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O inventor de Portugal foi um
Português! *

08-12-2017 - Francisco Pereira

Portugal pode poupar imenso em coisas supérfluas, que em nada nos beneficiam, assim queiramos todos. Preocupado com isso, trago-vos hoje alguns exemplos de coisas absolutamente desnecessárias em que se gasta muito dinheiro público, coisas que poderíamos suprimir.

Comecemos pelo mais óbvio, os espaços verdes, as árvores, as zonas ajardinadas com parques para as crianças, puro desperdício de dinheiro, este tipo de esbanjamento, não pode ser consentâneo com um país civilizado e desenvolvido, primeiro porque este tipo de coisas é caríssimo, a manutenção custa imenso, gasta demasiada água, com o país à beira da extinção, são precisos é lares de terceira idade, não parques infantis, os jardins são também perniciosos, pois atraem tudo o tipo de bicharada, pássaros e coisas assim nefastas para a civilização e para o progresso, que criam muita sujidade e propagam doenças.

Em alternativa, construam-se antes parques de estacionamento, são muito mais úteis, têm mais usos, servem, por exemplo, não só para estacionar carros, mas também como casa de banho pública para animais de várias espécies, humanos incluídos, têm imensa utilidade enquanto caixote do lixo, espaço de transacções lícitas ou nada lícitas e o mais que se queira, com custos de manutenção baixos, não precisam de regas, nem limpezas, nem nada por aí além, uma beleza para o progresso de uma qualquer terra lusitana.

Os passeios. Fico deveras estupefacto com esta mania de fazer passeios nas ruas. Um completo desperdício de dinheiro, além de serem construções de pouco interesse são também coisas que causam incómodos às pessoas, desde logo o estacionamento, ter de subir para cima do passeio com o carro, o desgaste que isso provoca na mecânica dos veículos, para além dos riscos de vermos o carro riscado, por velhas de muletas, que deviam era estar em casa a descansar, por coitadinhos de cadeira de rodas que tem estradas tão boas para se deslocar, ou por gente labrega com carrinhos de bebé, que pode muito bem levar os fedelhos ao colo mas como é mais chique preferem andar com aquelas geringonças a incomodar as pessoas.

Além disso, os passeios roubam espaço, às caixas, aos contentores do lixo, aos postes, aos caixotes e a tudo o mais que se queira lá depositar, correndo nós mais uma vez o risco de vermos gentalha medíocre a chocar contras as nossas caixinhas, vasos, baldes e grades que tão bem descansam em cima dos passeios. No entanto caros leitores, há esperança, terras já existem, governadas por gente iluminada, sapientíssima, verdadeiros faróis intelectuais cuja existência serve para guiar as massas ignorantes, onde já existem ruas sem passeios, onde inclusivamente os polícias não multam, e isto é importante, pois se os agentes da autoridade colaborarem, prestes estaremos a assistir a uma verdadeira revolução dos valores e da decência, não às multas contra quem estaciona em cima dos passeios, nestas terras de gente iluminada, quem estaciona em cima dos passeios sabe que está duplamente protegido contra essa vergonhosa atrocidade que é a multa contra o estacionamento em cima dos passeios, primeiro porque o poder executivo olha para o lado, depois porque os representantes da Lei, olham igualmente para o lado, assim duplamente protegido o feliz condutor que vive nestas localidades tem a certeza de poder estar à vontade com o seu veículo sem ser molestado, repondo-se assim a Justiça.

Era tempo de Portugal se preocupar com este tipo de coisas, abaixo os passeios, abaixo o esbanjar de dinheiro na construção de passeios, querem passear vão para o campo, as ruas são necessárias para os veículos e para quem trabalha.

Por último, outra coisa que é um desperdício de dinheiro, os lugares para deficientes e passadeiras para peões. Um gasto inútil, ele é tinta amarela e branca, luzes e lombas, placas de metal e postes para os dísticos, enfim, um nunca mais acabar de gastar dinheiro com coisas patéticas, que não fazem falta nenhuma, depois o incómodo de ter gente a chatear as polícias para ir repreender alguém que estacionou neste lugares reservados ou não parou à passadeira. Eu por mim acabava com estes disparates gastadores, os aleijadinhos, manetas e outros da trupe se querem andar de carro têm de sujeitar-se ora essa, qualquer dia querem lugares para grávidas e outras barbaridades desse tipo, e nós que não estamos grávidos temos de ir estacionar aos quintos dos infernos, só porque a sirigaita se esqueceu de tomar a pílula, ó gente egoísta, quanto às passadeiras, como os peões não as sabem utilizar, os condutores não as respeitam e os polícias não querem saber, logo são um gasto perfeitamente inútil. Tenham um bom dia!

* Como tá na moda citar canções eu furtei o título desta crónica da música do grupo Heróis do Mar – O Inventor

Francisco Pereira

 

 

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