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Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

A PROPÓSITO DA APLICAÇÃO DO ACORDO ORTOGRÁFICO

29-11-2019 - Henrique Pratas

Devido ao facto do Flamengo ter ganho a Taça dos Libertadores e o “Campeonato” Brasileiro, tivemos a oportunidade factual de assistir que o acordo ortográfico da língua portuguesa é um bluff.

Devem ter reparado que alguns repórteres portugueses destacados no Brasil, para cobrirem os feitos do Flamengo, muitas das vezes tiveram que reformular as questões que colocaram a muitos brasileiros, porque estes não entendiam o que lhes era questionado.

Dou um simples exemplo quando questionava se os adeptos estavam satisfeitos com os resultados obtidos pelo treinador português, estes não entendiam e os repórteres tiveram muitas e vastas vezes que reformular as perguntas e trocar a palavra adeptos, por torcida.

Este é pura e simplesmente um pequeníssimo exemplo de que o acordo ortográfico da língua portuguesa é uma falácia e que apenas é cumprida por “obrigação” nos organismos da Administração Pública Portuguesa e eu já não me vou alargar aos outros Países de Língua Oficial Portuguesa, porque esses nem sequer o subscreveram, nem o aplicam.

Provou-se inequivocamente na minha opinião que cada um dos povos deve manter a sua identidade. Dou-vos exemplos ler qualquer um dos livros escrito por Jorge Amado em brasileiro, não é a mesma coisa que ler o mesmo depois de traduzido para português, perde-se a meu ver a essência das palavras brasileiras que têm significados diferentes das nossas e o inverso também é verdadeiro imaginem um brasileiro a ler um livro do Eça de Queirós, traduzido para brasileiro, quando o inicial foi escrito em português.

Tudo isto não faz sentido e existem mais coisas importantes para resolver do que agregar um conjunto de Países de diferentes zonas do globo, que se desagregaram por serem antigas colónias de um País “dominante” impor, depois de terem lutado pela libertação para possuírem a sua identidade própria, quer-se agora impor que todos utilizem a mesma linguagem e modo de escrita.

É absurdo não é mas é o que temos, são estas as preocupações de que nos anda a Des) Governar há imenso tempo, é tempo de acordar para a vida e saber distinguir do que é essencial e o que não acrescenta valor de espécie nenhuma e à partida é um nado-morto.

Henrique Pratas

 

 

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