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E agora, que PS vem aí?

30-05-2014 - Eduardo Milheiro

Os resultados das eleições europeias não podiam deixar de fazer mossa no maior partido da oposição, o PS.

Na minha opinião, sabendo que por um voto se perde e por um voto se ganha, não se pode considerar esta uma vitória, aliás, nas palavras de Assis, uma estrondosa ou fantástica vitória, conseguir um deputado a mais para o Parlamento Europeu, ultrapassando a aliança PSD/CDS que durante 3 anos sacrificou, esbulhou, roubou (porque nos caso das pensões é um roubo!), maltratou, empobreceu os portugueses, obrigando a emigrarem cerca de 300 mil jovens e velhos, retirando a possibilidade a alguns de poderem aceder ao Serviço Nacional de Saúde, destruindo o mesmo para que o sector privado crescesse; tentando destruir a escola pública e mais um sem número de problemas que arranjaram aos portugueses. Estas eleições - em que não discutiram a Europa porque não podem – de marasmo ideológico, tiveram como principal entrave ao desenvolvimento o Tratado Orçamental, aprovado pelas 3 forças políticas (PSD/CDS/PS), apresentando um programa de governo com 80 medidas, vencendo pela margem tangencial de mais um deputado europeu. Desculpem mas isto é uma derrota.

O povo nestas eleições também demonstrou que com esta votação que não quer a direita mas, não acredita neste PS para governar. O povo está completamente desiludido com a política e com os partidos.

Acredito que António José Seguro tem dado o seu melhor, mas não é ele sozinho que traça a estratégia para o PS se tornar Governo, credível e à esquerda, se é que isto de esquerda no PS é possível. Quando ele se apresentou como candidato à liderança do PS - eu que já tinha recebido dois e-mails enviados por Seguro - aproveitei para lhe dizer que o leque de socialistas com que ele se apresentava como pano de fundo nas televisões e nos jornais, não era gente com perspicácia política e entendidos na matéria que pudessem proporcionar-lhe uma imagem de um partido de combate contra a direita, ou seja, não seria aquela classe política que o poderia ajudar a mudar a herança recebida de Sócrates.

Uma coisa é certa: os Portugueses não querem este Partido Socialista, querem outro que eu também não sei qual é, pois sou sempre muito céptico em relação ao PS, mas este de certeza que não querem.

E eis que surge uma espécie de D. Sebastião, que depois de uma primeira ameaça, aparece novamente, António Costa a querer liderar o PS. Espero que não seja como da primeira vez, porque se for, será mais desprestígio para a política partidária. Parece-me que a grande vantagem de António Costa é o apoio que tem dos históricos do PS (que não são só históricos porque são velhos), são uma grande vantagem porque estão com ele e são homens que combateram toda sua vida e têm uma experiência muito grande, de certeza melhor e mais refinada que os ex-colegas “jotas” de Seguro.

Na verdade, a situação presente é esta: um país que pelos resultados destas eleições é ingovernável, gente que não vota porque não têm coragem de não votar nos seus partidos de direita, abstêm-se; assim como os socialistas que não votam no PS porque não acreditam que o PS possa mudar alguma coisa; e os que pensam infelizmente que não votam porque não vale a pena.

O baile só agora começou, mas que está armado está, vamos ficar a aguardar as cenas do próximo capítulo.

 

 

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