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Humanidade. Um monumental “Flop”!

14-06-2019 - Francisco Pereira

Acaso fosse a sábia Natureza um ser consciente, dotado de uma consciência dada a introspecções, estaria por esta hora a dar cabeçadas de arrependimento no chaparro mais próximo, desgostosa com a má opção que foi ter apostado na Humanidade.

- Porque é que eu não apostei nas baratas, ou nos batráquios – desabafa a pobre Natureza, lamentando a sua má aposta.

- Porque de raio dei ouvidos ao Fauno, aquele cretino lúbrico sempre intoxicado com éter, – ai os macaquinhos peludos são tão giros, aí que andam em duas patas – rais o partam, porque é que lhe dei ouvidos! – Lamenta-se a pobre Natureza.

Acaso existissem os tais deuses, Voltaire a esse propósito um dia disse – Deus não existe, mas não digam ao meu criado porque me pode matar durante a noite – dizia eu, que por esta altura nos vários panteões a discussão deverá ser a mesma, entre anedotas e dichotes, entre acusações e maldições, todos os deuses devem estar unanimemente de acordo, a Humanidade é um falhanço completo, o mais completo “flop” de todos os tempos.

Pessoalmente prefiro acreditar que a Natureza cometeu um tremendo erro, apesar de ter feito de tudo para contrariar esse erro, a coisa parece não estar fácil, a sua aposta nos macaquitos peludos que caminhavam erectos foi um tremendo erro, quem diria que estas criaturas tão frágeis eram parasitas homicidas de incomparável capacidade e extrema voracidade.

Ao longo dos milhões de anos que este planeta leva, o aparentemente frágil macaco desengonçado revelou ser uma poderosa força objectivamente determinada, dotado de uma capacidade homicida inigualável no Mundo natural, ah e tal o tigre dentes de sabre era terrível, extinto, não conseguiu escapar-nos, ah e tal o mamute, um colosso, extinto, caçado até à extinção, e eu poderia continuar com milhares e milhares de espécies, que o tal macaco que caminhava em duas patas conseguiu aniquilar ao longo dos quatro milhões e meio de anos de existência que leva a caminhar sobre a Terra, e continua, até nada mais restar senão o próprio, o incontestado rei da imbecilidade, sozinho no planeta, restar-lhe-á comer-se a ele próprio.

Ao longo do tempo, o tal macaco foi evoluindo, começando a estudar-se a si próprio, dando a si, homem moderno o nome Homo Sapiens, infelizmente este macaco homicida não tem nada de sábio, ou antes a sua sabedoria parece estar apenas ao serviço da destruição, esta sua ânsia destrutiva irá infelizmente culminar com a extinção do próprio, será o corolário da sua missão na Terra, matar o mais possível.

E se há coisa em que os macacos sapientes são excelentes é a matar. Inventaram leis, deuses, religiões, países, nações, impérios e coligações tudo para poderem matar-se uns aos outros com justificações que façam sentido nas suas cabecitas, não só exterminámos e ou escravizámos as outras espécies, há quem lhes chame “domesticar” animais, eu chamar-lhe-ei escravatura animal, ora não só fazemos isso às outras espécies, divididas até entre animais úteis e animais nocivos como se por milagre existisse outro animal tão nocivo como nós, como inventámos noções, conceitos, leis, religiões, ideologias que permitam escravizar e exterminarmo-nos uns aos outros, tudo isto baseado em premissas como a cor da pele, o facto de uns macacos acreditarem em histórias da carochinha com tipos espetados em cruzes ou outros macacos acharem que isso é treta e que o senhor que fugiu num camelo e falou com deus é que está certo, haverá animalejo mais patético e ridículo que este macaco pretensioso que se apodou a si mesmo de “Sapiens”, duvido.

Abrimos os jornais, lemos os compêndios de história, ligamos as televisões, e a conclusão a que chegamos é inevitável, a Humanidade é o maior erro da Natureza, uma espécie parasita, um bando de psicopatas homicidas que apesar de dotados da mais fantástica das ferramentas, ó cérebro, a tem utilizado essencialmente para atingir o seu supremo objectivo que parece ser a aniquilação completa do Mundo. Bem provavelmente estou errado, no que toca a querermos aniquilar o planeta, mas se por acaso eu estiver certo nunca o saberemos pois não?

Francisco Pereira

 

 

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