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Bombeiros lamentam o processo como Mourato Nunes foi escolhido para Proteção Civil

10-11-2017 - Henrique Pratas

Este tema é outro dos temas que é muito “quente na nossa sociedade porque encerra em si muitos interesses e se eles não existissem o Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, que ao longo destes tempos tem colocado e descolocado no lugar quem quer e lhe apetece a troca de quê questiono eu. Será que já alguém se lembrou de mandar fazer uma auditoria às contas da Liga dos Bombeiros Portugueses, assim como é que são canalizadas as verbas.

Há muitos anos estava eu na CUF – INFANTE SANTO, para dar entrada para fazer uma cirurgia e estava a personagem em causa ao telemóvel a falar não sei com quem, mas apercebi-me que o intuito era o de fazer a “cama” ao Gil, na altura o comandante da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Jaime Marta Soares considera que a prática utilizada não foi a desejada nem respeitadora, em relação a quem, a ele?

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, afirmou que a indigitação do tenente-general Carlos Mourato Nunes para presidir à Autoridade Nacional de Proteção Civil, não corresponde a uma "prática correta e respeitadora".

Jaime Marta Soares afirmou que cabe ao Governo escolher quem vai dirigir a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), mas, conforme a lei, deve ouvir primeiro a Comissão Nacional de Proteção Civil, cuja reunião está agendada para segunda-feira, às 12h00.

O responsável afirmou que o currículo do tenente-general "é invejável", mas advertiu que se está "a falar de futuro, e o futuro será com novas ideias, e uma preparação adequada".

"Sabemos quem tem a responsabilidade de nomear ou desnomear, que é o Governo, mas também sabemos que antes de o fazer tem de ser ouvida a Comissão Nacional de Proteção Civil".

"Como é possível convocar-nos para uma audição para dia 6 de novembro, às 12h00, para discutir o perfil e as políticas para o sector, e 24 horas antes está já um cidadão indigitado. Não está em causa o senhor general. A prática é que não é correta nem respeitadora", afirmou.

"Que tipo de opinião vai querer ouvir de nós, vamos fazer de 'bibelots'? Vamos fazer parte da 'mise-en-scène'", questionou o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LPB), que afirmou que lhe parece "mais uma ditadura democrática que um regime democrático que respeite as entidades que importam e como está definido na lei".

O presidente da LPB afirmou que vai estar presente na reunião "com a liberdade de consciência e a com a representatividade" que tem, dos bombeiros portugueses.

"Não somos estruturas do Estado, não nos vamos sentar como entidades dependentes do Estado, mas como entidades dependentes da sociedade civil, da nossa própria consciência e das decisões tomadas pelos bombeiros, nomeadamente no seu último congresso", que se realizou, de 25 a 27 de Outubro, em Fafe, no Minho.

A posição da LPB é a da "procura de soluções", garantiu o seu presidente, que criticou o facto de estar marcada uma reunião e antes é anunciado quem vai liderar a ANPC.

"Acham que é uma coisa séria? Eu não acho", sublinhou.

Quanto ao perfil conhecido para lidera a ANPC, o antigo comandante geral da GNR Carlos Mourato Nunes, o presidente da LPB afirmou: "ao longo dos anos apareceu-nos muitos perfis e todos muito importantes, e nós sempre dissemos aquilo que era a nossa visão sobre a prevenção florestal". "A frase, os fogos evitam-se não se combatem, paga direitos de autor aos bombeiros portugueses".

O responsável referiu ainda que ao longo dos tempos os bombeiros têm vindo a referir que "não tem que haver dispositivos com datas marcadas", e a necessidade do "reforço das associações humanitárias, nomeadamente das Equipas de Intervenção Especial".

"Queremos falar de futuro e não de um currículo de passado ou de pessoas que estão afastadas há oito ou dez anos de toda esta atividades, para falar de futuro contem connosco", afirmou.

"Não temos nada contra o general Mourato Nunes", disse referindo que está em causa o ter sido conhecido o nome indigitado, antes de a audição acontecer, uma situação "que não respeita ninguém e cria até problemas à própria pessoa indigitada com este tipo de atitudes".

O Ministério da Administração Interna (MAI) indigitou o antigo comandante geral da GNR Carlos Manuel Mourato Nunes para presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, na sequência da saída do antecessor, foi hoje divulgado, segunda-feira, dia 06 de novembro de 2017.

Em comunicado, o MAI informa que "o ministro da Administração Interna, indigitou o tenente-general Carlos Manuel Mourato Nunes para exercer as funções de presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil".

A tutela adianta que vai "desencadear os procedimentos tendo em vista a sua nomeação, concretamente a audição da Comissão Nacional de Proteção Civil", pelas 12h00 de segunda-feira.

Licenciado em Ciências Militares e Engenharia Geográfica, Mourato Nunes passou também pelo Instituto de Altos Estudos Militares, onde concluiu o curso de oficial general e o curso geral de comando e Estado-Maior.

Atualmente, Mourato Nunes era consultor de Segurança e Defesa.

A indigitação surge na sequência da demissão, em meados de Outubro, do até então presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil, Joaquim Leitão.

Não o posso afirmar com certeza mas para além de quem provoca os fogos, com interesses que todos nós conhecemos, acho que estamos perante outros interesses agora não daqueles que os combatem diretamente, mas sim da estrutura que coordena a Liga dos Bombeiros Portugueses, que não há de ser tão pequena quanto isso e a avaliar pelo que vou ouvindo aqui e acolá, existem muitas benesses ou é permitido a algumas chefias usufruírem de algumas mordomias que a serem conhecidas de todos nós, nos deixariam completamente boquiabertos.

Pelas afirmações que são produzidas pelo Presidente da Liga de Bombeiros, sente-se que ele pretendia nomear o presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil, porque razões, questiono eu?

Henrique Pratas

 

 

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