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COMO DIZ QUE DISSE? CAMARADOS?!

30-11-2018 - José Janeiro

A minha paciência para a estupidez de género esgotou-se e foi elevada ao ridículo, na procura de alterações gramaticais, demonstrando a ignorância e ressalvando a idiotice, não consigo encontrar mais adjectivos para qualificar esta gente.

Os imbecitelectoloides que se acham os donos da razão, sentem-se no direito de não gostar de quem pense diferente e acham acertado mudar as regras da gramática e da comunicação. A insanidade do politicamente correcto atinge assim os limites do impensável.

A partir de agora teremos que conjugar todas as palavras com o género independentemente de terem género neutro ou não, tudo a favor da inclusão, por mais ridículo que soe aos ouvidos de quem ouve. Mas que é isto para os puristas da língua, senão uma aceitação da estupidificação das gerações futuras?

Imaginem frases tão interessantes como: “tenho um cágado no lago”, mas se for uma ela ficará, “tenho uma cágada no lago”, ficamos sem saber se tem uma “bicharoca” ou uma poia no lago, mas que fica engraçado fica, em nome da inclusão de género.

Como tudo o que é exagerado é estúpido, chegamos ao ponto de não retorno daqueles que de forma ignorante fazem gala em demonstrar a incultura, à custa de um bem menor, por inexistente.

Esta nova modernidade inventada pelos que se acham deuses da sabedoria, tem vindo em crescendo de forma incontrolada e activada por um ciberbullying que procura cativar outros ignorantes para as suas causas. Na verdade, a falta de leitura atenta dos grandes autores, o deficiente ensino da língua, a falta de utilização do cérebro, aquela coisa maravilhosa que devia existir em todos os seres humanos, mas que foi perdendo a sua utilização pela mudança de paradigma junto das novas gerações, que se fecham em salas escuras em permanente embrutecimento tecnológico, tem levado a humanidade pelo caminho preocupante da auto degradação.

As aberrações são mais que muitas, desde a “proibição” de chamar princesas às nossas filhas porque isso é sexista e portanto criticável, a lista negra de filmes infantis como a Bela Adormecida ou a Cinderela, por supostamente passarem uma mensagem negativa, o racismo da trilogia do Senhor dos Anéis que afinal descrimina os “orcs”, uma Ministra da Cultura que é uma pérola da idiotice, porque afinal ela é que decide o que é civilizacional ou não e que afinal para ser Ministra desta área da governação, convém ser lésbica/gay e sei lá ter cabelo de vassoura. Podíamos continuar quase até ao infinito com os exemplos dos novos tiranos da verdade.

A preocupação é tanto maior quando os que assim falam e decidem são pessoas que facilmente ocupam o espaço comunicacional e que na pratica transmitem, a gerações já pouco informadas (enquanto cultura e pensamento próprio, entenda-se), falsas ideologias e falsos princípios, baseados numa agenda política que tem tanto de incoerente como de erróneo.

O caminho traçado por estes algozes, tem tido varias vertentes que nada servem para o bem estar das pessoas e que se limitam à defesa da parvoíce linguística e à critica e ao branqueamento da historia, por actos que, enquadrados na época seriam os mais acertados e que não nos envergonham na sua globalidade, mas que podem, como tudo na sociedade e na vida, terem sido objecto de alguns exageros, mas que não devem limitar a epopeia num todo.

Há quem chame a isto evolução e civilidade, não entendo, e julgo que os detentores do mais elementar bom senso também não, na verdade é apenas um desarranjo mental e fanatismo sócio-comportamental. Lentamente foram “atirando” para a sociedade os princípios javardos que defendem e esperaram a adesão dos que pensam igualmente com a cabeça do dedo grande do pé esquerdo, como funcionou, foram tomando conta e em crescendo da mente dos incultos que acham bem esta nova era do charco (em vez da do Aquário), porque é no charco que vamos estar.

Estranhamente as pessoas conseguem aderir mais facilmente a estas diatribes do que aos verdadeiros problemas que na verdade têm, parecem ter características de anestesia social. Ninguém consegue aderir à problemática da (in)justiça, da economia, das presenças e votações fantasmas do Parlamento, do preço dos bens de consumo e tudo o mais que afecta directamente a vida económica das pessoas, distraiem-se assim com “faits divers“ que apenas servem para desviar a atenção dos verdadeiros problemas.

Que ganham estes idiotas com isto? Temo que imagem endeusada na franja ignorante da população votante que se revê nestes princípios bacocos e sem sentido.

Até para a semana

José Janeiro

 

 

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