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I JUST CALL TO SAY I LOVE YOU

18-01-2019 - José Janeiro

Confesso que tenho dificuldade em reflectir sobre a forma como o PR Marcelo gere a sua agenda. Tanto quer ser popularucho que mete os pés pelas mãos e toma atitudes bastantes atabalhoadas e sem sentido, deixando para trás os verdeiros problemas em que ele pode e deve intervir.

O programa da Cristina foi brindado com uma chamada em directo do PR, mandando beijinhos e arfando sensualmente com a esganiçada. O argumento foi, imagine-se, um suposto equilíbrio devido a uma entrevista que tinha dado ao outro programa da concorrência, o Monte do Goucha. Para ainda estar com as historietas do equilíbrio entrou em directo para desejar as melhoras na RTP1 ao Roberto Leal. Tudo em nome de um bem nacional maior, o equilíbrio no espaço televisivo.

Importa perguntar: Mas que merda é esta? E não, não sou bota-de-elástico, até acho que os políticos devem ter uma relação de proximidade com os eleitores e não o distanciamento a que muitas vezes estamos habituados, mas há que dosear o que é verdadeiramente importante e o que é acessório.

Se se decidiu a falar com o Goucha, em entrevista, muito bem é isso mesmo uma entrevista e ponto final. Não tinha que compensar nada, se queria ter as atitudes seguintes não tinha que o fazer em directo nem tão pouco enquanto Presidente da Republica, mas enquanto amigo ou conhecido dos outros intervenientes. Entenderia que o fizesse enquanto cidadão e em privado, mesmo que depois se viesse a saber que o tinha feito.

Prestou-se á chacota, ao entendimento de que um órgão de soberania é um programa de entretenimento televisivo e ainda iremos ver um dia no Palácio de Belém uma festa de putedo para um qualquer programa de guerra de audiências, até sugiro um nome “na casa cor-de-rosa das coelhinhas do Marcelo”.

Ainda mal refeitos destas palhaçadas eis que outra se perfilou decorrente da guerra interna do PSD. Mais uma vez, enquanto Presidente e não como cidadão Marcelo e militante daquele partido decidiu-se, com justificações pobres e pouco convincentes, intervir, desta vez sem telefonemas públicos, mas com recepções de agenda para ouvir os beligerantes. É mais forte do que ele, aonde há desgraças ele vai até lá dar beijinhos no dói dói e dar abracinhos.

Nesta azáfama de querer ser popularucho promete o que não pode dar, esquece-se dos verdadeiros actos que pode e deve actuar, de forma leviana parece fadado a colecionar selfies com os líderes mundiais sejam eles quem forem, mesmo que previamente tenha desancado em alguns. Haja decência.

Receber um líder partidário, enquanto audição para a governação tudo normal, receber um tipo que se põe em guerra com o líder por sentir que não será incluído nas listas, já entra no espaço da trapalhada e da estupidez, nada o justifica.

Não é preciso ser Professor Catedrático, PR, ou sequer outro iluminado para entender o que se está a passar no PSD, uma guerra fratricida, cobarde e instrumentalizada pelos Passistas saudosos que sabem não terem lugar no PSD do Rui Rio. Não sou votante do PSD, mas está á vista de todos o que se passa naquele partido.

O Marcelo, alinha nesta palhaçada, como em tantas outras, com a maior cara de pau e desfaçatez, como se a birrinha de um puto maçónico fosse algo importante para o progresso e bem-estar do pais, eliminando por certo, marcações mais importantes para encaixar o tinhoso.

Lembrem-se o papel que esse tipo teve na governação do Passos Coelho, este foi o tal “do país está melhor, mas o povo é que não nota”, este é o tal da oposição do berro e do tudo está mal sem qualquer bom senso ou sentido de crítica construtiva. A última frase da Assunção Cristas, que tenta ser um Montenegro no feminino sobre o roubo dos equipamentos do Hospital Egas Moniz só pode ser comparável ao efeito desse tipo na vida politica. Disse a MonteCristas que se acha galo: “Só mostra um grande desleixo, uma grande quebra de autoridade, uma incapacidade do Estado de tratar e proteger aquilo que é seu”. Comparou este roubo com o de Tancos, esquecendo-se que o de Tancos supostamente teria que ter gente armada em rondas a guardá-lo, ainda que foi no tempo do Sr. Submarinos, que alteraram a “filosofia” das rondas, que passaram a ser desmunicionadas, para, imagine-se, evitarem acidentes. Aqui, apesar dos acessos limitados foi roubado por suposto “inside job”, donde a capacidade de proteger bens é diferente e são completamente distintas. Nenhum governo se consegue proteger contra a falta de caracter dos que com ele ou nele trabalham.

Desconhecemos se o Marcelo vai telefonar para o Presidente do Conselho de Administração do Hospital para lhe dar uns beijinhos e uns abracinhos de consolo, mas que lhe ficava bem mais uma palhaçada ficava.

Até para a semana.

José Janeiro

 

 

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