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Mandei-te uma carta

26-01-2018 - Henrique Pratas

“Mandei-te uma carta em papel perfumado…..” este é o início de uma letra de uma música cantada por Rui Mingas, que eu me recordei para dar o título ao texto que vou escrever.

Aqui pelos corredores da política já se diz que Rui Rio enviou uma carta ao primeiro-ministro António Costa, com o intuito de promover uma “aproximação” entre os dois partidos, sem conhecer a veracidade deste facto atrevo-me a pronunciar sobre o mesmo. A ser verdade o que vos escrevo já estou a tremer porque vamos ter provavelmente uma viragem do PS para os lados do PPD/PSD e isso não será bom para o PS a todos os níveis menos um, o de manter-se em exercício de funções governativas custe o que custar.

O Partido Socialista (PS) tem responsabilidades acrescidas neste momento porque com as alianças que realizou nas anteriores legislativas chegou-se à frente e formou Governo com quem menos se esperava e em algumas matérias tem feito algumas coisas significativas, porque esta coisa da governação que é vista pelos nossos governantes apenas para 4 anos e não para médio ou longo prazo, futuro, não é nada fácil, tanto mais com o nosso egocentrismo que padecemos e que muitas vezes ouvimos “era o faltava estar a apresentar trabalho para o novo governo”, como se os governantes estivessem a exercer os cargos para a sua manutenção no poder e não para o futuro do País, mas isto é uma matéria já várias vezes abordada, estafada, esperando nós que algum dia surja um governo que de facto governe o País para o próprio desenvolvimento do País e dos seus nativos, até lá vamo-nos contentando com aquilo que temos porque a escolha foi nossa.

Mas como vos escrevi o PS tem responsabilidades acrescidas neste momento e se se voltar para os lados do PPD/PSD a coisa pode não ficar boa para eles e isto porquê, ou mal ou bem o PS, fez uma coisa antes nunca realizada, sem maioria aliou-se a outros partidos para ter maioria para poder formar governo, e bem escrevo eu, assumiu-se como sendo o verdadeiro defensor da social-democracia neste País e quer se goste ou não o PS consegui-o é um facto se se voltar para o outro lado vai certamente baralhar alguns dos seus militantes e confundir muito dos seus eleitores.

Espero e desejo que os notáveis que abundam no PS não caiam na asneira de se voltar para o lado errado, porque aí vai ser o descrédito total, nunca mais ninguém irá acreditar neles e nisso Rui Rio recentemente eleito Presidente do PPD/PSD, vai ser muito hábil e tirar partido de uma eventual distração ou descuido do PS.

O PS terá que se assumir enquanto atuais governantes deste País e na minha opinião consequentemente responsabilizar-se por aquilo que fez menos bem e aquilo que fez bem, é assim que um partido demonstra aos seus eleitores que não está no exercício de cargos públicos única e exclusivamente para ter protagonismo, está no poder para gerir a coisa pública é assim que deve ser e assim se deverá comportar, porque senão teremos mais do mesmo os eleitores farão sempre a comparação o aconteceu com este governo e com os anteriores, porque a história nem a memória das pessoas não se apagam.

O meu recado, que não sou parte interessada, apenas sou um humilde cidadão que se limita a escrever a sua opinião, vejam o que fazem e que terreno querem pisar, não é que seja um mal maior ou menos aliarem-se ao PPD/PSD, nem pretendo criar aqui qualquer espécie de fantasma, apenas quero chamar à atenção para o facto de os políticos que se encontram a exercer funções públicas já se terem comprometido com um determinado tipo de conduta, que a generalidade das pessoas ouviram e tomaram a devida nota.

Seria bom que o PS se mantivesse fiel aos princípios que o norteou a formar este governo, mentes abertas, sem ideias pré-concebidas ou quaisquer tipo de preconceitos, talvez este caminho nos conduza para um País mais saudável politica e mentalmente, porque o que há a fazer por este País não se esgota numa legislatura, há muito caminho para percorrer para melhorar as condições de vida das pessoas neste País, espero e desejo que se pense mais nisto do que em manterem-se no poder, apenas pelo poder. Podemos achar mesmo que o que está a ser feito é pouco queremos mais é normal, ser ambicioso sem que ser desmedido, mas temos que fazer mais e melhor, é nisto que devemos centralizar as nossas energias e não em enviar cartas, lê-las e responder.

Henrique Pratas

 

 

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