BACORINHOS LUSTROSOS À SOLTA

05-07-2019 - Pedro Pereira

A hipocrisia anda de mãos dadas com a ganância, a selvajaria, a mentira, numa cavalgada desenfreada, que não conhece nada nem ninguém, salvo a quem lhes seja útil para montar, para servir os seus sórdidos e sabujos objectivos.

É evidente que os seus protagonistas têm rosto, são conhecidos de todos. Servem-se do aparelho do Estado, agarrados muitos deles como lapa à rocha desde o governo às autarquias, às juntas de freguesia, passando por sinistras empresas públicas, mais as famigeradas empresas municipais, fundações e observatórios manhosos (e ranhosos) como se fossem propriedades suas, usando-as e servindo-se do património, dos dinheiros públicos e dos trabalhadores destas, sem respeito nem pudor, como bestas que são.

A comissão liquidatária da nação, essa, ao contrário do que (ainda) gente de boa-fé crê, não desconhece esta realidade, porque ao invés de ser a solução é parte constituinte do problema.

Promovida por esta, numa espectacular dança de cadeiras, assistimos nos últimos tempos ao substituir de anteriores serventuários políticos, por gentalha famélica familiar - onde os lugares não são elegíveis – composta por harpias, vampiros, sevandijas que se vão cevando nos bolsos dos cidadãos, nos cofres dos dinheiros públicos, até que ambos fiquem de todo exauridos, enquanto eles, membros da comissão liquidatária da nação, terão engordado até ficarem lustrosos e redondinhos, como bacorinhos - eles e elas – com o dinheiro surripiado a bom recato, em contas offshore e quejandos paraísos que fariam corar de vergonha – caso fossem vivos – os mais famosos corsários das estórias da História.

Pergunta-se: - Até quando os donos dos bacorinhos, que são o povo português os vão deixar andar à solta?

Pedro Pereira

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