Aeroporto do Montijo: Recusado o Estudo de Impacto Ambiental apresentado pela ANA
26-10-2018 - Eduardo Milheiro
Será que a ideia de construir o novo aeroporto complementar de Lisboa no Montijo não terá a ver com meia dúzia ou uma dúzia de políticos que querem ficar ricos.
O Costa anunciou que vai ser feita a terceira tentativa para aprovar estudo do impacto ambiental, pode ser que pelo cansaço consigam ter a aprovação.
Beja, não poderá ser a solução? Pelo que diz o investigador da Universidade do Algarve Manuel Tão, parece que sim. Não entendo porque o Governo anda nesta teimosia do Montijo que além do mais vai continuar o congestionar tudo o que é trânsito, aéreo e terrestre.
Não será bem melhor a solução de Beja onde já existe um aeroporto que suporta os aviões Airbus A380, e não desperdiçar o dinheiro investido em Beja.
Além do mais acabaria com um crime de lesa pátria que são as infraestruturas já construídas para a A28 que se degradam e venham mesmo a colapsar, são milhões já gastos nessa infraestruturas que será dinheiro deitado à rua.
A obra foi lançada pelo Governo PS de José Sócrates e suspensa pelo governo PSD/CDS sob a direcção de Passos Coelho já com as obras em curso, como em tudo o resto o expoente máximo da incapacidade politica em Portugal e não só que andou para acabar com o País, aliás os dois são iguais em má governação e noutras coisas mais.
Depois deste romance veio em 2012-12-16, a Estradas de Portugal (EP) dizer que a decisão de construir a autoestrada A26 como "um equívoco técnico", porque "o tráfego previsto não justificava a criação de uma autoestrada dispendiosa para ficar literalmente sem trânsito". A EP também referiu os 35 milhões de euros gastos até à data não foram "dinheiro investido", "mas sim fundos mal aplicados, que nunca trariam qualquer benefício significativo à economia". Sobre o cancelamento das obras, a EP referiu que permitiu poupar "cerca de 60 milhões de euros" aos contribuintes. Tretas digo eu.
Quando concluída, esta autoestrada faria ou fará a ligação entre as cidades de Sines e Beja , passando por Santiago do Cacém e Ferreira do Alentejo. Era suposto desempenhar um duplo papel: por um lado, no escoamento de produtos do porto e da refinaria de Sines, e por outro na aproximação da cidade de Beja e do seu aeroporto à autoestrada A2 e, por conseguinte, à capital Lisboa .
Seria necessária uma «Linha Férrea do Alentejo, completamente modernizada, e com múltiplos troços aptos a 220 Km/h, de Casa Branca a Ourique (Funcheira)».
Desta forma, seria possível ligar o Aeroporto de Beja a Lisboa-Entrecampos em 1h25 e a Albufeira em 1h20. Uma melhoria na ligação ferroviária de Beja a Casa Branca permitiria, ainda, chegar a Évora em 35 minutos e a Badajoz em 1h10. Ou seja, «a área de influência de Beja-Aerogare chega à Extremadura espanhola, só com a ferrovia», conclui Manuel Tão.
Como a solução de Alcochete é para amantes das obras de fachada e novos-ricos da política, e muitos autenticas criançolas, o problema do aeroporto ficaria resolvido, e mais, ficaria feita a A26, entre Sines e Beja e com continuação até Espanha.
Mas melhor será lerem a opinião do técnico e investigador, que diz que o Aeroporto Internacional de Beja pode servir Lisboa, o Algarve e até «a Extremadura espanhola». A convicção é do investigador da Universidade do Algarve Manuel Tão, que também realizou um estudo sobre as potencialidades desta infraestrutura aeroportuária.
Pode ler neste link do Jornal Sul Informação a opinião do investigador da Universidade do Algarve Manuel Tão sobre o assunto.
https://www.sulinformacao.pt/2018/07/aeroporto-de-beja-servir-lisboa-algarve-e-extremadura-espanhola/
Eduardo Milheiro c/ Hugo Rodrigues do Jornal Sul Informação.
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