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A existência precede a essência

22-12-2017 - Rabim Saize Chiria

Não há que falar em professor antes de lecionar, não há que falar em Médico antes de exercer as funções terapêuticas ou médicas, não há que falar em Jornalista antes de exercer as funções de jornalismo, não há que falar em carpinteiro antes de exercer a funçao de carpintaria, não há que falar em dirigente antes de dirigir. A definição do professor faz-se lecionando, a definição do Médico faz-se enquanto exerce as funções de médico, a definição do Jornalista faz-se enquanto exerce as as funções de repórter, a definição de carpinteiro faz-se trabando como carpinteiro, e a definição da vida faz-se vivendo, nuncas antes! Portanto, a existência precede a essência.

Ora, se a existência precede a essência, então é um equívoco para as nossas entidades empregadoras colocar os 2, 3, 5 ou 10 anos de experiência, como um dos requisitos básicos para empregar os desempregados, pois a experiência adiquire-se experimentando, não há que falar em experiência antes de experimentar, não há que falar do amargo antes de saborear, porque a definição do amargo faz-se saboreando.

Ademais, a vitória de hoje não justifica a vitória de a manhã, ou seja, a vitória de hoje não te faz por definição um vitorioso, o sucesso de hoje, não te faz por definição um homem de sucesso. Por sua vez, as boas decisões tomadas hoje, não te faz um profissional eficaz para sempre, na tomada de decisões. Dada as condições cognitivas limitadas que são as suas, dado o volume da memória operativa limitado que é o seu, hoje pode vencer e a manhã perder, hoje pode tomar uma boa decisão, e a manhã tomar uma decisão funesta. Entretanto, acho falta de bom senso pensar que as pessoas que tem experiências na área são melhores em relações aos recém-formados e sem experiência.

Mais uma vez, a existência precede a essência. A definição de um bom Jogador faz-se jogando e não sentado no banco de suplentes, a definição duma equipa vitoriosa faz-se participando, jogando e marcando golos que dão a vitória e não pela falta de comparência ao jogo, do mesmo modo, a definição de um bom profissional faz-se trabalhando e não pelo desempregado. Portanto, excluir o recém- formado nas contrações só porque não tem experiência é condenar a ele ao desemprego e a inexperiência, pois nunca ir á dispor a sua excelência descoberta por ele durante a sua formação.

Tenho dito, muito obrigado!

Rabim Saize Chiria

Licenciado em Filosofia Pela Universidade Eduardo Mondlane

Saizemmm@gmail.com

 

 

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