EUROPEIAS e ANTÓNIO COSTA
24-05-2019 - Joaquim Jorge
António Costa está em todas ora como Primeiro-Ministro ora como Secretário-Geral do PS, até, passa a ideia que é António Costa que vai a votos, mas seguramente que é Pedro Marques.
Tanto está numa reunião de militantes do PS como se encontra com Macron.
António Costa sagaz e com um feeling notável, já percebeu que o “número” que fez com os professores não chega: limitou-se a subir um pouco.
Este frenesim deve-se a que Costa quer que o PS vença as europeias para embalar para as legislativas. Mas não precisa de estar tão preocupado. O PSD e o CDS concorrem separados às legislativas, deste modo, não conseguiram maioria de votos. Mesmo que António Costa não fosse o mais votado a 6 de Outubro, o que duvido, voltaria a formar governo com a esquerda. Convém lembrar, que nas últimas eleições legislativas o PSD foi o partido mais votado, mas isso não interessou para nada.
O centro-direita só voltará ao poder em Portugal se fizer uma coligação pré-eleitoral, quem foi o primeiro a ver isso chama-se Sá Carneiro com a AD (Aliança Democrática).
O problema destas eleições europeias em Portugal é que se discute tudo menos a Europa. As mudanças climáticas, desigualdade, imigração e nacional-populismo são os assuntos que a Europa vai enfrentar no futuro.
Mais de 375 milhões de europeus serão chamados a votar no próximo fim-de-semana, mas mais de 50% dará uma nega.
É necessário “melhorar Europa”, mas do que isso é preciso “mais Europa”, para alcançar uma união monetária imune a recessões e uma política social que minimize as desigualdades.
Estas eleições iram eleger um Parlamento Europeu com cada vez mais anti-europeus. A Europa no futuro poderá implodir por dentro, e não, por fora.
Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores
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