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Pedro Barroso grosso e sincero

19-04-2019 - Pedro Barroso

Grosso e sincero. Politica. Ai. Minhas desculpas, mas é assim. Varrimento.

Tantas vezes mo perguntam. Lá vai; não gramo ditadores. Sofri-os aqui, demais, no jacobinismo hipócrita e sacana de Salazar; não posso nunca esquecer uma juventude oprimida, os sonhos adiados, os presos políticos, o ensino coartado, as liberdades proibidas, o país manietado. Tudo.  

Acreditei, desejei e vibrei Abril. Viverá em mim para sempre.

Pronto; ja disse. Façam as clivagens que quiserem. Fujam.

Mas há mais. Não fico por aqui.  

Acreditei também jovem, na utopia e no sonho de Guevara enquanto foi Sierra Maestra; mas as coisas descambaram, ok - por boicote ou sem ele - e tornaram-se Fidel, e depois mais Fidel e depois ainda, Fidel - hoje ainda "transição para"; veremos. Tempo demais.

O romântico bolivarismo, versão chavismo também desaguou ...maduro. Claro que a União europeia se precipitou com o Guaidó, pois o Maduro está para durar, mesmo sem gás, nem luz e de prateleiras vazias. Da Venezuela admiro Gustavo Dudamel para dirigir orquestra. Isso sei. Dos melhores do mundo. Mas espero para ver; não me apetece fazer comentários. Pronto. Não gasto nem gosto desse estabelecimento. E seguramente, nunca irei a Caracas.

Está decidido. Pim.

Aliás, para mim, América do sul é um paraíso em permanente discussão e por muito que ame a milonga, o Jobim, o Vinicius, o Chico Duarte e o Gardel, eu já não tenho estudos, nem condição para os dançar; nem tango, nem sambinha. Nem forma para me irritar sequer com isso. Fui 7 vezes ao Brasil - creio entender um pouco como as coisas funcionam por lá. Jô Soares a presidente. Esse o Brasil culto que eu desejava. Depois explico. Há tanta gente de valor e cultura naquele país como pode um imbecil fascistoide governar assim?

Bom, ainda aí está? Ok Coragem. Continuo varrendo.

Em África, acreditei genericamente na independência das colónias e no grande Agostinho Neto. A coisa deu em Dos Santos, com todas as suas vertentes e decénios de corrupção a autoritarismo. Riqueza ostensiva. Insulto. Tanto que agora até tenho medo de acreditar num homem como o João Lourenço, que parece um paradigma de equilíbrio, liberdade e sensatez surgido do aparelho conspurcado, nem percebo como. Onde estava? Tanto para fazer. Ai tanto. Vamos.

Embirro também no velho UK - onde também vivi e trabalhei - com a imbecilidade colectiva dos "yes" tão gritados e assertivos do Parliament, onde querem o que não permitem, e não permitem o que querem. O raio que os parta, já não há pachorra; eu dava-lhes não 6 meses mas talvez uns patins.

Entretanto a extrema-direita instala-se no Brasil, na Hungria, na Turquia e desde ontem confirmadamente, uma vez mais, em Israel. Ameaça severa na Áustria, Holanda, enfim...;  

Por cá discutem-se os primos. Futebolizou-se o país. Matam-se as mulheres. A cultura sobrevive de migalhas e o Berardo dá a volta por cima com empréstimos para pagar empréstimos e o Sr Salgado passeia a sua insolência impune em companhia de Oliveira e Costa e Fantasias várias.

Tudo dói. 25 Abril, sempre.  

Ah ficava aqui 30 páginas. Mas já agora, só o outro, aquele, o coiso. Com as comédias do costume. É que, nos USA, hoje ainda não tenho confirmação se houve alguma demissão ou não.

Isto é tudo uma paródia. Lamento ferir susceptibilidades.

Mas, como não tenho estudos para entender estas coisas vou dormir a sesta. Acordarei puro e inteligentíssimo.

Talvez até, quem sabe, mais maduro.

Pedro Barroso

 

 

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