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Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

ISTO É… PORTUGAL!

17-11-2017 - José Janeiro

É um país? Não! É um quintal á beira-mar? Não! É uma província de Espanha? Não! É uma anedota? Siiiiim! É uma Republica das Bananas? Siiiiim! Portugal! Portugal! Portugal!

REFLEXÃO SOBRE AGRESSÕES

A populaça anda numa roda-viva à batatada uns com os outros. Mas dois episódios mereceram a minha atenção entre tantos, que filmados vieram dar a competente zoada jurídica. Naturalmente falo da situação do Urban Beach e do PSP no Miradouro de Lisboa.

Com estes dois casos temos a justiça actuar por modas, direi eu alcoviteiro encartado nestas coisas da licitude isonomica. A forma como o tribunal tratou a rectilinea lei deixa-me duvidas e humildemente me penalizo sob tão iluminada igualdade deliberatoria.

Vejamos como os tribunais trataram duas situações exactamente iguais: AGRESSÃO!

Na URBAN BEACH, uns brancos deram um enxerto de porrada a uns negros, vá-se lá saber porquê, e os agressores brancos foram condenados a prisão preventiva, porque quiçá se a justiça não o fizesse, seria racismo!

No Miradouro, um cigano dá um enxerto de porrada a um Policia branco e vai em liberdade, porque quiçá se a justiça o não fizesse, seria xenofobia!

Fiquei esclarecido, mas ainda mais esclarecido fiquei quando se veio a saber que o cigano já tinha um curriculum agressor demasiado longo, nada mais, nada menos, que 17 acções violentas que foram desvalorizadas por razões diversas e será esta a 18ª vez de tentativa plena de inserção social, porque coitado não tem culpa de ter nascido cigano e ser atormentado pela polícia que apenas estava a cumprir o dever de ordem pública.

Esta sensação de impunidade que a justiça passa e que provocou igualmente a agressão barbara em Coimbra de indivíduos, mais uma vez ciganos, com um Curriculum vasto de actos semelhantes, ou os 15 que deram uma surra nos GNR de uma operação stop por terem o descaramento de autuar um tipo irregular numa motoreta, leva-me a acreditar que a estatueta que está em frente aos tribunais devia ser mudada. Aquela estátua de uma figura com uma balança numa mão, espada na outra e venda nos olhos, induz as pessoas em erro ao acreditarem que a justiça é cega e justa nas decisões, i.e. que não importa quem, a decisão é determinada pela lei, nada mais errado! A minha sugestão seria substituírem as ditas figuras por um palhaço porque assim as pessoas sentiam-se tratadas em conformidade, ou seja, tratadas como TROUXAS!

Nota: coloquei propositada o colorido rácico para que se entenda a reflexão, nada tem de ismos ou fobias esse facto.

… E POR FALAR EM JUSTIÇA

A Comissão Europeia e Ministério Publico - DCIAP não se entendem quanto à existência de fraude na Tecnoforma. Nada de novo, portanto.

A historia é fácil de entender o “Dr” Relvas e o Dr PPC ao abrigo do programa Floral ou Foral, sei lá bem, (parecem os jogos florais da minha adolescência) decidiram que seria engraçado fazer umas formações de aeródromos, porque já previam que o trafego aéreo seria um problema no futuro, com unicórnios voadores e cavalos alados vindos da Web Summit… uma visão muito á frente, portanto.

Vai daí juntaram uns amigalhaços, todos do PSD, porque nada como ficar a coisa em casa e com base na Tecnoforma, criaram não uns aviões para aterrarem nos aeródromos, mas um carrocel financeiro, que como sabemos tem aquele com aviõezinhos que sobem e descem e há que formar, ou será forrar, os bolsos com 6,7 milhões de euros com origem em programas comunitários.

Segundo parece, para a formação de aeródromos era necessário ter umas instalações em Angola, que como sabemos fica ali para os lados de Coimbra, e uns veículos topo de gama, frigoríficos, arcas congeladoras, televisores, geradores, etc , para que os formandos se sentissem enquadrados no tema. Para completar a coisa, havia que duplicar custos porque como sabemos a arte de formação de aeródromos é muito complexa.

