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DE NOVO UMA ERA GLACIAR?

15-02-2019 - Pedro Pereira

Quase toda a gente tem vindo a interrogar-se dos motivos das grandes alterações climáticas que se vem registando nas últimas décadas e em especial nestes últimos quinze anos. O clima aparenta ter enlouquecido, pelo menos para aqueles que vivem no Sul da Europa, como é o caso dePortugal e Espanha, mas não só.

Será que o aquecimento global do planeta como no verão passado e o arrefecimento brutal desde há dois meses para cá nos estará a conduzir para um beco sem saída, para uma catástrofe de irreversíveis dimensões? Será este o pronuncio de uma nova era glaciar? Mais, será que a Humanidade, as nações industrializadas são os causadores deste «estado de sítio»?

As hipóteses largamente aventadas de que o aquecimento da Terra se deve ao efeito de estufa provocado pela actividade humana, nomeadamente a emissão de gases para a atmosfera, começam a pôr-se em dúvida. Inclusivamente este dado é reconhecido pelos próprios autores desta teoria, como o Prémio Nobel Mário Molina ou James Hansen, cientista da NASA.

Nos primeiros meses do ano de 2002, foram publicados vários estudos na revista Science y Nature onde é relatado algo de muito insólito: - A Antártida, o barómetro da mudança climática em geral, encontra-se em fase de um arrefecimento mais acentuado, pese embora o degelo em algumas das suas regiões.

As causas desta realidade constituem um mistério para os todos os leigos em geral e para os cientistas em particular. Levanta-se, contudo, a hipótese de antes de uma era glaciar o mundo ter sofrido sempre um aquecido global com aumento de CO2. Este facto, por si, pode ser o suficiente para mudar o clima e as correntes marítimas, culminando numa fase de arrefecimento que é o que se crê que se estará a iniciar agora na Antártida. Inclusivamente, o aumento que se tem registado nas actividades vulcânicas estará relacionado com o processo de uma glaciação eminente.

Desta forma, acredita-se que a Terra sofreu um período de arrefecimento como o que vimos sentindo desde há uns meses, após um largo tempo de deslocamento das placas polares e continentais, através de movimentos de rotação, translação e balanço do eixo da Terra ou devido ao impacto de asteroides.

As mudanças climáticas mais bruscas ocorreram sempre em períodos glaciares ou pré-glaciares quando grandes placas de gelo se afastaram das regiões polares. Assim, poderemos considerar que o degelo e as inundações globais em curso neste momento constituem um sério aviso para uma eminente mudança do clima a nível mundial.

Nos últimos 1,8 milhões de anos da história do planeta, e da história da Humanidade, produziram-se umas 17 glaciações, sendo que duas ou três delas foram as mais significativas. Após a primeira, ocorrida há uns 200 milhões de anos, em que se extinguiram muitas espécies, surgiram animais de grande porte e nasceram os dinossauros. A Terra, que estava unida num só continente (Pangeia), começou então a separar-se (e assim continua) tendo dado origem aos actuais continentes.

A glaciação seguinte ocorreu há uns 65 milhões de anos, data em que os dinossauros e outras espécies desapareceram misteriosamente, dando lugar ao surgimento de espécies animais mais pequenas, como os primeiros antepassados do Homem. Nesse período, os continentes tomaram a forma actual, numa altura em que não havia aerossóis e o CO2 era maior que agora.

A última glaciação ocorreu há cerca de 12.000 anos, quando aparentemente, de forma repentina, desapareceram os mamutes. Após este período, quando se iniciou o degelo e o clima se tornou gradualmente mais temperado, começaram a desenvolver-se as primeiras Civilizações conhecidas.

Que ninguém tenha dúvida que caso haja uma nova era glaciar, a mesma mudará drasticamente a face da Terra a começar pelo seu povoamento, dados os milhões de mortos previsíveis das espécies animais, incluindo do Homem.

A fauna, a flora, a economia e por aí fora mudará radicalmente. Muitas espécies vegetais e animais desaparecerão, outras transformar-se-ão, incluindo o Homem… enfim, os pilares em que assenta a actual Civilização.

Pedro Pereira

 

 

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