a sua órbita é quase circular (excentricidade mínima), o que favorece os períodos interglaciares como o que estamos a atravessar actualmente. Se o período de excentricidade mínima coincidir com o período de obliquidade máxima (24.5°), os invernos serão muito frios enquanto os verões serão muito quentes, mas como a quantidade anual de energia recebida pela Terra é maior por causa da excentricidade mínima, haverá uma tendência para o aquecimento global e o degelo das calotes polares.

Em suma, observa-se uma boa correlação entre os ciclos de Milankovitch e o clima terrestre actual visto que estamos num período interglaciar, com uma certa tendência para um aquecimento global, além de estações do ano tidas como normais. Estudos recentes tendem a demonstrar que os ciclos de Milankovitch explicam a causa fundamental para estes períodos glaciares e interglaciares no  quaternário.

Aparentemente, civilizações e religiões antigas, incluindo o Cristianismo, já tinham conhecimento em parte destes ciclos que vieram a ser teorizados por Milankovitch, principalmente a obliquidade do eixo e a precessão dos equinócios, mesmo atendendo a que na época a Terra não era considerada redonda. Mas estas civilizações já tinham noções das estações e da periodicidade de certos eventos pelo conhecimento astrológico. O ciclo que mais influenciou algumas religiões foi o da precessão dos equinócios. A precessão dos equinócios é um ciclo que dura por volta de 25.000 anos, e os astrólogos de antigas civilizações observaram que o nascer do sol durante o equinócio da primavera no hemisfério norte ocorria diante de uma constelação do zodíaco diferente, aproximadamente a cada 2.150 anos, e cada mudança de signo passou a representar o que certas religiões chamaram de “era”. O ciclo completo da precessão dos equinócios, passando pelas 12 constelações do zodíaco, foi chamado de “Grande Ano” (12 x 2.150 = 25.800 anos). O termo “precessão” vem do fato que as eras vão no sentido contrário a ordem dos signos: Touro – Áries – Peixes – Aquário – etc. A era de Touro foi de 4.300 a.C. até 2.150 a.C., a era de Áries sendo de 2.150 a.C. até 1 d.C., e a era de Peixes de 1 d.C. vai durar até aproximadamente 2.150 d.C. Deve-se notar que o Cristianismo ocorre justamente durante a era de Peixes, e isto explica porque Cristo é por vezes simbolizado por um peixe, e em alguns textos bíblicos Cristo diz acompanhar a humanidade até o “fim dos tempos”, mas que pode ser interpretado até o “fim da era” respectiva, ou seja a de Peixes. A era de Peixes está em pleno crepúsculo e será sucedida pela era de Aquário.

Resumindo: - O que temos vindo a explanar, tende a demonstrar mais uma vez que o clima da Terra é regido por inúmeros factores, e no final isto tudo se torna um caos total, o qual começamos apenas a compreender. Neste caos climático é simplesmente impossível de se prever de como será o clima da Terra no futuro, quer este seja a curto, médio ou a longo prazo. Enquanto alguns nos querem convencer que o aquecimento global é devido unicamente ao homem e às suas actividades que geram CO2.

* Sobre este cientista consultar entre outros sites:

- https://ogatodacaixa.wordpress.com/2016/06/29/os-ciclos-orbitais-como-explicacao-para-as-eras-glacias-da-terra-a-teoria-de-milankovitch/comment-page-1/

- https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/09/11/verificamos-nasa-aquecimento-global/

- https://blogthinkbig.com/ciclos-milankovitch-cambio-clima-tierra

Pedro Pereira

 

 

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