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Vamos lá ver se a gente se entende, porra!

15-03-2019 - Francisco Pereira

Sinceramente ainda não percebi o que a quer a malta desde pardieiro. Será que querem fazer de conta que vivem num país civilizado, sem querer enfrentar os problemas nem chamar os bois pelos nomes, deixando-se arrastar por cretinices, crendices e patéticos sentimentos de piedade hipócrita.

Esta é malta que adora dormir de consciência tranquila, quando se deita, já deu o saquinho de comida pra África, a roupinha para as criancinhas do Iémen ou o saco de arroz para os refugiados do “Raioqueospartaristão”, esquecendo-se dos milhares que por cá passam fome, novos, velhos e assim-assim, a malta adora descansar em paz, alguém por eles faz o trabalho sujo, por eles esse alguém, miseravelmente pago, recolhe o muito lixo, físico e metafísico, real e figurado, limpa as ruas que a seguir quando acordar a malta despreocupada vai conspurcar de papeis, beatas, escarros e tudo o que se possa imaginar, depois é por “likes” de ira e comentários patetas em fotografias de rios e praias poluídas do Mundo, mas isso é lá longe que aqui faz de conta que somos civilizados.

Por muito mau que tudo seja, que lhes cerceiem os direitos ou que os carreguem de impostos, a coisa só descamba mesmo quando se trata de futebóis, nessa altura é vê-los irritados cheios de ira homicida até mais não, cheios de verve de reacções de opiniões e de comentários, apedrejam-se, atacam-se, esgatanham-se e esfarrapam-se, pobres tristes patetas que só lutam por quimeras de ócio igualmente pateta.

A maioria das vezes quando as coisas realmente importam, limitam-se a repetir qual papagaios medíocres as opiniões de outros, em especial dos comentadores da moda, esses “fazedores de opinião” pagos a peso de oiro, apetece perguntar, o que faz você meu amigo para mudar a situação?

Sei a resposta, Não faz nada, claro está! O senhor ou a senhora troca a sua consciência, por dinheiro, corrompe a inteligência e apega-se à moral mesquinha dos pobres de espírito, junta-se à carneirada e bale alegremente até ao altar do sacrifício onde numa longa orgia de sodomia colectiva nos fecundamos uns aos outros, uns mais que outros, uns activos, poucos e a maioria revelando a santíssima passividade das hordas seráficas.

As modernices globalizantes, deixaram-lhes os neurónios em pó, reduzidos à inércia da actividade básica, do cagar, mijar e pouco mais. Não se pode dizer preto porque é racismo, mas branco pode-se, não se pode dar um tabefe porque o fedelho birrento e mal educado fica traumatizado, mas o mesmo fedelho bate em quem quiser, não se dá um tiro ao galfarro ladrão porque coitadinho é dum bairro problemático, mas o galfarro tira-nos a vida por um cigarro, não se diz que o cigano é racista porque racista sou só eu que trabalho e pago impostos alimentando toda esta maralha.

Ora, com perdão da palavra, recorrendo ao vernáculo de um meu grande amigo, ilustre discípulo do Junqueiro e Ortigão “A Puta que os Pariu”. A grande maioria das alimárias desta terra não sabe sequer o que anda cá a fazer, limitando-se a carneirar, a mandar bitaites, a cagar postas de pescada, cheios de umbiguismo, prenhes deles próprios em deleites de narcisismo labrego de posse, sim porque eles têm o carro mais rápido, seguem a moda as tendências e o “life style” propalado até às exaustão em programas televisivos do telelixo nacional destinados a indigentes intelectuais, eles têm a casa mais cara, eles vestem aquelas calças do anúncio, usam o mesmo penteado que aquele jogador sim esse o tal, possuem a piscina mais funda ou o telemóvel último grito e no seu, deles, limitado mundo marcado por uma atroz fraqueza intelectual isso é tudo o que importa.

Hoje é quarta-feira estou a trabalhar, amanhã também, sexta igual, vou estar a trabalhar, estou simplesmente a fazer algo para que esta porcaria melhore, sendo certo que disso tenho muito pouco esperança, as minhas expectativas sobre este país resumem-se a respirar enquanto me for permitido, depois morro, depois de me ter habituado a viver, é uma porra isto!

Francisco Pereira

 

 

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