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COERÊNCIA OU FALTA DELA

14-12-2018 - Henrique Pratas

Nós todos os dias somos confrontados com esta característica e a maior parte das personagens que falam sobre ela ou têm atitudes onde esta deveria prevalecer, ou não sabem o que estão a dizer ou estão precisamente a fazer o seu contrário para atingirem objetivos individuais ou partidários.

Coerência é a característica daquilo que tem lógica e coesão, quando um conjunto de ideias apresenta nexo e uniformidade.

Então, para que algo tenha coerência, este objeto precisa apresentar uma sequência que dê um sentido geral e lógico ao recetor, de forma que não haja contradições ou dúvidas acerca do assunto.

A origem da palavra “coerência” está no latim cohaerentia, que significa “conexão” ou “coesão”.

Depois desta breve definição de coerência vamos aos exemplos práticos. Assistimos a muitas “personagens” no exercício da sua atividade politica ou no exercício de cargos de responsabilidade pública produzirem afirmações e alguns até vão mais longe que é elaborarem documentos de conduta e ética para as organizações e depois o que é que temos, um lindo documento cheio de palavras bonitas, mas com nenhuma aderência à realidade.

Explicito melhor, porque acho que as regras democráticas estão a ser colocadas em causa e abrir portas a regimes pelo qual alguns de nós já sofreu na pele as suas “investidas”. Numa estrutura orgânica muito bem definida no dito manual, não funciona, porque alguém diz a um responsável que ele não pode ser acompanhado por ninguém em nenhuma das reuniões que tenha e que versem as atribuições que foram atribuídas a essa Unidade, ora aqui temos um excelente exemplo de coerência, faz o que eu digo mas não faças o que institucionalmente foi definido e colocado em prática com toda a pompa e circunstância, acompanhados de flores e outros “bonecos” de forma a embelezar a “pastilha”, é aquilo que o nosso companheiro José Janeiro, designou por vaselina liquida, esta escorregadia e pouco consistente para que ninguém a consiga agarrar.

A meu ver o País está a ser empurrado pelos medíocres para o abismo, atrevo-me mesmo a escrever que estamos a voltar aos tempos da outra senhora com o caráter atualizado, agora designa-se por neoliberalismo, anteriormente chamávamos em linguagem corrente fascismo, com a consequente perca de liberdade de expressão.

Meus caros, os valores mais elementares consagrados na Constituição da República Portuguesa, mesmo depois de retalhada por várias vezes estão a ser colocados em causa. Recordo-vos que a Constituição Espanhola, em regime monárquico, fez ontem 40 anos de “vida”, sem que tenham ocorrido alterações substantivas, durante esse período, a nossa, apesar de ser Republicana, já foi completamente esquartejada desde que foi aprovada a 1.ª versão, após o 25 de abril de 1974, com o intuito de apenas poder satisfazer e agradar aos interesses privados e à abertura de portas à exploração das pessoas que o único meio que dispõem para colocar à “venda” é a sua força de trabalho, assim como os acervos há maior das liberdades alcançada com o 25 de abril de 1974, a LIBERDADE DSE EXPRESSÃO, hoje pode-se falar de quase tudo, mas não convém divergir daquilo que os Governantes, influentes políticos, fazedores de opinião e quadros dirigentes da administração pública pensem, porque aí está o caldo entornado, quem tiver uma opinião diferente é logo apelidado de ter “mau feitio”, estamos a ficar cada vez mais encurralados, já não nos podemos exprimir de forma livre, ou podemos, vamos é ser penalizados de forma muito sub-reptícia, prática característica dos cobardes, malformados e incompetentes.

Não sei se viram ontem o programa que passou no canal 1 da RTP, logo a seguir ao Jornal das 20 horas, sobre a Islândia, quem teve a oportunidade de o ver reparou com certeza como é que um Povo sai de rutura económica e financeira para uma situação que nos dias de hoje é considerada como exemplo para muitos Países.

A população da Islândia é pouco mais que a população da Amadora, mas os Bancos lá fizeram o mesmo que fizeram aqui em Portugal com a proteção de políticos envolvidos no sistema utilizado e conhecido de todos. Lá o Governo depois de muitos dias na praça onde se encontra o edifício governamental, com cargas policiais e utilizando a força nas suas diferentes vertentes para proteger a quem devem obedecer, foram completamente escorraçados e o Governo, legitimamente eleito pelos islandeses tiveram que se demitir, foram proibidos de exercer cargos públicos e os banqueiros envolvidos em atividades “manhosas” foram todos sem exceção condenados a penas de prisão e pagar os desmandos que realizaram e como devem ter visto, os designados “ativistas” tomaram em conta a reorganização do estado islandês, nomeadamente uma das senhoras envolvidas foi encarregue de elaborar uma nova Constituição, só que ela fê-lo como deve ser feito ouvindo as pessoas e oscultando as suas opiniões. Fizeram uma nova Constituição e tomaram as medidas que achavam que deviam ser tomadas, assumiram essa responsabilidade, não a delegaram em ninguém, todos sem exceção fizeram parte da solução.

Foi um processo moroso, claro que foi mas os seus frutos estão à vista de todos, melhores condições de vida, um País rico e saudável economicamente, onde todos sabem, partilham e conhecem as “regras do jogo”, tal e qual como cá.

Henrique Pratas

 

 

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