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VIOLÊNCIA

11-10-2019 - Henrique Pratas

Jamais pensaria escrever sobre este tema mas os limites ultrapassaram a meu ver o limite do razoável.

Quem nos Des) Governa insiste em afirmar que o País é dos mais seguros para se poder viver, mas será que esta afirmação é verdadeira.

Vamos aos factos todos os dias os jornais e a televisão abrem as suas notícias com a informação de mais uma ação de violência, violação ou outro tipo de crime considerado a este nível e dizem-me que o País é seguro?

Não meus senhores o País não é tão seguro como nos querem fazer crer, não vivemos uma situação como a dos Países da América do Sul, mas não estamos seguros e isto deve-se a quê, sim há que analisar os motivos e as razões porque tal acontece.

Em primeiro lugar o nosso sistema judicial não funciona como deveria funcionar, depois não há efetivos de polícias e GNRs para tanta ocorrência, porque ninguém está disposto a arriscar a sua vida pelos míseros euros que lhes pagam, acrescidas das “excelentes” condições de trabalho que lhe são dadas. Na minha opinião muito fazem eles, face aos meios que são colocados há sua disposição.

Convém aqui lembrar que muitos dos que praticam os crimes de violência estão armados em melhores condições do que as nossas forças policiais, mas há uma questão que é essencial para explicar esta insuficiência de meios, os parcos salários e as baixas condições de trabalho que são dadas às nossas forças policiais, que como todos sabemos são miseráveis.

Não é por acaso que nas forças armadas faltam uns largos milhares de praças, admitem-nos a contrato por um certo período de tempo o que lhes dá a possibilidade de receber uns dinheirinhos enquanto não arranjam qualquer coisa fora das forças armadas, assim que o conseguem, ala que se faz tarde. Tudo isto decorre do sistema de precaridade que os “inteligentes” quiseram implementar no País a todos os níveis e este não é diferente. Ao fim e ao cabo temos o Ministério da Defesa a investir na formação de praças que depois se vão embora, trata-se de um investimento sem retorno, ou melhor um investimento a fundo perdido, porque não se rentabiliza, nem se tira partido do investimento que é realizado em formação destes cidadãos. Agora andam os senhores generais e que jantes aos gritos a afirmar que lhe faltam uns largos milhares de praças, sim porque não pode existir tanto graduado sem que haja um número adequado de subordinados porque senão qualquer dia andam uns a mandar nos outros o que para a hierarquia militar não é muito aceitável.

A meu ver atingimos os limites do desejável e nada se faz a violência, mais ou menos agressiva aumenta e medidas par evitar esta situação não existem, não é depois de casa roubada que se colocam trancas na porta, há que prevenir e neste sentido há que atuar em muitos campos na esfera social, educacional, formativa, preventiva e da promoção do emprego com salários dignos desse nome.

Estamos a meu ver perante uma Economia que se encontra gravemente doente e a única medicação que se lhe está a dar são aspirinas, passe a publicidade, quando se deveria prescrever “medicamentos” com mais vasto espectro de atuação, volto há exposição que já aqui fiz, temos um Ministro das Finanças com muito poder, mas que apenas tira do bolso direito para colocar no bolso esquerdo e vice-versa e o desenvolvimento económico quem é que trata dele, a meu ver deveria ser o Ministro da Economia mas deste mal se ouve falar, ou muitos de nós nem sequer sabe quem é.

Andamos muito mal e a manter-se o atual estado de coisas a situação é para se agravar, porque não somos capazes de dar o salto qualitativo e tomar decisões e implementar medidas que visem melhorar as condições de vida dos portugueses, tudo o que a maior parte dos políticos faz e afirma são medidas avulsas para não serem cumpridas e que apenas servem de tema para a campanha eleitoral.

Vêm que o campo da violência é muito vasto, não vos descrevi apenas o físico falei-vos também do psíquico que também possui um peso significativo na nossa sociedade, medidas não há, funcionamos por impulsos, agora são as preocupações com o meio ambiental que estão na moda, amanhã logo veremos, mas enquanto andarmos distraídos com esta situação não pensamos nas outras.

Henrique Pratas

 

 

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