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Eficiência, eficácia e efectividade

20-06-2014 - Henrique Pratas

Uso de clichés sobejamente utilizados:

a) eficiência = ‘fazer certo a “coisa”’;
b) eficácia = ‘fazer a “coisa” certa’; fazer certo na primeira vez,
c) efectividade = ‘fazer a “coisa” que tem que ser feita’;
Definições que emprestam um senso simplório aos conceitos, mas muito prático em função da mnemonização pela utilização de igual prefixo no conceito – a “coisa” – como objecto da acção ou resultado dela.·
Posto isto, passamos ao detalhe das concepções:

Eficiência = fazer certo a “coisa”, pois se se fizer o contrário – fazer errado a “coisa”, estaremos a provocar perdas de tempo e recursos (retrabalho, desperdício), contrariando os princípios da eficiência. Um segundo cliché muito utilizado para definir eficiência é ‘fazer mais com menos, que traz embutido o senso de economia racional. Também é a capacidade de atingir ou superar os padrões vigentes.
Sabemos da existência de – ‘parâmetros’ ‘padrões’, ‘indicadores’, ‘níveis’, ‘graus’... – de eficiência que balizam as acções dos mais variados processos onde se alcance uma eficiência aceitável, resultante da qualificação da força de trabalho, da racionalização do método e da optimização dos recursos, medida pela relação entre quantidades produzidas sobre recursos empregados (meios) que indica o rendimento dos recursos (inputs, mão-de-obra) aplicados na prestação de serviços e disponibilização de produtos, em contrapartida está a quebra da expectativa no que é esperado da habilidade com foco na produtividade e conformidade do produto ou serviço.
Os conceitos chaves são: padronização e especialização.
O propulsor é a: habilidade.

Como exemplo da falta de eficiência citaremos a fabricação de um frigorífico que esteja muito acima dos padrões de custos praticados no mercado!·
Eficácia = ‘fazer a “coisa” certa’, pois se se fizer o contrário, estaríamos a ‘fazer a “coisa” errada’, a “coisa” que não deveria ter sido feita, “coisa” fora de lugar e hora, “coisa” a ser empreendida de forma diferente, por outras palavras: deveríamos fazer outra “coisa” que não esta.
Sabemos, também da existência de – ‘parâmetros’, ‘padrões’, ‘indicadores’, ‘níveis’, ‘graus’... – de eficácia que balizam as acções nos mais variados processos onde se alcance a eficácia aceitável, resultante da relação entre metas alcançadas sobre metas pretendidas. Na falta da eficácia estamos a quebrar as expectativas do que era pretendido de uma atitude correcta e contrariando o nível de satisfação esperado em conformidade e metas do processo.

Também é a capacidade de atender expectativas de alguém, um grupo ou organização.
São exemplos: atender os requisitos, atingir metas, cumprir cronogramas, satisfazer o cliente. No exemplo dado sobre o frigorífico, imaginem um que consuma mais energia que os da concorrência.
Os conceitos chaves são: qualidade e satisfação.
O propulsor: atitude.

Efectividade: “Difícil não é fazer o que é certo, é descobrir o que é certo fazer”. (Robert Henry Srour). Esta frase sintetiza todo o conceito de efectividade: ‘ fazer a “coisa” que tem que ser feita’; sendo dos três, o conceito mais difícil de se entender, pois somente é percebida por pesquisas de opinião sobre acções que causam efeitos, impacto ou transformação de uma realidade que se modificou. Benefícios, efeitos ou impactos directos ou indirectos do exercício do papel institucional de uma organização: (económicos, sociais, ambientais e tecnológicos).
Também é a capacidade de atender expectativas de uma comunidade ou sociedade.
Ainda, no exemplo do frigorífico, a fabricação do mesmo, com funcionamento a gás para populações onde não chega energia eléctrica e outros exemplos: como lançar um produto que não provoque impacto ambiental, viabilizar a inserção de uma comunidade num contexto, erradicar uma epidemia ou endemia, medidas de responsabilidade social nas empresas, de progresso sustentado, de acção ecológica, etc.
Conceitos chave são: impacto, transformação (mudança de realidade), sustentabilidade.
Propulsor: conhecimento.

Estes três conceitos compõem o conjunto de macro-indicadores com informações resultantes da medição de um evento repetitivo com critérios pré-definidos, com o objectivo de mostrar o resultado / evolução, para orientar as decisões e acções pertinentes e suficientes para se medir toda a gama de acções humanas e monitorar o desempenho na busca da excelência, pois "somos o que repetidamente fazemos.

A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito." ( Aristóteles).

Henrique Pratas - Economista

 

 

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