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Porque vou Votar Bloco de Esquerda

01-05-2014 - Eduardo Milheiro

Para quem sempre defendeu a democracia e o direito ao voto, depois do 25 de Abril só não votei nas legislativas de 25 de Abril de 1976 porque, em consequência do 25 de Novembro, só fui libertado do Forte de Caxias no dia 28 de Abril de 76. Na altura, deram-me a possibilidade de votar por correspondência, o que obviamente recusei. Assim, enquanto for vivo, nunca irei abdicar do meu direito e dever de votar.

Fui sempre um votante do PCP, mas chegou a altura de mudar. Muita gente que conheci e conheço não me merecem nem respeito, nem confiança, situação esta que lamento.

Na minha opinião, Jerónimo de Sousa é um político honesto e um homem do povo que eu aprecio e admiro. Como a minha opção é sempre de votar à esquerda, sempre ouvi dizer que burro velho não muda, e por isso e não só, não vou mudar.

Na direita nunca votaria. No PS nem pensar. O PS para mim foi sempre uma confusão, gente de esquerda, sociais-democratas, liberais, imensas traições feitas aos trabalhadores e aos Portugueses, onde só quero destacar a criação da UGT para dividir os trabalhadores, numa grande invenção de Mário Soares, mesmo ao jeito daquela frase do “dividir para reinar”, já para não falar no 25 de Novembro em que Mário Soares e o PS, no comício/manifestação na Alameda/Fonte Luminosa, abriram caminho ao golpe de direita que modificou para todo o sempre o avanço da Revolução dos Cravos.

Como estas eleições são para o Parlamento Europeu, revestem-se de fundamental importância, uma vez que a Europa tem de mudar. Votar CDS ou PSD é estar a dar força ao Grupo do Partido Popular Europeu (Democratas-Cristãos), no qual se incluem o CDU e o CSU, partidos de direita neo-liberais (CDU da qual faz parte Merkel).

Votar Partido Socialista, é votar no Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu, do qual faz parte o Partido Socialista Francês que fez agora a grande viragem à direita (para estes partidos o socialismo e a social-democracia já não existem), congelando salários e pensões, vindo com medidas dignas dos Partidos Neo-Liberais, pelo falhanço de todas as promessas que Hollande tinha feito antes de conquistar a Presidência Francesa, além de que na Alemanha, o SPD, que é o PS lá do sítio, fez uma coligação de governo com a CDU de Merkel, o que demonstra que seja cá ou na Europa os PSs estão sempre prontos para volver à direita.

Resta-me (nos) o voto no Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde, do qual Fazem parte O Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português, o SYRIZA da Grécia, o Partido Socialista da Irlanda, a Izquierda Unida de Espanha, etc.

Porque acredito que a grande mudança tem de ser feita na POLÍTICA EUROPEIA, o meu voto irá nesse sentido, pois só uma esquerda forte poderá mudar o estado a que chegou a Germanização e subjugação aos mercados pela Europa, sendo certo que ainda agora começou a destruição da coesão social europeia. O que têm feito não lhes chega, é contra isto que temos de lutar e o VOTO no Bloco de Esquerda é um voto na Esquerda Europeia e uma nova esperança para os trabalhadores, pequenos empresários, estudantes, Portugueses e Europeus, e muito importante, para a mudança de paradigma do que queremos que Europa seja.

VOTAR BEM E POR PORTUGAL É VOTAR BLOCO DE ESQUERDA.

Eduardo Milheiro

 

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