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10 DE JUNHO, DIA DE PORTUGAL E DOS PORTUGUESES

13-06-2014 - Eduardo Milheiro

Eu sou daqueles que não tenho medo do peso da palavra “PATRIOTA” sempre o fui e vou continuar a ser, sou português, com orgulho e corre-me nas veias aquele sangue de gerações que nunca recuaram perante o medo ou os interesses instalados; sou daqueles que não torna corriqueiro o uso da Bandeira Nacional, como se de uma bandeira de clube se tratasse; sou daqueles que quando ouço e canto o HINO NACIONAL, fica com os olhos marejados de lágrimas, da mesma forma que me se eriçam os pelos, e que coloca a mão direita sobre o coração - que já não é o que era há alguns anos, mas que ainda é um coração forte, que muitas vezes tenho de controlar com a cabeça, pois no calor dos pensamentos e do sangue LUSO a ferver-me nas veias, me leva a querer fazer e dizer coisas, que muitos podem não considerar correctas e que podem de alguma forma contrariar o Estado de Direito e a Democracia.

Tem alguma relação comigo, estas comemorações feitas na cidade da Guarda, terra do meu Pai e do meu Avô Paterno, na época militar profissional no Quartel da Guarda, sendo dois beirões de gema, sendo que o meu Pai como miliciano serviu o nosso País na Segunda Guerra Mundial em Timor.

Tenho um irmão, que também foi profissional das Forças Armadas, serviu essa força garbosa e corajosa e altamente treinada, autênticos cavalheiros, como lhe chamam os militares, uma autêntica “máquina de guerra”, os Fuzileiros Navais; um oficial que foi precocemente afastado por motivos de saúde, mas a vida é assim.

Por isso não posso deixar de me emocionar, ao ver comemorar e homenagear no 10 de Junho os militares deste País, que em última instância pagam com a vida a defesa do seu País e dos Portugueses, não pensam de outra maneira.

O que me causa espanto é ver um Presidente completamente esgotado, física e psicologicamente, continuar a insistir na política que não nos vai conduzir a bom porto, como diriam os fuzileiros, mas antes à pobreza, à miséria do que à perda de dignidade e auto-estima dum povo velho no mundo, que ensinou os europeus a navegarem, que deu novos mundos ao mundo, que iniciou o comércio internacional e que levou a língua portuguesa aos quatro cantos do mundo. Um Presidente que critica os cortes aos aposentados e às forças armadas, e que depois aprova os Orçamentos de Estado que contêm precisamente esses cortes.

Quando vejo aquelas bancadas, com aquela gente sentada, sinto alguma repulsa pela maioria daquela gente, porque não são patriotas nem defendem os Portugueses, mais, são a pior classe política que existiu depois de Abril de 1974, antes pelo contrário, defendem as grandes corporações estrangeiras e os capitalistas selvagens a que chamam mercados, que vivem da política e não são políticos. Política é uma nobre função e esta gente desvirtuou-a, tornando-a numa teia de interesses e de enriquecimento pessoal, que vitimou e vai continuar a vitimizar os Portugueses.

A grande questão é: e o Estado de Direito vai continuar a vigorar ou está posto em causa? É o que Passos Coelho e Paulo Portas têm feito, atacando sistematicamente o Tribunal Constitucional, com disparates que são verdadeiros desrespeitos pelo Estado de Direito, e Cavaco, será que vai ter força, física e psicológica, para alterar este caminho trágico a que nos estão conduzir, penso que não; nunca alterou nem vai alterar, os seus discursos são figuras de retórica (já batemos no fundo), mas a continuação da política deste Governo vai-nos levar para o fundo do precipício: eles ficam ricos, nós o povo, ficamos na miséria.

Esta gente não é digna de estar a comemorar o 10 de Junho, dia de PORTUGAL.

Eduardo Milheiro

 

 

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