ERRO NO PROCESSAMENTO DE VENCIMENTOS

26-07-2019 - Henrique Pratas

Já alguns tempos lhes tinha dado conta que os recibos de vencimentos não eram entregues nas Unidades de Saúde e Centros de Saúde, pertencentes a ARSLVT (Associação Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo), fiquei com a pulga atrás da orelha, porque acho que isto não se devia fazer.

No mês passado altura em se paga o subsídio de férias a quem trabalha na função pública, questionei uma das funcionárias da Saúde que me tinha dado a informação da não entrega dos recibos se desta vez já lhe tinham entregado o recibo de vencimentos que lhe era devido, disse-me que não aí a minha curiosidade e desconfiança adensou-se. Como tenho à vontade suficiente para lhe perguntar o que achava que devia questionar, solicitei-lhe que me dissesse quanto é que tinha recebido indicou-me o valor, fiz os meus cálculos com a máxima correção e de acordo como deveria ter processado e cheguei há conclusão que tinham pago há senhora menos 225,00 €, líquidos.

Expliquei-lhe as contas e disse-lhe para pedir a ARSLVT que lhe enviasse todos os recibos até há presente data e que lhes dissesse que se tinham enganado no processamento de vencimentos. Levaram tempo mas reconheceram o erro e disseram-lhe que iriam fazer a transferência do valor em causa na primeira semana de julho do corrente ano, o que não ocorreu e recibos até há presente data nem a cor deles quanto mais os documentos que comprovam de forma transparente e clara o valor que lhe foi transferido.

Eu não sou desconfiado nem tenho qualquer tipo de suspeitas, mas acho isto tudo muito estranho e temo que os enganos sejam recorrentes e que o processamento de vencimentos estejam a afetar quem ganha menos na Saúde que são os assistentes técnicos, porque com quem ganha mais não se devem enganar de certeza.

Escrevo-lhes este texto para lhes demonstrar que tudo vai mal na Saúde, até uma coisa que é extraordinariamente simples que é processamento de vencimentos, corre mal, se isto corre mal como é que outras coisas que se passam na Saúde poderão correr bem, isto não desculpa algumas atitudes que estes trabalhadores possam ter no exercício das suas funções mas que não ajuda, claro que não, mas será que alguém se preocupa com isto, acresce a tudo isto que muitos dos precários na Saúde que são em grande número apenas podem regularizar em número mínimo de trabalhadores, sem saberem com base em que critérios, para pessoas que se encontram a mais de 20 anos nesta situação, ficam perfeitamente desmotivados sem saberem qual vai ser o seu futuro.

Supostamente a Saúde é uma área em que seria necessário ter a consciência que estão a trabalhar com pessoas e tratar convenientemente os seus trabalhadores, ora dado que este pressuposto não é respeitado, como é que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) se vai aguentar é completamente impossível, no meu ponto de visto.

O “assalto” ao términus do SNS, vem de todos os lados e faz-se a todos os níveis, embora o discurso político seja, desde o Presidenta da República até há Ministra da Saúde, passando pelo Primeiro-Ministro, coloque a tónica no reforço no SNS, em termos factuais é acabar com o mesmo.

Henrique Pratas

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