A comissão Europeia conclui: processo viciado e fraude. O Ministério Publico – DCIAP, conclui: tudo normal, arquive-se. Estou estarrecido! Sinto-me um trouxa!

JANTAR COM OS MORTOS

Nas sextas-feiras 13 e na noite de Halloween a teatralidade macabra tem um nome: Bruxas! Fora disso, e jantar num cemitério, tem outro nome: Estupidez!

Também pouco se pode esperar de uns indivíduos que acreditam em unicórnios, fadas e maquinetas que os levarão ao Olímpio dos deuses loucos. Mas o mais problemático é haver legislação que o permita.

Parece que o anterior governo pôs tudo a render: palácios, monumentos, panteões, venda de anéis do estado e apenas restou alguma dignidade nacional, pouca claro, bem como o traseiro desses governantes que não era acessível vía aluguer para um qualquer bacanal putéfico, de resto tudo era praticável.

E assim foi possível alugar o Panteão Nacional, não para um concerto de música clássica, ou outro evento cultural de elevado padrão, mas para um jantar tardio de Halloween com cirios e tudo para que o ambiente fosse digno do local. Segundo viemos a saber já outras iniciativas semelhantes tinham ali ocorrido num brilhantismo intelectual a toda a prova, mas nada transpareceu porque não tinham por lá uns nerds com telemóveis e acesso à internet para divulgar o nobre acontecimento.

Por momentos, quando li a notícia, pensei que seria um ritual iniciático ao nerdismo parolo, ou uma festa tipo “eyes wide shut” com bacanais em cima dos túmulos ali presentes, mas não, era mesmo o encerramento daqueles dias de matéria inorgânica bacoca que dava pelo nome de WEB SUMMIT e ali se juntaram os gurus da coisa em busca da verdade eterna, para criarem uma nova APP que contactasse com o além-túmulo, sendo ali o local apropriado para tal.

Tantas vezes este país bate no fundo que me leva a pensar, o que poderá ainda faltar. Lembrei-me que lá para Fevereiro costuma haver o salão erótico e talvez seja boa ideia alugar os Jerónimos para o evento enquanto filmavam ali a ultima obra do Sá Leão: “As malucas no convento e os padres de cacete santificado”, em cima dos túmulos ali presentes, sendo que os suspiros de prazer ecoariam nos claustros como canto gregoriano. É só uma ideia!

OS POBRES INDEFESOS

Por estes dias temos assistido a uma pressão inqualificável das “classes mais desfavorecidas” deste país sobre a negociação das verbas do OE para 2018. Essas classes mais desfavorecidas são facilmente identificáveis como: Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Diagnostico, Juízes e Professores, todos eles se acham F&%$s e mal pagos.

Não podia estar mais preocupado com a injustiça de deslumbramento dessas classes profissionais, todos reclamam então uma só coisa: dignidade, que como bem sabemos só se mede em notas do Banco Central Europeu, mas não querem aquelas novas de zero euros, não senhor, têm que ter por lá um numerozito, para que satisfaçam a sua “carreira”.

A “carreira”, e não é aquele camioneta de transporte publico, sempre foi uma coisa engraçada no sector publico, porque bastava ir esperando que os anos passassem e a promoção era automática, independentemente de duas coisa importantes: competência e eficácia. No privado a coisa é mais complicada, os trabalhadores ficam atascados com a carreira que se confunde com a tal camioneta.

Surpreendentemente temos a classe dos professores a fazer greve para que o governo aceite rectroactivamente 9, 5 anos de indeminizações carreiristas, é obra!

Convirá dizer que estas classes desfavorecidas estão varias vezes acima do salario mínimo deste país, mas isso pouco importa, porque são os supra sumos do reino da sucata em que este país se foi transformando. Haja decência!

