MATOSINHOS NUMA ECRUZILHADA
22-11-2019 - Joaquim Jorge
Quando decidi criar a Plataforma de Candidatura à CM Matosinhos 2021 e o movimento Matosinhos Independente (www.matosinhosindependente.pt), foi no sentido de poder colocar em prática algumas das minhas ideias em prol de Matosinhos, a fim de o melhorar, e não, uma luta pelo poder a qualquer preço. Se achar no final deste processo que não se justifica esta candidatura, abdicarei sem qualquer tipo de problema, não dependo economicamente dessa decisão, o que me dá uma liberdade acrescida. Desde que Matosinhos estivesse bem, mas infelizmente não está.
1 - Li no Público que Matosinhos vai ter um orçamento mais gordo para Habitação, Ambiente, Mobilidade e Educação.
Em 2020 a autarquia vai investir 129 milhões de euros. Qualquer cidadão que se preze fica contente por este facto, todavia muitas destas decisões pecam por tardias, no caso, da Mobilidade e Habitação. Convém lembrar que muito desse dinheiro vem dos fundos europeus.
2 - Contudo há sempre noticias que nos fazem pensar que Matosinhos tem que mudar de políticas e de pessoas. A CM Matosinhos está sem rumo em que os casos se sucedem por falta de liderança e erros grosseiros. Esta câmara funciona sempre a reboque dos acontecimentos e toda a gente lhe chama à atenção. É a CM Porto pelo paredão, é o Ministério do Ambiente por este hotel, é o Ministério da Educação pela escola Scholé. Erros atrás de erros. Há uma razão muito simples para tudo isto: tempo a mais nos cargos e lugares e pensar-se que "é tudo deles" e “nada lhes acontece”. Mas não é bem assim, as coisas estão a mudar.
3- Não se pode sacudir a água do capote como se nada fosse connosco. Quem vai pagar este erro(hotel construído em cima da praia)? Claro, os munícipes de Matosinhos. Quem deu o aval final para a construção do hotel? Eduardo Pinheiro, segundo o JN que, entretanto, foi promovido para o governo (para fugir do sarilho em que se meteu?). Ora vamos lá pensar um bocadinho. Eduardo Pinheiro não era vice-presidente da câmara! Claro que sim, e do executivo de Luísa Salgueiro. E não há responsabilidades nestes actos que lesam o erário público? Pergunto eu. Se não houver outro, há o penalizar em futuras eleições com o voto.
4 - A notícia do Público de hoje é clara. Se o hotel mudar de local, passo a citar, " o PÚBLICO sabe que esta solução trará custos para a autarquia".
5 - Não andamos aqui a brincar às construções na areia. Tudo que se faz tem implicações e deve assacar-se responsabilidades. Está em causa os dinheiros públicos.
6- Umas das propostas do Matosinhos Independente que ajudará acabar com este tipo de coisas é a limitação de mandatos em todos os órgãos autárquicos https://www.matosinhosindependente.pt//espacoCidadao/propostas.htmll, pois, de outro modo, mudam de lugares como se fosse um carrossel. Outra, desde que haja vontade política, é de efeito imediato nos bolsos dos matosinhenses, é baixar o IMI (0,40) que é o mais alto dos municípios vizinhos.
Joaquim Jorge
Biólogo, fundador do Matosinhos Independente
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