A Cobardia

11-10-2013 - Eduardo Milheiro

A cobardia é uma característica de alguma gente que conheço em Almeirim, e não só, e que como diz o povo, “perdeu a coluna vertebral”.

Este tipo de seres humanos é muito perigoso, porque como disse William Shakespeare, "Os cobardes morrem várias vezes antes da sua morte; O homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez."

E é neste contexto de análise à cobardia, que encontro muita gente que prefere a intriga nas baiucas e nos cafés, a tomar posições de rectidão e de coragem, chamando as coisas pelos nomes e, em última instância, a não se meter em assuntos que lhes levaria a perda de tempo (para estar no café) da vida pessoal, salvaguardando as carreiras profissionais ou políticas de algum percalço que lhe desviasse dos fins que planeou alcançar.

Este é um facto muito comum a quem anda na política, estes seres são perigosos e traidores, porque dignidade, amizade e solidariedade são coisas que não fazem parte do seu léxico nem da sua personalidade.

Como disse Blaise Pascal "A cobardia é mole e tímida que não deixa nem ver, nem seguir a verdade."

Escolhi este tema para escrever sobre ele porque pessoalmente não sei o que é ser cobarde, mas conheço muitos. A esses apelo para que ganhem coragem e dignidade, que não sejam cobardes, que elejam a verdade e a coragem como forma de vivência em sociedade. Nunca hesitem em não ser cobardes, em nome da verdade, da defesa dos oprimidos e da solidariedade que devem ter com a sociedade onde estão inseridos, e como tal, devem pensar muito bem que tipo de vida e de dignidade querem ter.

Recomendo esta atitude principalmente aos que estão na política ou em cargos públicos.

Termino com esta citação de Alain, pseudónimo de Émile-Auguste Chartier, "Todas as virtudes são coragem; eis porque a palavra cobarde é a mais grave das injúrias."

Eduardo Milheiro

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