CONVERSA EM “FAMILIA”
04-10-2019 - Henrique Pratas
Ontem o canal público de televisão, RTP 1, promoveu um “debate” entre os partidos que “sobram” relativamente aos outros que têm assento parlamentar e a meu ver foi perfeitamente demonstrativo e elucidativo sobre o que é que procuram, protagonismo e acesso ao poder instituído, ideias poucas que se aproveitem, dificuldades em coloca-las em prática muitas.
Sobre cada um dos putativos candidatos nem sequer me pronuncio a não ser sobre uma senhora que se apresentou como cabeça de lista de um partido que eu não fixei, mas que tinha a particularidade de ser gaga, não é que esta diferença tenha alguma importância, mas como tenho uma imaginação muito fértil comecei logo a imaginar o hemiciclo da Assembleia da República com deputados que tivessem o mesmo atributo e pensei logo na quantidade de horas necessárias para debater um ponto da ordem de trabalhos, provavelmente um dia não chegaria, ter-se-ia que prolongar mais as sessões de trabalho diárias para que se chegasse a uma conclusão, seria a meu ver o fim do funcionamento da Assembleia da República, se assim já é o que é o que faria se os seus deputados fossem na sua maioria gagos, e assim vai mal então é que nem para trás nem para a frente.
Não tenho nada contra a senhora que se apresentou no debate, só que a meu ver deveriam ter escolhido alguém que se expressasse com maior clareza do que ela, com isto não quero dizer que não fosse uma boa deputada, mas ter-se-ia que salvaguardar a dificuldade de expressão manifestada noutras tarefas tão ou mais importantes do que realizar alocuções.
Daquela panóplia de candidatos que se apresentaram nenhum merece estar no Parlamento e isto é a imagem do que se passa no País a pulverização dos partidos políticos, apenas com o intuito de alguns candidatos poderem chegar ao tão desejado poder.
Em termos ideológicos que diferenças existem entre os partidos que têm assento parlamentar, nenhum, as medidas que cada um apresenta são semelhantes, mas a questão reside sempre no facto de as conseguirem colocar em prática, o que eu duvido e muito, porque pura e simplesmente não têm estrutura para suportar a colocação em prática das medidas sugeridas ou apresentadas, foram mais fogachos do que outra coisa.
Com isto tudo está-se a afastar a rapaziada mais nova do ato de votar e a desinteressar-se completamente dos assuntos políticos deste País, para além de como mencionei anteriormente se estar a pulverizar os partidos existentes e podermos cair numa situação em que os votos sejam completamente dispersados, o que trará, há semelhança do que aconteceu noutros Países dificuldades em formar Governo, pelo facto de não chegarem a acordo quanto a possíveis consonâncias para a prática do exercício da governação.
Somos um País pequeno demais para tanto partido, os que agora se candidatam são demais e para rematar o debate de ontem em nada esclareceu a generalidade das pessoas apenas serviu para lançar mais a confusão existente entre eles porque os partidos com assento parlamentar já têm o “caso” de Tancos para se poderem “divertir” há grande e há francesa.
Para mim basta fiquei perfeitamente esclarecido se é que tinha dúvidas quanto ao estado em que colocaram este País e meus amigos, só nos resta tomar uma atitude se queremos fazer alguma coisa de jeito que é arrasar tudo e começar tudo do inicio outra vez, ode ser que assim se consiga alguma coisa favorável, até lá andamos a chafurdar na “merda”.
Henrique Pratas
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