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O Jantar no Panteão

17-11-2017 - Henrique Pratas

Para mim este é um pequeno acontecimento que apenas serviu à direita para tentar morder os calcanhares ao Governo em exercício, porque estamos numa fase em que vale tudo, até os golpes baixos e como eu escrevi isto é a imagem do Donald Trump e nada mais.

De facto existe um despacho regulamentar elaborado pelo anterior Governo que cria as condições e estabelece as tabelas de preços para promover encontros em espaços considerados como Património Nacional.

A meu ver e vindo a denúncia de onde veio, o antigo secretário de estado da cultura, deveria era estar calado que nem um rato porque não fora este episódio recente já ninguém se lembrava que ele não existia, foi necessário que a organização da Web Summit se lembrasse de alugar o espaço para realizar o jantar de enceramento do evento.

Olhando para o passado já lá se tinham realizado outros eventos e só agora é que gritaram aqui del rei e se insurgiram quanto ao facto, para mim isto é muito estranho, mas em meu entender encerra-se na atividade a que propuseram PSD e CDS/PP de tentar à viva força, não olhando a meios para alcançar os seus fins que são derrubar este Governo de coligação entre o PS e os partidos de esquerda, custa-lhes a engolir estas espinhas e o PSD que estava habituado que quando o PS era Governo eles faziam uma oposição moderada porque lá iam encaixando os seus “cabeças de cartaz” em lugares públicos, agora isso não está a acontecer com a frequência desejada e temos mais o CDS/PP colocou-se em bicos de pés e quer à viva força ocupar o espaço do PSD, a que Passos Coelho, com a sua incompetência inata lhes deu espaço e querem há viva força fazer notar que são parte interessada no espaço politico português, querendo à viva força como lhes escrevi retirar espaço e votos ao PSD.

Em meu entender este é mais um episódio que não faz sentido nenhum, porque o anterior Governo legislou nesse sentido, foi o alugar ou vender espaços considerados como património nacional para realizarem dinheiro à viva força, foram eles que venderam aos chineses o edifício do Diário de Noticias, edifício que na minha opinião deveria ser considerado património nacional, para que estes construíssem um condomínio de luxo, mas cometeram mais barbaridades que não as elencarei todas porque foram muitas e na minha opinião não têm autoridade moral de espécie nenhuma para agora virem a terreiro levantar uma questão que foi construída por eles e que durante a sua governação foram cometidos atos com maior gravidade, por isso na minha opinião perderam uma boa oportunidade para estarem calados, foi mais um tiro no pé.

A Autorização para jantar no Panteão foi dada pela Direcção-Geral do Património.

O Gabinete de António Costa só esclarece que primeiro-ministro não participou.

A autorização para o jantar da Founder Summit no Panteão Nacional foi dada pela Direcção-Geral do Património. Apesar de o uso de monumentos nacionais para eventos privados estar regulamentado e tabelado pelo anterior Governo, há sempre uma avaliação e autorização caso a caso.

No caso do jantar que tanta polémica tem causado, a autorização foi dada pela Direcção-Geral do Património que não terá levado o assunto ao ministro da Cultura, que já disse que só soube do jantar este sábado.

Entretanto, circula já nas redes sociais um vídeo de Paddy Cosgrave em que o organizador da Web Summit diz que falou "com o ministro" sobre o jantar e sobre ser naquele sítio.

Cosgrave, contudo, não se devia referir ao ministro da Cultura, mas ao da Economia, já que foi Manuel Caldeira Cabral quem acompanhou mais de perto a Web Summit.

Quanto à presença de membros do Governo no polémico jantar, o gabinete do primeiro-ministro só esclarece que António Costa não participou.

O mesmo gabinete não esclarece se qualquer outro membro do executivo esteve presente.

E é assi que se constrói um “acontecimento” politico sem pés nem cabeça e os órgãos de comunicação social chamam-lhe a um figo porque neste País não há mais nada para noticiar, melhor seria que estivesse atentos ao que se está a passar em Vigo, onde ocorreram fogos com menor dimensão dos que ocorreram no nosso País e lá já se trabalha de forma árdua para que se restabeleça a normalidade e se atenuem os efeitos e consequências causadas pelos fogos, neste momento o processo de reconstrução das habitações já se encontra numa fase bastante adiantada, as compensações já foram atribuídas às famílias atingidas pela tragédia e foram-lhes atribuídos dois anos de renda para poderem habitar casas com a dignidade que merecem, andam helicópteros a espalhar palha nos campos ardidos para conter as cinzas quando começar a chover e não invadam e contaminem as águas que são utilizadas para uso pessoal, paralelamente a isto andam junto das margens por onde passam os rios, ribeiros ou outros quaisquer veios de água a desenvolver as atividades de água para evitar que as cinzas invadam o seu leito quando começar a chover, construindo barreiras ou colocando tapumes para que assim se evite que os leitos de água sejam contaminados pelas cinzas que resultaram dos fogos.

E cá o que é se fez, que eu saiba nada, nós portugueses é mais improviso e o logo se vê, somos assim o que é que se há-de fazer e aqueles que pensam como eu que já se deveriam ter tomado ou estar já a aplicar medidas para evitar males maiores, somos apelidados de “tontos” e apressados, mas se é assim que querem, faça-se a vossa vontade, depois não se queixem, entretanto grassa a misericórdia, os coitadinhos, as ações de solidariedade e outros eventos, cuja maior parte das receitas tardam em chegar aos necessitados ou se perdem pelo caminho.

Henrique Pratas

 

 

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