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De 25 de Novembro de 1975 a Novembro de 2017

01-12-2017 - Eduardo Milheiro

Fez no dia 25, 43 anos que o golpe de Direita comandado no terreno pelo General Ramalho Eanes mudou para sempre os ideais do 25 de Abril e começou a aniquilar as conquistas que o Povo Português tinha conseguido.

A Contra Revolução começou em Lisboa com um comício do PS de apoio ao VI Governo Provisório, na Alameda D. Afonso Henriques, em que o Dr. Mário Soares apelou à revolta (violência) dos Portugueses e dos militares na época afectos à Direita.

No dia seguinte em 24 de Novembro, os populares de Rio Maior e os agricultores associados da CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), na altura, conotados com a Direita mais bafienta e às mocas de Rio Maior, cortam as estradas de acesso a Lisboa, separando o Norte de Portugal e o Sul.

Desde 25 de Novembro de 1975, temos vindo a assistir a um descalabro das liberdades e da democracia e da degradação da vida dos Portugueses.

Não quero deixar de sublinhar, que esta geração que nos governa é fruto desta Contra Revolução, ou seja, este governo de incompetentes e para quem a palavra dada não tem valor, são os mesmos que estiveram ao lado de Mário Soares no apelo à violência para liquidarem as forças de Esquerda que queriam outro tipo de País.

O Resultado do 25 de Novembro está à vista. Uma terceira intervenção estrangeira, uma moeda, o Euro que nos desgraça, uma Europa que se comporta como se Portugal se tratasse de um bando de agiotas. O sonho dessa Europa política e monetária parece-me que acabou, tendo este sonho de ser substituído pela Independência Nacional, pela Moeda Própria, pela Solidariedade entre os Portugueses e novamente pela nossa abertura ao Mundo. Não ficarmos a pensar em milagres desta Europa neo-liberal, nalguns casos com tendências fascizantes e dizer à Alemanha que não queremos a Germanização da Europa.

Apesar de toda a propaganda que o Partido Socialista faz da Europa - chegando mesmo a dizer que Portugal será o motor da mudança desta Europa que deixou de ser da coesão social e passou a ser dos mercados e do capital, só pode ser brincadeira de mau gosto - o PS não é de Esquerda. Só vão tendo atitudes e posições de Esquerda porque o Bloco e o PCP o obrigam, porque sem estes dois partidos o PS teria de dar o poder à Direita e seria oposição.

É preciso reconhecer o sentido patriótico que têm tido o Bloco e o PCP porque se não fossem eles, a Geringonça não existia.

Fica mais evidente esta falta de palavra e de verticalidade do PS, ao ter mudado nesta segunda-feira, dia em que foi aprovado o OE 2018, a proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE) de impor uma contribuição a ser paga pelas empresas do sector das energias renováveis que tinha sido já aprovada na sexta-feira (24/11) em sede de especialidade com o voto favorável do PS. A medida viria a cair por terra na votação final do Orçamento de Estado para o próximo ano, depois de o PS ter mudado a sua intenção de voto e se ter juntado ao CDS, com a abstenção do PSD.

É este o PS de Esquerda que temos, que quando pode mete a faca nas costas aos parceiros de coligação que os ajudam a ser governo e principalmente a António Costa a ser primeiro-ministro, sonho que concretizou mesmo sem ter ganho eleições porque quem ganhou as eleições foi o PSD, mas quem conseguiu a maioria e lhes deu apoio para governar foi a Esquerda, Bloco e PCP. Digo eu que é preferível um mau governo controlado pela Esquerda do que um governo de Direita.

Eduardo Milheiro

 

 

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