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Coisas que União Europeia tece

23-05-2014 - Henrique Pratas

Depois de ter visto na passada sexta-feira, dia 09 de maio de 2014, a reportagem sobre o que é necessário mudar e custos associados a essa realização, para que o que o Parlamento Europeu funcione em Bruxelas e em Estrasburgo, apesar de saber que havia esta rotatividade fiquei atónito e colado ao sofá.

Independentemente de discutir a necessidade e a operacionalidade de tal mudança, semestral, questiono, como é que o Banco Central Europeu se atreve a impor medidas de restrição económica aos Países que se encontram em dificuldade financeiras.

Estou certo, que estas imagens e reportagem não chegaram aos locais mais recônditos do nosso País e mesmo que tivessem chegado a maior das pessoas não iria ligar por que a União Europeia não lhes diz nada, nem sequer querem saber, porque nada lhes foi explicado convenientemente, daí eu tenha escrito em sede de tese de mestrado em 2002, que a União Europeia, daí a 20 ou 30 anos não faria sentido tal como foi concebida, os povos dos diferentes países envolvidos queriam ter de novo a sua entidade, os seus produtos e a sua moeda, tudo isto, porque, na minha opinião não foram envolvidas no processo de construção da União Europeia.

O que sabem foi que num dia lhes deram dinheiro para não produzir determinado produto e passado algum tempo lhes voltaram a dar dinheiro para produzir o bem que lhe disseram para não produzir. Quem é que entende isto? Também ao nível das pescas foi dado dinheiro para abater a frota pesqueira em dada altura e noutra criaram-se incentivos para a aquisição e desenvolvimento da frota pesqueira.

Se bem se recordam ouvimos do actual Presidente da República, dizer que éramos um País pobre porque éramos essencialmente agricultores, actividade caracterizada como pobre e mais tarde ouvimos o mesmo Presidente da República dizer que o sector agrícola deveria ser um dos sectores onde os jovens deviam apostar e desenvolver a actividade nesse sector. Quem é que entende isto?

É difícil, uns dias diz-se uma coisa outro diz-se outra e nós o que fazemos quando temos dirigentes que se contradizem a toda a hora.

Não sou antieuropeísta, nem pouco mais ou menos o que acho é que tem que haver coerência das medidas tomadas e explicar muito bem a toda as pessoas que fazem parte integrante dos Países que compõem a União Europeia, quais são os objectivos que se pretendem alcançar e de que forma, vivemos numa democracia participativa ou não.

Comento ainda, que na referida peça foi afirmado queos deputados europeus trabalham apenas 4 dias na semana.

Pergunto com que legitimidade, com base se aumentaram os horários de trabalho de 35h para 40h e se aumentou a idade de reforma quando os nossos representantes na União Europeia trabalham apenas 4 dias e a idade de reforma é francamente mais baixa do que os 66 anos.

Haja coerência, critérios plausíveis nas medidas tomadas, porque senão nós não entendemos nada do que se está a passar, ou entendo porque cada vez mais os nossos rendimentos do trabalho e as pensões de reforma são cada vez menores, para o nosso sustento e os senhores da União Europeia dão-se ao luxo de gastar milhões de euros, numa despesa que se me afigura perfeitamente inútil, que rondam os 500 mil milhões de euros, a não ser satisfazer as “birras” da França e nós, os pagantes cada vez mais pobres.

Onde está a equidade, o equilíbrio, a justiça, a igualdade na repartição dos sacrifícios?

Quem souber que me informe por favor, por cá vejo gente a morrer à fome e a fazer grandes sacrifícios para se manter viva, tenham vergonham.

 

 

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