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BOAS FESTAS

22-12-2017 - Pedro Barroso

Num tempo decantado de suposta "Paz e Fraternidade", apetece-me perguntar:

Se aqueles que pegaram fogos assassinos no Verão e em Outubro se conseguem sentar à mesa da consoada, sem remorsos, de consciência plena e tranquila?

Se os que votaram Brexit ou Trump e estão agora arrependidos... Não sentem agora um, ainda que ligeiro..., arrepio de contrição.

Se os que mantêm regimes ditatoriais e persecutórios – Arabia Saudita, Rússia, Cuba, N. Korea, Venezuela, Turquia, Hungria,…onde quer que seja!... - Também celebram esta quadra em consciência, sabendo dos milhares que estão no cárcere apenas  por delito de opinião? 

Se também festejam Natal os que matam por desporto étnico no Curdistão, na Síria, etc, ou por insistente e recorrente “paisagismo politico” na faixa de Gaza? Se serão de facto, assim tão justos os "escolhidos" de algum Deus esquisito e funesto, que eu sinceramente não estou a descortinar. 

Se os que vigarizam remédios, para os venderem como venenos a países onde não há controlo de qualidade, se sentem em paz consigo mesmos - e celebram com champagne a cada milhão que correspondeu a morte, doença e corrupção? 

Se os que raptam ou abusam de crianças, os que matam, os que ameaçam e torturam os menos poderosos que eles; os que insultam, sem se verem ao espelho; os que poluem até à morte; os que lançam bombas ou autocarros para cima de pessoas e exercem terrorismo em nome de um deus negro...

Se todos eles, se também celebram com algum bolo ou festa, caricia ou prazer, indiferentes, alegremente, com familiares e amigos?

Tudo isto assim posto ao acaso. Entre mil outras causas, raivas, denúncias e obscurantismos que aqui caberiam...

E já agora, compete perguntar se tal gente consegue ter lata para se ver ao espelho todos os dias? Desejar bom dia ou boas festas. Telefonar à mãe. Fingir a paz, quando tem as mãos manchadas de culpa.

E comer bolo-rei, beijar os filhos, talvez benzer-se, e celebrar "Natal" - nos seus 30 nomes, liturgias e registos possíveis…- onde quer que seja, neste mundo que é a nossa terra?

Onde está a aleluia prometida? A hossana da justiça que não vejo?

Onde está afinal, a glória de viver num planeta em perda de razão?

Pedro Barroso

 

 

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