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Um olhar por este nosso País em férias

03-08-2018 - Eduardo Milheiro

Quando se resolve fazer 700 ou 800 quilómetros em Portugal para se fazer aquilo a que se chama de férias, ir uns dias à praia, dá para fazer uma radiografia deste Portugal que temos, de asnos, de buçais, de malcriados, de gente mal formada e sem educação nenhuma, autênticos animais de duas patas.

A condução e o trânsito: rotundas sem piscas, Stops só para estrangeiro ver e outras anormalidades tais.

Os carros velhos de 20 anos e mais, são Mercedes, BMW e Audi, tontitos, será que têm inspecção, não sei(!), muitos duvido, pois numa semana não vi uma única patrulha da GNR. Vi uma numa praia, carros tudo à balda e não multaram ninguém. Estou convencido que são os presidentes de Câmara que pressionam os comandantes dos postos para não multarem.

A GNR desaparece de cena, não sei porquê! Não venham com a história dos meios, essa está gasta.

Lixo: aos fins-de-semana, em muitas terras, as ruas parecem um autêntico aterro sanitário.

Os estropiados da educação: nas praias parecem bandos de pardais à solta, matilhas de mastins a correr atrás das bolas e das raquetes, aos gritos e levantando areia que parecem cães a sair da água e a sacudirem-se de tal forma, que molham tudo o que está à volta, só que nesta caso com areia.

Há uma de que gosto muito, «Agnelo, está-me a ouvir, “ Vien Ici”».

Cada vez que penso que foi a geração dos que têm agora 60 ou 70 anos que lutou para dar a liberdade a esta geração que agora são adultos e muitos pais com filhos, fico a pensar se valeu a pena lutar por esta gentalha, é que quando utilizo o termo gentalha é mesmo no sentido pejorativo.

Enfim, foi este o País que estregámos a esta geração de cidadãos e políticos, gente que vive para e de coisas fúteis, de políticos que nunca trabalharam, que a única coisa que fazem é dar as coisas que a gentalha gosta para perpetuarem a sua permanência na política e não terem ninguém que lhes dê ordens a não ser o patrão do partido, quero eu dizer, terem de ir trabalhar como os outros cidadãos para viverem.

Será que a falta de fiscalização é culpa dos autarcas? Para mim é óbvio que sim porque as multas pela GNR ou PSP nos seus concelhos, não são bons para caçar votos e esta casta de eleitos só pensa em votos.

Qual o mistério para a falta de actuação principalmente da GNR? Será que o juiz Neto de Moura tem razão?

A célebre limpeza para prevenir fogos é tudo treta: vi um troço de estrada perto do recinto onde se faz o festival do MEO em que a vegetação chega ao alcatrão da estrada, só não está mais dentro da estrada porque os camiões e tractores cortam a vegetação ao passar. Acrescento que é mais alta que um camião e todas as matas e pinhais nessa zona não foram limpos. Eu vi.

Este é o triste Portugal que temos, dirigido por gente sem palavra e sem ética, onde a maioria procura e procurou na política uma forma de enriquecer, pois de trabalhar não gostam. Uma grande percentagem desta gente não trabalhou, nem tem profissão e se têm foi o partido que lhes arranjou um emprego para poderem ter no currículo uma profissão ou um emprego, na maioria dos casos nunca exercido ou exercido em meia dúzia de meses.

O regime está no fundo. Soluções são difíceis, talvez mais justiça e mais eficácia contra a rapaziada da corrupção e dos que tiram vantagens dos cargos públicos e políticos. Lei rija e sem contemplações para esta gentalha.

Talvez o Comandante da GNR do Posto de Sameiro tenha razão, só que há outros Comandantes que são eles que ordenam para não passarem multas de conluio com os Presidentes de Câmara.

Vamos andar assim até um dia, pode ser que o Povo abra os olhos e ponha direito o que está torto.

Eduardo Milheiro

 

 

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