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8,6 Mil milhões de euros “voaram” para paraísos fiscais em 2016

03-11-2017 - Henrique Pratas

No ano passado, foram feitas quase 58,8 mil transferências para estes territórios com situação tributária mais favorável.

Cerca de 8,6 mil milhões de euros foram transferidos para 'offshore' no ano passado, através de quase 58,8 mil transferências, de acordo com as estatísticas publicadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

O montante comunicado pelos bancos das transferências para paraísos fiscais em 2016 foi de cerca de 8,6 mil milhões de euros, cerca de 200 milhões abaixo dos 8,8 mil milhões de euros transferidos em 2015.

Em 2016, foram feitas quase 58,8 mil transferências para estes territórios com situação tributária mais favorável, mais quase 39,5 mil do que no ano anterior, sendo que apenas 5.700 sujeitos passivos deram ordem para estas operações.

As transferências para 'offshore' foram feitas principalmente por empresas (num total de 3.520 empresas), responsáveis por enviar quase 8,4 mil milhões de euros para paraísos fiscais.

Desde Maio que a AT tem de publicar anualmente as estatísticas sobre as transferências para 'offshore', com base no 'modelo 38', declaração que os bancos têm de entregar ao Fisco e que dá conta da "informação das transferências e envio de fundos que tenham como destinatário uma entidade localizada em país, território ou região com regime de tributação privilegiada mais favorável".

Esta é a notícia e o que é que se faz para que isto não aconteça, nada escrevo eu e eles pronunciam-se apenas pelas transferências que conhecem e então aquelas que passam ao lado da malha, provavelmente serão de valores maiores do que os indicados e que constam nas estatísticas da Autoridade Tributária, medidas concretas onde é que estão para estancar esta saída de capitais? Eu não as conheço e o ilícito é sempre maior que o lícito, por isso meus caros a notícia da Autoridade Tributária peca por defeito, o regabofe continua até que algum dia alguém troque as mãos ou tenha uma vida de ostentação, não consentânea com os seus rendimentos, só aí vamos ficar a conhecer o que não queremos até lá vamos fazendo de conta que nada existe e que está tudo bem neste País.

Henrique Pratas

 

 

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