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Procura-se Local Onde se Possa Viver Sossegado (1)

15-06-2018 - Henrique Pratas

No passado dia 25 de maio o Noticias publicou um texto que escrevi com este título mal esperava eu que a solução se encontrava aqui bem perto de mim mais propriamente no Alfeite da Marinha Naval Portuguesa.

Se deram por isso dois cidadãos estrangeiros que têm o “vício” de pernoitar em locais inóspitos “descobriram” o abandonado submarino já descontinuado, de seu nome Delfim, estacionado nas docas da marinha portuguesa situada no Alfeite e concretizaram o que se propuseram fazer.

Estiveram lá um primeiro dia fizeram o reconhecimento do local mas não conseguiram entrar dentro do submarino devido à falta de visibilidade e pernoitaram dentro da viatura em que se fizeram deslocar, com a intenção de no dia seguinte durante o dia fazer a avaliação e reconhecimento da situação com o intuito de concretizarem o seu objetivo, dormir dentro do Delfim, submarino abatido ao ativo da Marinha Portuguesa com destino adiado, porque inicialmente estava previsto que o mesmo fosse deslocado para Viana do Castelo, para dar corpo ao museu da frota marítima já existente, mas que por falta de verba não se concretizou e o “abandonado” Delfim ficou-se pelo Alfeite.

Mas voltando ao nosso episódio como lhes escrevia, no dia seguinte durante o anoitecer os dois cidadãos depois de terem analisado bem a forma e o processo a utilizar para cumprirem com os seus objetivos aproximaram-se com lanternas do tão desejado submarino, Delfim e independentemente de ter passado uma ronda marítima, realizada em bote apropriado eles esquivaram-se à sua deteção apagando pura e simplesmente as lanternas. Passado este momento mais delicado lá entraram para dentro do submarino visitaram-no da forma como puderam e pernoitaram nos beliches que estavam disponíveis, conversaram com as lanternas acesas, até que combinaram a hora que deviam marcar o despertador para se levantarem e decidiram que seria às 6 horas da manhã.

Ora tendo eu escrito o texto a que vos faço menção, não tive a inteligência e a clareza de espirito para tomar uma decisão como esta assim sempre estaria um ou dois dias, afastado dos “problemas” que assolam e preocupam tano o nosso País, caso da demissão do Presidente do Sporting Clube de Portugal, pelo qual tenho o máximo respeito, mas de facto é a única coisa importante que acontece no nosso País, não temos mais nenhum problema os outros a bem dizer estão todos resolvidos.

Fala-se tanto em segurança, gasta-se tanto dinheiro na mesma segundo é anunciado pelos Ministros responsáveis das pastas competentes e acontece um episódio destes. Com o máximo respeito pelos senhores militares, dignos desse nome, este ato a meu ver é considerado como incúria e mais uma postura de que a segurança não está totalmente assegurada, como é que é que isto é possível que ocorra, estamos perante mais um episódio semelhante ao de Tancos e inquérito atrás de inquérito os episódios vão-se sucedendo.

Termino com uma interrogação não entendo porque é que não se deu o destino que estava previsto para o submarino da Armada Portuguesa, museu de Viana do Castelo, devidamente concretizado, entramos outra vez na história dos custos, poupem-me a estas desculpas, se há dinheiros para perdoar dívidas aos Clubes de Futebol, não há dinheiro para dar “dignidade” a um elemento que deixou de fazer parte do ativo da marinha Portuguesa e que salvo erro e omissão foi o primeiro submarino ao serviço da armada portuguesa, se não se tratam as pessoas com a dignidade devida como é que se hão de tratar os elementos que ajudaram as nossas forças armadas a cumprir as suas missões, será que também já se perdeu o conceito e os componentes que podem fazer parte da nossa história. Chegámos a um estado lastimável, com falta de valores, de memórias, do que quer que seja e relativamente ao submarino da Armada Portuguesa, “estacionado” no Alfeite, está-se à espera do quê para tomar uma decisão, ou será que os decisores optaram por deixar que o mesmo fique naquele local até que as águas se encarreguem de fazer o seu “trabalho”, que é corroer e desintegrar o submarino dissolvendo-se e misturando-se nas águas que o sustentam. Tanta preocupação com o Ambiente, tantos dinheiros Comunitários anunciados, tanta propaganda e cerimónias desenvolvidas à volta deste tema e depois temos alarvidades destas, por mim está bom, há muito que já percebi o sistema, fala-se muito e concretiza-se pouco, por estas e por outras razões ficámos a saber ontem que a população portuguesa decrescerá até 2070 até aos 8.000.000 de habitantes e assistimos ao Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, explicar o inexplicável, voltámos aos tempos dos “Velhos do Restelo” ou pior do que isso, do orgulhosamente sós a caminho da desintegração ou desaparecimento enquanto Nação, esperando que os nossos concidadãos vão morrendo e as gerações mais novas não tenham condições para “renovar” a população portuguesa, será que entrámos em vias de extinção e foi criada alguma linha de crédito para sustentar esta ocorrência ou será a obsessão da redução do deficit que se sobrepõe ao superior interesse da população e Nação portuguesa, chega de palavreado barato e sem consistência e passemos aos atos, assentes em “pilares” puramente técnicos desprovidos de quaisquer interesses de índole umbilical.

Henrique Pratas

 

 

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