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À lupa

30-09-2013 - Francisco Pereira

A saga eleitoral autárquica, do passado dia 29 ditou o esperado. Uma penalização do PSD e do CDS, uma estrondosa vitória do PS, uma nota digna para o PCP e um fracasso do BE.

Os eleitores rodaram à esquerda, naturalmente, mais para enfadar a direita troikista do que convictamente imbuídos do espírito da grande Internacional. Portas numa das suas clássicas manobras de politiquice rasca, fez o CDS cantar de galo, porque ganhou 5 municípios, nada mais errado, o CDS sai maculado, muito penalizado mesmo, nas alianças, pseudo independentes que estabeleceu com o PSD, Portas opta pois por fazer a ressalva ao melhor que lhe aconteceu numa noite de verdadeira desgraça!

As consequências disto serão medidas nos próximos congressos dos partidos. Rui Rio prepara o assalto ao poder, António Costa também, os timmings são porém arriscados, vêm aí eleições europeias. Mas é sempre possível que ambos assaltem a cadeira do poder e por isso nem Coelho nem António José estão no seguro.

O BE, perdeu a única câmara que detinha e consegui resultados miseráveis, um passo para a extinção. O PCP lá conseguiu recuperar umas câmaras, na primeira vitória eleitoral que conseguem desde 1974, podendo novamente dizer que, …o Alentejo é nosso… De resto, o mais relevante foi o facto, de 11 municípios terem sido conquistados por alegados movimentos independentes, esse facto pode significar que algo está a mudar realmente, ou por outro lado que foi apenas um arroubo passageiro, uma moda!

A abstenção é novamente a clara vencedora. Mas desta vez cremos que não foi apenas o enfado e o descrédito com o sistema político português que afastou os eleitores, pelo que observamos, empiricamente claro está, muita gente abaixo dos 45 anos de idade não votou, porque não está cá, o efeito da dupla crise/emigração, parece-nos que teve aqui um papel muito importante, ainda assim não disfarça a expressão volumosa da abstenção, a única grande vencedora desta noite, bem como a subida de votos nulos e em branco!

Aqui por terras do frade espertalhão, a coisa passou-se como espectável, o candidato do PS, bateu as outras candidaturas, o PS arrecadou um resultado memorável, conquistando as quatro juntas do Concelho e tudo com maiorias expressivas. Escrevemos aqui neste espaço, várias vezes sobre a qualidade medíocre das candidaturas, as votações expressas deram-nos razão! Quem exerce cargos partidários deverá ao conceber listas para as autarquias, compreender melhor as terras onde vão concorrer, recorrer à vox populi, para perceber aquilo que realmente as pessoas pensam sobre os candidatos, antes de decidir dar tiros nos pés, como foi o caso de várias candidaturas em Almeirim, por outras palavras a fama, real ou imaginada, o ser mais ou menos popular entre o geral da população contribuiu efectivamente para fortalecer o candidato do PS, que em nossa opinião foi o verdadeiro motor por detrás do sucesso do PS em Almeirim, um qualquer outro candidato não teria conseguido congregar tais votações, ainda que o mesmo de forma inteligente tenha distribuído os louros da vitória pelos seus votantes e apoiantes, para conseguir um mote aglutinador e não recolher apenas para si próprio os créditos da vitória, numa nota de humildade que acreditamos sincera e que é e muito bom tom.

Francisco Pereira

 

 

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