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E TUDO NA MESMA COMO A LESMA…

11-10-2019 - José Janeiro

Os que votaram e os que não votaram conseguiram eleger mais do mesmo, ou mesmo pior, parabéns! Podem começar a carpir nos cafés, nas redes sociais e a puxar os cabelos do desespero.

Não sei se conseguem entender o que elegeram, vejamos os casos mais ridículos das pessoas que se vão sentar no Parlamento:

Comecemos pelos PANtomineiros, não sei se os votantes sabem que elegeram uma impulsionadora do IRA e mais grave uma pessoa que desconhece em absoluto o programa do próprio partido, falamos da novel deputada por Setúbal a Cristina Rodrigues. A abstruncia deu uma entrevista escabrosa e de características equivalentes á existência da cor do cabelo.

Continuemos com a gaga selectiva, uma tal Joacine, daquela coisa chamada Livre, não sei se sabem mas elegeram uma racista disfarçada de defensora das ditas minorias, sabemos bem a parcialidade com que o fazem, mas duas situações chamaram a minha atenção: A exibição de uma bandeira da Guiné Bissau aquando do discurso de vitoria, só imagino tal coisa naquele país mas ao contrario, se tal acontecesse seria apelidado de colonialismo; e a tirada mais idiota de todas o inicio de um feminismo radical, não sei o que é essa trampa, mas como sou assumidamente lésbico estou a pensar aderir ao movimento se deixarem um branquelas entrar.

Mas ainda no campo do absurdo, elegeram, uma Beatriz pelo BE, ora esta menina Senegalesa de nascimento, participante do SOS racismo, do tal do Mama aqui que isso passa, diz coisas tão eloquentes como: “há neste país uma hegemonia branca”. Quando ouvi tal coisa fiquei em choque, ou seja, a idiota vive num país maioritariamente de pele branca e acha que quem deve “mandar” no país são os outros, a tal minoria de pele negra. Imagino que seja assim no Senegal, uma sociedade multicultural e um paraíso terreno, aonde não existe hegemonia negra.

Foi isto que elegeram!

E o pânico instalou-se com a chegada ao parlamento do CHEGA, um partido assumidamente patriota e por isso racista, xenófobo e mais umas coisas e tal, o facto destes partidos começarem a ter seguidores, prende-se com a existência dos eleitos que anteriormente descrevi, sim, a culpa é sómente da passividade quando ouvimos estes mimos dos novos donos da democracia, que irritam pela falta de bom senso e lógica. Fomos admitindo a agressão ás forças policiais, fomos admitindo o insulto á existência deste país, fomos admitindo os arruaceiros, porque coitadinhos são minorias incompreendidas, depois o CHEGA, chega e diz o que as pessoas querem ouvir, ou seja por ordem, nesta galinheiro (uma nota: não estou a defender esse partido, apenas a analisar), e depois dizem-se surpreendidos com a votação nesse partido. Preparem-se porque o CHEGA agora tem palco para dizer o que se quer ouvir, pelos descontentes, por ter representação na AR, coisa que até aqui não tinha senão não teria elegido apenas 1 deputado.

A injustiça do método atual de contagem de votos é patente no quadro seguinte que indica o numero de votos necessários para eleger um deputado:

Ver Maior

Reparem que para eleger um deputado, o PS precisa 17607 votos, o PSD 18448, o BE 25920, a CDU 27426, o CDS 43289, o PAN 41713, e a partir dai entre os 66442 e os 55656, esta é a democracia que temos, muito igualitária. Como se verifica há uma necessidade urgente de alteração do método de Hondt, que favorece os grandes partidos e deixarmo-nos do sistema actual de círculos plurinominais que ninguém sabe muito bem em quem vota e permite estas aberrações como as indicadas. A representatividade dos eleitores seria muito diferente e terminaria a hegemonia dos do costume, mas isso não interessa aos políticos, como bem sabemos.

Continuamos alegremente para o precipício.

Até para a semana

José Janeiro

 

 

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