Tempos de maldade e incertezas.
27-04-2018 - Eurico Henriques
Temos assistido, por vezes de mais, a situações de violência e desrespeito das mais elementares regras de conduta do ser Humano.
Os atentados do daech, a matar gente indefesa em locais onde deveria existir a coexistência política e confessional livres, deixa-nos uma sensação permanente de incredulidade e de certeza. Que é a de o mundo islâmico ter que se reformular, alterar os seus processos de conduta e respeitar a dignidade do ser humano. Não há religião contra a vida e a liberdade – talvez seja mais aceitável escrever: sem respeito pela condição e género humanos.
Quando poderíamos esperar que a força global, criada para esse efeito, tivesse uma intervenção modificadora e clínica sobre todos estes procedimentos, verificamos que não é assim.
Escrevo este comentário para falar da ONU. Quando as nações poderosas, em termos económicos e militares, agem segundo os seus interesses o que se pode esperar de uma Organização que se diz das Nações Unidas? Será mais explícito dizer Unidas Pelo Interesse de Cada Uma.
A intervenção na Síria, que exigia uma análise imediata da ONU, realizou-se porque três nações assim o quiseram. É claro que o “nosso” António Guterres fez uma intervenção cuidada e correta. De nada lhe serviu. Utilizaram-se mísseis, dizem que foram 101. Combinaram não haver resposta por parte do poderoso aliado – Rússia?
Bem diferente está a ser o caso da Coreia do Norte. Um regime brutalmente fechado e inimigo do seu próprio Povo. A agir como se tivesse poder para isso e colocando uma vasta área do Mundo em sobressalto. Mas, atenção, calminha. Por de trás de tudo estão as armas e o colosso que é a China.
Este nosso Mundo, este em que vamos vivendo, está em mudança! Mas desorganizada. Discutem-se influências, predomínios. Sendo um Mundo Global, parece que não se está a dar atenção a esse pormenor.
A ideia que passa é a de desorganização, de afirmação do livre arbítrio.
Eurico Henriques
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