LIVRE
06-12-2019 - Joaquim Jorge
Sou obrigado a seguir este diferendo no Livre entre Joacine Katar Moreira e Rui Tavares, pois, sou bombardeado constantemente com notícias.
Desde a sua apresentação na Parlamento com um assessor vestido de forma diferente (de saia) e com o seu problema de fala (gaguez) que o Livre anda nas bocas do mundo político português.
A Joacine que não é muito versada em Parlamento, pois, é uma recém-chegada absteve-se num voto de condenação dos colonatos ilegais de Israel na Palestina e falhou a entrega do seu projecto sobre a lei da nacionalidade, uma prioridade do seu programa.
Antes tinha tirado uma foto em frente a um dos quadros expostos no salão nobre da Assembleia da República, contra o regime colonial e escravatura, mas teve azar esse quadro representa a “recepção a Vasco da Gama pelo Samorim de Calecute”.
Joacine mostra que é inculta e que não percebe nada do funcionamento de um Parlamento. Deveria ser mais humilde e menos arrogante, mas está deslumbrada com os holofotes da comunicação social.
O feminismo, o anti-racismo e a condenação do colonialismo não são bandeiras exclusivas de Joacine ou do Livre.
O problema é que Joacine foi eleita para defender os pontos de vista do Livre e não para andar a dar espectáculo sempre que intervém. A deputada gera publicidade, mas é negativa, fala-se dela, mas por más razões.
Todavia a culpa não é dela, mas sim, de quem a colocou na lista de deputados pelo círculo de Lisboa em número 1. Porque não foi colocado Rui Tavares?
Problema do Livre que com este começo é o princípio do seu fim.
Os portugueses não querem saber destas coisas estão preocupados com o aumento do salário mínimo terá repercussões de quem ganha um pouco mais, se vão ter aumentos ou daqui a pouco todos ganham pela salário mínimo. A preocupante violência doméstica e os casos de morte, a protecção dos idosos, se o serviço nacional de saúde vai melhorar, a falta de pessoal nas escolas, entre outros.
Isso é que é importante, agora se o Livre mantém Joacine ou não eas suas diatribes, não interessa nada aos portugueses, olham com desprezo e perplexidade.
Biólogo, fundador do extinto Clube dos Pensadores e fundador do Matosinhos Independente.
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