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PROIBIÇÃO

03-08-2018 - Henrique Pratas

Foi com alguma estranheza que assisti ao Presidente do Município da Póvoa de Varzim ter “decretado” a proibição das touradas, a partir do início do ano de 2019, na área que envolve o mesmo.

Se querem que vos diga eu não apologista deste ato o que entendo é que as pessoas devem ser educadas a tomar as suas opções e frequentar os locais que querem e não frequentar os que não querem. Eu por mim e a título de exemplo, não bebo café, mas não quero que impeçam os outros cidadãos de o fazerem, se eles gostam façam favor, a mim não me incomoda, mas no que concerne à tourada ela é uma tradição portuguesa, ancestral, é levada a cabo em espaço fechado, para se poder assistir tem que se comprar bilhete, por estes motivos não vejo razão para que seja criado este impedimento, quem quer ir vai, quem não gosta pelos diferentes motivos que tenha não vai. O que entendo é que não se deve cercear as possibilidades aos outros cidadãos que gostam de assistir a este espetáculo que o façam.

Em sede de apresentação de candidatura o Presidente eleito do referido Município não fez menção que iria acabar com as touradas, logo fazê-lo sem que o tenha anunciado no seu programa eleitoral poder-se-á concluir que se o tivesse feito, provavelmente não seria eleito, ficaremos sempre com essa dúvida, daí eu entender que nós em tudo o que fazemos na vida devíamos ser transparentes, para que não nos sentíssemos atraiçoados quando nos anunciam uma coisa e depois fazem outra completamente diferente.

Isto é tanto mais graves porque somos latinos e com os princípios inerentes a essa qualidade se fossemos anglo-saxónicos as coisa não se poriam desta forma pois estes últimos quando não concordam com alguma medida, independentemente do cargo que ocupam a primeira coisa que fazem é colocar o lugar à disposição ou demitirem-se pura e simplesmente, por cá as coisas não são assim, nunca existem culpados, ninguém é responsável de nenhum acontecimento nem de nenhuma medida que tome, a não ser que seja boa.

O que eu entendo é que deve haver respeito por cada um dos desejos de cada cidadão, este sim é o principio fundamental que deve fundamentar a opção de cada um dos cidadãos, não vale a pena entra em argumentação e contra-argumentação a favor ou contra, cada um terá as suas razões o que devemos fazer é RESPEITÁ-LAS.

Por mim estamos perante mais uma decisão arbitrária que eu não sei se respeita o desejo da maior parte dos munícipes ou de uma minoria de interesses.

Henrique Pratas

 

 

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