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UM PAÍS IMPROPRIO PARA CARDIACOS

08-02-2019 - José Janeiro

É comum ouvir o que se espelha no título desta cronica, mas cada vez mais sentimos que estamos num beco que afunila e nos leva por caminhos pouco recomendáveis.

O estado passou a ser uma inesgotável fonte de rendimento para as maiores aldrabices que após investigação, acabam invariavelmente em “consciências tranquilas”, penas suspensas ou absolvições e por fim o roubo fica na posse dos próprios, porque dá uma trabalheira penhorar, vender e recuperar e coitados precisam de viver.

Esta semana deu que falar um conjunto de malfeitorias que se advinham, ficam assim mesmo, ou ficarão prescritos:

A CAIXA GERAL DE DEPOSITOS, ou o roubo encartado do estado. Não vi, não sei, não fui, não posso falar, está em segredo de justiça, são as “desculpas” habituais que nos habituaram nestas situações, mas o buraco conhecido chega perto dos 2 mil milhões de euros e a culpa como sempre não é de ninguém, mas do sistema.

Escudam-se por detrás de um segredo, desta vez bancário, para esconderem a mão que cometeu o crime. O regulador como sempre limita-se a agir á posteriori, por sentimento corporativo.

Espera-se ardentemente a prescrição dos crimes.

ENFERMEIROS, ou a tentativa de gerir uma agenda política encapotada como direitos de uma classe. O absurdo das exigências é por demais evidente desde aumentos superiores a 400,00€ até a reformas aos 57 anos com 35 de descontos, o financiamento da greve por crowdfunding e a conhecida activista Passista na Ordem completa o ramalhete da filha putice. Na verdade, não é uma greve de direitos mas de absurdos.

BOMBEIROS, ou a tentativa de enganar o pagode. Mais uma vez a mãozinha malandra do Marta Soares em mais uma potencial forma de comer, literalmente, à custa do orçamento. Em fitas do tempo os operacionais são 3 a 4 vezes menos que as refeições cobradas. A explicação, tem tanto de chico espertismo como de estupidez, alega a existência de outros elementos, que não são afinal declarados: militares, polícias e outros, que afinal quando se fala em operacionais no terreno ficam esquecidos convenientemente no reporting feito, e agora não se consegue confirmar a sua veracidade e como de costume ficará tudo na mesma.

UTAD, ou a forma de roubo em quadrilha. Elementos da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, têm um novo curso activo: como desviar dinheiro de alunos estrangeiros. A aplicação pratica e as cadeiras são lecionadas pelo reitor e uma administrativa, esperam-se alunos muito atentos das universidades de verão dos partidos, para afinarem procedimentos.

E como se isto não bastasse temos a palhaçadas do costume:

SELFIES A MAIS, TINO A MENOS, ou a forma de legitimar um crime contra as forças da ordem. A esquadra de onde saíram os agentes agredidos fica a menos de 2 kms do bairro da Jamaica, mas o nosso selfie-man decidiu não parar e dar o conveniente apoio àqueles profissionais, mas sim apenas aos agressores, legitimando a violência contra as forças da ordem. Seria de bom senso, coisa que o PR tem cada vez menos, que visitasse os dois locais não sendo parcelar no seu apoio subliminar. A legitimação do agressor, cuja mão lhe escorregou para a agressão aos agentes, culminou com a selfie com o PR, sorridente e devidamente enquadrado na estupidificação e vitimização da comunidade.

AINDA O PR E AS JORNADAS DA JUVENTUDE, ou a inconstitucionalidade de um acto. A Constituição da Republica indica o laicismo do estado como elemento fulcral da Republica, mas o PR fez tábua rasa e decidiu-se, como beato, ir ao beija-mão Papal e num acto de alienação faz uma figura pouco sensata no anuncio do evento para Portugal e termina com a possibilidade de candidatura a um segundo mandato, se entender que mais nenhum candidato é tão beato como ele para receber o Papa, estou estarrecido.

REPRIMENDA, ou a forma de branquear um crime. O tal juiz da Bíblia que se devia ir juntar á Ministra do Bolsonaro que afinal não tem formação universitária, mas é advogada por ter conhecimento profundo da Bíblia, foi então repreendido pelos seus pares do Conselho da Magistratura de forma suave e muito corporativa. Quando se soube que o Conselho iria agir, houve uma excitação global do “é agora”, na altura comentei, não se excitem que isto não vai ser nada, fico fulo quando tenho razão.

VIOLENCIA DOMESTICA, ou a antologia de crimes por inercia. A monstruosidade com que se tem assistido impunemente à violência domestica, com assassinatos brutais, 9 no início de 2019, tem a sua responsabilidade, imagine-se, na definição final que caracterize o primeiro acto e daí teremos um crime publico ou não. A diferença é absurda, o primeiro não é possível ser “retirado” e prossegue e tem elementos preventivos protecionistas às vítimas e o segundo termina com o desejo de anulação por parte do agredido. O laxismo da justiça, sabemos ser gritante, mas em pilares gravosos para a sociedade, atinge o limite do absurdo culminando com a total falta de protecção das vítimas.

Tem-se divertir com as palhaçadas destes gajos.

Até para a semana.

José Janeiro

 

 

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