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SERÁ DROGA? SERÁ OURO? NÃO, É IMOBILIARIO!

03-08-2018 - José Janeiro

Não consigo resistir a falar sobre o tema do momento. Analisemos detalhadamente aquilo que se sabe sobre o Robin Robles, como já alguém o chamou.

Em 2014, na euforia da venda de tudo e mais alguma coisa para realizar dinheiro e vender ouro a preço de psibeque, por indicações da Troika, a tal entidade soberana a quem devíamos o supremo dever de ir para além da dita, decidiu uma entidade que trata das nossas futuras pensões vender uns prédios a preço de saldo.

Ora, um deputado municipal na época que queria que a sua bébé mana viesse morar para cá por ter imensas saudades da maninha compraram a meias dois prédios.

Tudo dentro do aproveitamento de conhecimento privilegiado porque o comum dos mortais fica arredado destas hastas publicas por serem publicadas disfarçadamente em locais de pouco trafego. Mas, segundo sei, a entidade proprietária deveria ter dado conta da venda aos proprietários e dar-lhes o direito de preferência, coisa que parece não ter acontecido.

O novo Robin dos Robles que se decide assaltar os cobradores do Xerife de Lisboa para dar aos pobres, ficou com a adjudicação das casitas por 384 mil euros, coisa, que parece que afinal, valia pelo menos 1,5 milhões se considerarmos o preço do m2 da zona. Sim, o Estado gosta muito de fazer estes negócios fantásticos.

Nada disto seria de estranhar se o dito Robin Robles não tivesse um rendimento declarado incompatível com a compra, que lá diz o povo “quem cabritos vende e cabras não tem de algum lado lhe vem”, ora não se conhecendo cabras ao dito e á maninha, a coisa teve contornos de empréstimo bancário.

Mas o dito cavaleiro andante em busca da sua Dulcineia, também apregoava que os moinhos de vento de Lisboa teriam que ser justamente salvaguardados da especulação e da ganancia dos maus que queriam raptar a Dulcineia.

Realmente misturar as duas historias, uma lenda e uma quase lenda, dá um sabor especial á coisa.

Ora bem prega Frei Tomás “faz o que ele diz e não faças o que ele faz” assenta como uma luva ao rapazinho e Robles. E o rapazinho Robles, engenheiro de profissão, cavaleiro andante e Robin dos pobres, mas que gosta de ovas negras de peixe, numa tostinha, enquanto beberica champanhe e não vinho espumoso, isso é para a plebe, viu ali o seu maná de financeira independênci,a porque essa coisa de lutar contra moinhos de vento, ou contra Xerifes de Lisboa, cansa muito.

Então vai daí investiu, tratou de fazer aprovar na sua camara municipal rapidinho as autorizações necessárias para recuperar a cubata e acrescentou mais um piso porque assim vendia-se melhor.

Pelo caminho decidiu por uns tipos fora porque eram incómodos para os planos especulativos da coisa, ficou por lá um casal a pagar mais uns trocos com prazo limitado a 8 anos para no final depois de tudo esquecido ou sabemos lá, fazendo contas á esperança media de vida, já mortos e enterrados, poder ter o prédio livre para uma valorização de 400%.

Mas a historia novelesca e recambolesca não fica por aqui e sabemos que o capitalista Robles e sua maninha fizeram um empréstimo de mais 600 mil euros para as obras da cabanita, com uma taxa de esforço mais de 50% dos rendimentos do moçoilo, se por um acaso a maninha pagar metade, senão sobe para mais de 100%, em que se assim for o homem não come, não caga, para não gastar o cu, e vive pobremente num apartamento, parece que arrendado, coisas de pobre. Faz isso, no maior espirito de apoio aos sem abrigo de Lisboa, cães abandonados, refugiados, ciganos e outras sub espécies que servem de bandeira eleitoral porque fica bem.

Porque “aqui podia morar gente” slogan de campanha do rapazola que quiçá quererá comprar os prédios abandonados e em hasta publica para rendimento imobiliário, acabou por ver a inscrição nas paredes da sua cabana, para recordar os velhos tempos em que era um esfarrapado moço de estrebaria.

Esta é a historia de uma cagada anunciada em que sobram mais questões que certezas:

- Como arranjou o rapaz em tão pouco tempo guito com declarações de rendimentos de 20000 euros/ano?

- Se não os tinha pediu ao banco, como foi isso?

- Vive o moço de quê? Ou o seu dinheiro reproduz-se na carteira em orgias vergonhosas e swing descontrolado?

- Como pode ele apregoar como Frei Tomás sobre o que já tinha feito, na maior falta de vergonha na cara?

- Como pode a Segurança Social desbaratar o património desta maneira por ideologia neo liberal?

Outras questões se podiam perfilar, mas sabemos bem que quem está na politica é para se servir e não para servir, mesmo os que apregoam preocupação pelos desfavorecidos, quem resta desta gentalha sem escrúpulos? Fica a pergunta!

Quiçá ouviremos as já costumeiras frases: “investigue-se até ás ultimas consequências” e o “estou de consciência tranquila” como é habito especulativo até ao esquecimento final e ficar tudo como dantes na mais costumeira das trapalhadas em culpa.

A bem de todos, ou da nação, sei lá.

Até para a semana

José Janeiro

 

 

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