MADRINHA DE GUERRA

Eleita pelo PR como Madrinha “de guerra” dos Tugas, nada mais nada menos que a D. Cavaca. Estou preocupado com tamanha honraria e leva-me a reflectir sobre a lucidez do homem. Terá vindo contaminado do mergulho na baia de Luanda? Talvez algum Estreptococo tenha entrado por algum lado e lhe tenha afectado o discernimento.

Mas seja como seja e no mais estrito cumprimento do meu dever de cidadania por tamanha nomeação pública, decidi redigir à madrinha um AEROGRAMA (para os que não sabem, no tempo de guerra colonial as madrinhas de guerra podiam contactar os combatentes numa relação biunívoca, via o papelinho amarelo dobrado que era enviado pelo serviço postal militar de forma gratuita), cá vai:

Querida Madrinha,

Espero que estas linhas a encontram de perfeita saúde na companhia do padrinho Aníbal e restante família. Eu por cá estou na guerra por um país melhor, depois dos cacos deixados pelo Padrinho, mas temos o dever de lutar sem temor pela sobrevivência dos nossos.

Já tínhamos como madrinha de Portugal, a Imaculada Concepção de Maria, que erradamente chamam Imaculada Conceição e que se comemora no dia 8 de Dezembro de cada ano, há mais de 160 anos depois de bula Innefabilis deus do Pio IX. Mas o beato Marcelo decidiu abrir a concorrência e eis que a madrinha ocupou o lugar deixado vago pela santa, porque os não crentes têm direito a uma madrinha só para eles. Na prática, e permita-me o à parte, sempre achei estranho que a Maria fosse “fecundada” em 8 de Dezembro e o puto, o JC, nascesse a 25, mas os mistérios da fé não se discutem, ou talvez a madrinha me possa explicar, na sua infinita sabedoria, na volta do correio.

Mas Madrinha, estou muito preocupado com as más-línguas que já andam para aí a dizer que isto de Madrinhas e Padrinhos parece coisa de mafia Calabresa, tal os acontecimentos que vocês os dois protagonizaram no filme “Portugal mais recente”, realizado pelo PSD e produzido pelos votos abstencionistas dos Tugas, vá-se lá saber Madrinha, de onde vêm estes boatos ignóbeis sobre tão nobre geração que são os Cavacos de Boliqueime.

Querida Madrinha, estas linhas já estão longas e ainda tenho que ir para a fila da sopa dos pobres aonde já começam a servir bolo-rei, que o Padrinho tanto gosta, enquanto fala de boca cheia e solta uns perdigotos que borrifam os mais incautos. Só uma pergunta: é verdade que o Padrinho foi proibido pelo seu staff de comer bolo-rei em público? Coitado! Penso que foi por isso que inventou aquela das escutas lá no palácio, não foi? Foi falta de bolo-rei pelos vistos.

E termino madrinha, com um adeus até ao meu regresso, do teu afilhado querido,

Zé da Tuga

NOTÍCIA DE ULTIMA HORA

Devido ao recente surto de legionela na Disneyland de Paris, embarcou hoje às primeiras horas da manhã para França, o nosso Leitãozinho, qual guerreiro dos tempos modernos, para informar a bactéria que a proibição da sua presença em Portugal se estenderá em breve a todo espaço Europeu e portanto seria melhor a bichinha fazer as malas e pôr-se ao fresco.

Em declarações ao NA informou que tem uma recepção marcada no Castelo da Branca de Neve, com sua Alteza a bruxa má e na terra do Nunca com o Capitão Gancho, quanto ao reino dos 3 Porquinhos disse estar impedido pelo Lobo mau que como sabemos não gosta de tudo o que se pareça com porquinhos.

“Vou logo de seguida para Bruxelas com esta proposta de directiva comunitária, para que seja aprovada a proibição no espaço europeu dessa tal legionela”, disse enquanto exibia uma folha com o título “Directiva Comunitária contra a bichice legionela”.

Vá-se lá entender isto!

E para terminar: Olá leitoras (só para elas), espero que estejam belas como sempre! – Ups, será que me vão acusar de assédio? Estou preocupado!

Até para a semana.

José Janeiro

 

 

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